sábado, outubro 28, 2006

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SABEDORIA - Por: Vicente Cassimiro

Sabedor de que as matérias, apostas nos comentários das mensagens, são pouco lidas, tive a liberdade de transcrever uma, deixada por nosso conterrâneo Vicente Cassimiro, na mensagem, ARTIGO DE LUIZ CARLOS AZENHA. Por se tratar de ricos ensinamentos, tomei a liberdade desta transcrição, sabendo que serei perdoado por esta intromissão.
Jesus Fonseca


SABEDORIA

Sábio é aquele que não exige dos outros aquilo que eles não têm para dar, mas serve sem esperar recompensa.
Sabendo que nada é permanente, não tem apego, mas encara a mudança como processo de transformação que leva ao futuro, e dá boas vindas à face da nova vida, em cada momento que lhe é dado viver.

Lê a lei de Deus no livro da natureza e na face do homem.
Não contabiliza perdas, senão para compensar-se.
Não vive de aparências, porque sabe que viver de aparências é navegar na ilusão.

Não contrai débitos maiores que a sua receita.
Sabendo que a vida é como um rio, que flui por montanhas e planícies, e se valoriza ao fazer-se cascata, não se desespera em momento de crise, nem superestima uma situação adversa, mas faz delas oportunidades de aprendizado, enriquecendo a vida com experiências.

Não perturba a sua paz com desejos impossíveis, nem com eventos inevitáveis.
Não odeia, mas ama, sem se embriagar com o amor, para não perder o autodomínio. Ama sem possessividade, de modo a fazer livre o objeto do seu amor.
Cultua a verdade, mas respeita a crença do ignorante.

Não mensura o semelhante pela aparência externa, nem pelo patrimônio e a renda que usufrui, mas pela expressão do seu ser no cenário da vida.
Não depõe sua felicidade nas coisas, nem a condiciona à dependência de alguém, mas promove os meios de conquistá-la.

Não justifica seus erros, mas extrai deles lições para bem viver.
Sabendo que os erros cometidos na mocidade são débitos contraídos para a velhice, o sábio procura compensar seus erros, antes que lhe venha a cobrança.
Reconhecendo ser a mais sagrada expressão da liberdade a de pensar, que subtraí-la ao indivíduo é mutilar-lhe o ser, o sábio respeita a idéia alheia e defende o direito ao seu exercicio.

O sábio não se considera maior que aquele antepassado remoto que contribuiu para o seu conhecimento, mas encara-o com respeito e gratidão.

VICENTE CASSIMIRO.

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A Bandeira do Espiritismo

A BANDEIRA DO ESPIRITISMO
( Reynollds Augusto)



