quinta-feira, outubro 05, 2006

Greve dos bancários...

Começou mais uma...(risos). Me lembro qdo fiz a primeira greve, eu morava em Sapé(ano de 1987, se não me falha a memória), o Ministro da Fazenda era Mailson da Nóbrega, cujo pai, morava lá,e era amigo nosso. Conseguimos, com muita "tramóia", que "seo" Wilson pousasse junto com a gente(funcionário do BB Sapé), e fizemos uma foto, que um colega mandou para um jornal de Brasília que foi exibida com a seguinte manchete:"Pai de Ministro apoia greve de bancários", que deixou o pai do "Ome" "P" da vida,e que logo cedo ligou pro pai dizendo:"Pai o sr. quer me derrubar?", Wilson Ferreira da Nóbrega era muito amigo nosso, deixou prá lá o acontecido e, não sei se por isto ou por outrta coisa, nem Mailson "caiu", e nós conseguimos quase tudo que estávamos postulando. Depois disso aí, o banco mudou (falo do Banco do Brasil): inventaram uns cargos de BABÕES(comissionados que ganham muito mais que os outros funcionários) e que não fazem greve, estes, apenas ameaçam os que não têm como se defender e querem fazer a paralização.
Vou provar: qual gerente de agência que está em greve? qual gerente de contas que está em greve? qual gerex está em greve? É, podem não está trabalhando, pois sozinhos não têm como fazer nada... mas estão dentro das agências....
O BB Itaporanga tá em greve?____ Tá nada...(risos)conheço os de lá, não têm coragem de fazer...
É como sempre digo: Quem tem coragem de ficar do lado dos pequenos, se arrebenta...perguntem a Camilo Calazãns de Magalhães, que, na primeira greve que ficou do nosso lado, dançou e se ferrou....
VIVA CAMILO CALAZÃNS...foi funcionário do BNB, chegou a presidência do BB, mas nunca deixou de ser bancário...

2 comentários:

Unknown disse...

Sobre Camilo Calazans, ratifico o que foi dito, jamais deixou de ser funcionário e sempre foi pelos funcionários. Certa vez, quando presidia o BNB, numa das reuniões para tratar de assuntos ligados ao Banco, lá em Brasília, com a turma do alto escalão e Ministro da Fazenda, juntos, propuseram acabar com Ticket Refeição. CAMILO Calazans, ironicamente, perguntou: "o que é Ticket? Ah, é aquele papelzinho com o qual o funcionário tira a barriga da miséria? Se é aquele, deixa pra lá, aquilo não causa prejuízo para o Banco, não!" E esgotou a reunião.

Jesus Fonseca

Unknown disse...

Falando, também em Mailson, recordo-me um fato ocorrido quando morávamos na Casa do Estudante à Rua da Areia, em João Pessoa.
A Casa do Estudante estava passando por uma de tantas outras que a rondavam durante anos que se sucediam. Esta era em função da grande inadimplência por parte de seus hóspedes. Estudantes pobres em sua quase totalidade, algo em torno de 70% estavam devendo à Casa. Eu fazia parte da Diretoria, pelo Conselho Fiscal e numa das reuniões para tentar resolver a situação, ficou estabelecido que nenhum inadimplente pudesse fazer refeição, por hipótese alguma. Tive a sorte de ser escalado para ficar na porta do refeitório, exigindo o comprovante de pagamento. O refeitório, se não mudou, ficava na parte baixa da Casa, que dava para Rua da Areia, com duas portas de entrada, na parte interna. Foi fechada a primeira e, apenas uma banda da outra, dava acesso à sala de refeição. O aglomerado de estudantes, no corredor do lado de fora do refeitório, era grande. O dilema que eu passava, naqueles momentos, era terrível! Tinha vontade de deixar entrar todo mundo, mas ao mesmo tempo lembrava que a Casa não poderia funcionar sem aqueles trocados dados como mensalidade, pelos estudantes. Como tantos outros, chegaram ali, Mailson e Milton Nóbrega, meus amigos de infortúnio e solicitaram a entrada. Mailson, com jeito brincalhão, olhando meio enviesado quando falava, disse: "Jesus, faz um milagre, aí, amigo, abre as portas do céu pra gente", Apesar da fome, foi uma risada geral e pra sorte dele, chegou um moço de Cajazeiras, com uma autorização para entrar, por parte do Presidente da Casa, Ivanildo Maciel. Eu não pensei duas vezes: Se entra um, entrará todos e escancarei as portas do refeitório! O que aconteceu depois fica para outra vez!
Jesus Fonseca