As bandeiras representam as nossas posições no campo da vida.Há bandeiras de todos os tipos e gostos, no futebol, na política...A Bandeira do Espiritismo é “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO” e ela é democrática em todo o seu teor e abrangente em todos os aspectos,porque indica que a tão sonhada “salvação” ,objeto de exploração das pseudo-religiões , é uma conquista do comportamento e não á adesão a essa ou àquela denominação religiosa ,pois não é a religião que “salva” ,mas a prática do código de vivência do Cristo que é o seu evangelho .” A fé sem obras é morta”.(Jesus)
A história da humanidade nos mostra a existências de pessoas ilustres que deram sua energia vital na busca de auxiliar no seu irmão. O exercício da caridade é antes de tudo a representação do bem que se enraizou em todos nós e da sua prática que se exterioriza pelas atitudes.Ela está ao alcance de todos e é terapia para os momentos de dor. Quem vai em busca de amenizar a dor do próximo ,esquece a sua, e geralmente só é solitário quem não é solidário.
Nós tivemos inúmeros personagens importantes na história da humanidade que servem de parâmetros para o nosso viver.Eles muitas vezes tem as suas vidas tomadas pelas tragédias emocionais e pelo vazio existencial , que são preenchidos pelo bem que decidiram disseminar. Realizam o amor-doação, a compaixão , a generosidade e vivem com plenitude o sentido real da vida. Dentre eles poderemos fazer menção a Buda,Confúcio,Lao Tse,Maomé que dizia que “ninguém pode amar a Alah se não amar o seu próximo;no Bhagavad Gita, Krisna esclarece a Arjuna que o saber espiritual é melhor que o saber material, porém, melhor que ambos é o amor integral e quem é benévolo para com todas as criaturas , esse está perto da meta final;Jesus, o nosso guia e modelo, na parábola do bom samaritano nos ensina que a caridade é a benevolência para com todos.No seu encontro com a mulher adúltera ele ensinou uma das faces da caridade que é a indulgência para com as faltas alheias:”quem de vós está sem pecado que atire a primeira pedra” e quem não se lembra no momento dramático da cruz onde ele ensina outra face da caridade, a caridade perdão: “Senhor, perdoa-os ,eles não sabem o que fazem”.
Quem não se lembra daquela pequena freira baiana que tornou-se uma gigante da vida quando através da força do amor removeu montanhas e criou em Salvador um império de esperança para os necessitados, que o são não por que Deus quer e sim por conseqüência de nosso orgulho e ganância, cujo egoísmo não permite a distribuição das riquezas ;
E a pequenina madre Teresa de Calcutá, que depois de ouvir o cristo interno lhe dizer “tenho sede” , saiu a saciar a sede dos doentes e desesperançados de Calcutá;
Não poderíamos esquecer o espírita Chico Xavier que consolava corações e aplacou a fome de tantos necessitados e o também espírita , tribuno e escritor Divaldo Franco que criou a Mansão do Caminho que é um recanto de amor e educação das crianças abandonadas em Salvador;
Todos são vidas cheia de sentido que deu sentido a tantas vidas. Temos mais...: Gandhi, que com a força do amor-caridade libertou a Índia do domínio Inglês; Dom Helder Câmara que praticou a caridade de entrega completa a Deus através da dedicação aos seus irmãos de jornada
São inúmeros os poetas da existência que fizeram do seu existir uma ode á vida. Eles não foram assim por serem privilegiados ou escolhidos de Deus mais porque decidiram fazer diferença no palco da existência e despertaram ,induzindo o despertar da humanidade para o verdadeiro sentido da vida. Jesus já nos disse que “ Vós sois a luz do mundo” , o que levou Jung a afirmar que Deus conta com o homem para iluminar a sua criação. Então vamos lembrar da proposta de Jesus para cada criatura: Vós sois a luz do mundo” e jamais desistamos de fazer brilhar a nossa luz interna. PENSE NISSO!MAS PENSE AGORA.

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A Bandeira do Espiritismo

A BANDEIRA DO ESPIRITISMO
( Reynollds Augusto)



As bandeiras representam as nossas posições no campo da vida.Há bandeiras de todos os tipos e gostos, no futebol, na política...A Bandeira do Espiritismo é “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO” e ela é democrática em todo o seu teor e abrangente em todos os aspectos,porque indica que a tão sonhada “salvação” ,objeto de exploração das pseudo-religiões , é uma conquista do comportamento e não á adesão a essa ou àquela denominação religiosa ,pois não é a religião que “salva” ,mas a prática do código de vivência do Cristo que é o seu evangelho .” A fé sem obras é morta”.(Jesus)
A história da humanidade nos mostra a existências de pessoas ilustres que deram sua energia vital na busca de auxiliar no seu irmão. O exercício da caridade é antes de tudo a representação do bem que se enraizou em todos nós e da sua prática que se exterioriza pelas atitudes.Ela está ao alcance de todos e é terapia para os momentos de dor. Quem vai em busca de amenizar a dor do próximo ,esquece a sua, e geralmente só é solitário quem não é solidário.
Nós tivemos inúmeros personagens importantes na história da humanidade que servem de parâmetros para o nosso viver.Eles muitas vezes tem as suas vidas tomadas pelas tragédias emocionais e pelo vazio existencial , que são preenchidos pelo bem que decidiram disseminar. Realizam o amor-doação, a compaixão , a generosidade e vivem com plenitude o sentido real da vida. Dentre eles poderemos fazer menção a Buda,Confúcio,Lao Tse,Maomé que dizia que “ninguém pode amar a Alah se não amar o seu próximo;no Bhagavad Gita, Krisna esclarece a Arjuna que o saber espiritual é melhor que o saber material, porém, melhor que ambos é o amor integral e quem é benévolo para com todas as criaturas , esse está perto da meta final;Jesus, o nosso guia e modelo, na parábola do bom samaritano nos ensina que a caridade é a benevolência para com todos.No seu encontro com a mulher adúltera ele ensinou uma das faces da caridade que é a indulgência para com as faltas alheias:”quem de vós está sem pecado que atire a primeira pedra” e quem não se lembra no momento dramático da cruz onde ele ensina outra face da caridade, a caridade perdão: “Senhor, perdoa-os ,eles não sabem o que fazem”.
Quem não se lembra daquela pequena freira baiana que tornou-se uma gigante da vida quando através da força do amor removeu montanhas e criou em Salvador um império de esperança para os necessitados, que o são não por que Deus quer e sim por conseqüência de nosso orgulho e ganância, cujo egoísmo não permite a distribuição das riquezas ;
E a pequenina madre Teresa de Calcutá, que depois de ouvir o cristo interno lhe dizer “tenho sede” , saiu a saciar a sede dos doentes e desesperançados de Calcutá;
Não poderíamos esquecer o espírita Chico Xavier que consolava corações e aplacou a fome de tantos necessitados e o também espírita , tribuno e escritor Divaldo Franco que criou a Mansão do Caminho que é um recanto de amor e educação das crianças abandonadas em Salvador;
Todos são vidas cheia de sentido que deu sentido a tantas vidas. Temos mais...: Gandhi, que com a força do amor-caridade libertou a Índia do domínio Inglês; Dom Helder Câmara que praticou a caridade de entrega completa a Deus através da dedicação aos seus irmãos de jornada
São inúmeros os poetas da existência que fizeram do seu existir uma ode á vida. Eles não foram assim por serem privilegiados ou escolhidos de Deus mais porque decidiram fazer diferença no palco da existência e despertaram ,induzindo o despertar da humanidade para o verdadeiro sentido da vida. Jesus já nos disse que “ Vós sois a luz do mundo” , o que levou Jung a afirmar que Deus conta com o homem para iluminar a sua criação. Então vamos lembrar da proposta de Jesus para cada criatura: Vós sois a luz do mundo” e jamais desistamos de fazer brilhar a nossa luz interna. PENSE NISSO!MAS PENSE AGORA.

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A BANDEIRA DO ESPIRITISMO

A BANDEIRA DO ESPIRITISMO
( Reynollds Augusto)



As bandeiras representam as nossas posições no campo da vida.Há bandeiras de todos os tipos e gostos, no futebol, na política...A Bandeira do Espiritismo é “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO” e ela é democrática em todo o seu teor e abrangente em todos os aspectos,porque indica que a tão sonhada “salvação” ,objeto de exploração das pseudo-religiões , é uma conquista do comportamento e não á adesão a essa ou àquela denominação religiosa ,pois não é a religião que “salva” ,mas a prática do código de vivência do Cristo que é o seu evangelho .” A fé sem obras é morta”.(Jesus)
A história da humanidade nos mostra a existências de pessoas ilustres que deram sua energia vital na busca de auxiliar no seu irmão. O exercício da caridade é antes de tudo a representação do bem que se enraizou em todos nós e da sua prática que se exterioriza pelas atitudes.Ela está ao alcance de todos e é terapia para os momentos de dor. Quem vai em busca de amenizar a dor do próximo ,esquece a sua, e geralmente só é solitário quem não é solidário.
Nós tivemos inúmeros personagens importantes na história da humanidade que servem de parâmetros para o nosso viver.Eles muitas vezes tem as suas vidas tomadas pelas tragédias emocionais e pelo vazio existencial , que são preenchidos pelo bem que decidiram disseminar. Realizam o amor-doação, a compaixão , a generosidade e vivem com plenitude o sentido real da vida. Dentre eles poderemos fazer menção a Buda,Confúcio,Lao Tse,Maomé que dizia que “ninguém pode amar a Alah se não amar o seu próximo;no Bhagavad Gita, Krisna esclarece a Arjuna que o saber espiritual é melhor que o saber material, porém, melhor que ambos é o amor integral e quem é benévolo para com todas as criaturas , esse está perto da meta final;Jesus, o nosso guia e modelo, na parábola do bom samaritano nos ensina que a caridade é a benevolência para com todos.No seu encontro com a mulher adúltera ele ensinou uma das faces da caridade que é a indulgência para com as faltas alheias:”quem de vós está sem pecado que atire a primeira pedra” e quem não se lembra no momento dramático da cruz onde ele ensina outra face da caridade, a caridade perdão: “Senhor, perdoa-os ,eles não sabem o que fazem”.
Quem não se lembra daquela pequena freira baiana que tornou-se uma gigante da vida quando através da força do amor removeu montanhas e criou em Salvador um império de esperança para os necessitados, que o são não por que Deus quer e sim por conseqüência de nosso orgulho e ganância, cujo egoísmo não permite a distribuição das riquezas ;
E a pequenina madre Teresa de Calcutá, que depois de ouvir o cristo interno lhe dizer “tenho sede” , saiu a saciar a sede dos doentes e desesperançados de Calcutá;
Não poderíamos esquecer o espírita Chico Xavier que consolava corações e aplacou a fome de tantos necessitados e o também espírita , tribuno e escritor Divaldo Franco que criou a Mansão do Caminho que é um recanto de amor e educação das crianças abandonadas em Salvador;
Todos são vidas cheia de sentido que deu sentido a tantas vidas. Temos mais...: Gandhi, que com a força do amor-caridade libertou a Índia do domínio Inglês; Dom Helder Câmara que praticou a caridade de entrega completa a Deus através da dedicação aos seus irmãos de jornada
São inúmeros os poetas da existência que fizeram do seu existir uma ode á vida. Eles não foram assim por serem privilegiados ou escolhidos de Deus mais porque decidiram fazer diferença no palco da existência e despertaram ,induzindo o despertar da humanidade para o verdadeiro sentido da vida. Jesus já nos disse que “ Vós sois a luz do mundo” , o que levou Jung a afirmar que Deus conta com o homem para iluminar a sua criação. Então vamos lembrar da proposta de Jesus para cada criatura: Vós sois a luz do mundo” e jamais desistamos de fazer brilhar a nossa luz interna. PENSE NISSO!MAS PENSE AGORA.

sexta-feira, outubro 27, 2006

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ARTIGO DE LUIZ CARLOS AZENHA DA GLOBO

O documentário A Revolução não será Televisionada, sobre o golpe contra Hugo Chávez por líderes da oposição, com o apoio explícito de emissoras de televisão e apoio tácito dos Estados Unidos é imperdível.

Deixa clara a manipulação de imagens e informação com objetivos políticos de uma forma nunca antes registrada na História.

Só vendo para acreditar. No Brasil, às vésperas da eleição, o juiz supremo delas, Marco Aurélio de Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, compara o escândalo do dossiê ao de Watergate, aquele que derrubou Richard Nixon.

Fica implícito, pela declaração, que a crise brasileira pode tomar o mesmo rumo. Quando isso sai da boca do encarregado de arbitrar as eleições é de arrepiar.

No campo da mídia, comentaristas idiotas dizem não entender porque, apesar de tantos escândalos, Lula pode ser reeleito ainda no primeiro turno. São idiotas no sentido literal da palavra, que era usada na Grécia antiga para se referir àqueles que se preocupavam essencialmente consigo mesmos e ignoravam os interesses da comunidade. Os que ficavam de fora da polis eram chamados de idiotas. Isolados, faltava a eles capacidade de analisar e debater questões públicas e políticas.

Pensei nos idiotas gregos quando notei a surpresa de nossos analistas com a resistência de Lula ao bombardeio dos escândalos. Ainda não foi desta vez, escreveu um blogueiro. Ele anunciava o resultado de um levantamento indicando vitória do presidente e candidato em primeiro turno, mesmo depois de novas denúncias, que essencialmente transformaram os tucanos em vítimas de um complô petista.

Será que essa gente não sabe votar? - deve se perguntar o blogueiro. Escribas de aluguel e jornalistas que sentem no ar para que lado sopram os ventos patronais dizem que se Lula vencer será com os votos dos grotões. Usam a palavra de forma pejorativa, como se o voto dos eleitores da periferia e do interior do Brasil valesse menos que os da classe média supostamente bem informada.

Eu me sinto à vontade para escrever sobre o atual governo: investiguei e denunciei integrantes dele e tive uma discussão com o presidente, ao lado de outros jornalistas, durante a visita de Lula à República Dominicana. Mas o trabalho de um jornalista deve ser guiado pela imparcialidade.

A pior coisa que um repórter pode fazer é trombar com os fatos. Nossos analistas ainda não se deram conta de que aplicam um modelito anos 60 para analisar um país que, para o bem e para o mal, é outro. Em vez de trocar de povo, devemos trocar de analistas.

Eles parecem escrever uns para os outros, como se pudessem pautar, da marginal do Tietê, a conversa no bar de uma esquina de Rondonópolis, Agudos ou Barreirinha. Franklin Martins chegou perto de entender o novo Brasil em recente entrevista à revista Caros Amigos, ao dizer que os tradicionais formadores de opinião não formam mais opinião no Brasil.

Ele usou o exemplo da pedra no lago para explicar como o processo se dava no País: a partir da classe média, a opinião se difundia em ondas concêntricas, até atingir o povão. Segundo Franklin, as ondas agora batem num dique e voltam: a classe C tem seus próprios interesses a defender - e já percebeu que eles nem sempre coincidem com os dos moradores do andar de cima, na definição de Elio Gaspari.

Houve um tempo em que o Rio de Janeiro, nossa gloriosa ex-Capital, era considerado a caixa de ressonância do Brasil. Nada de importante acontecia no País sem antes passar por Ipanema ou Leblon. Mais recentemente, pelo Jardim Botânico (bairro carioca onde fica a sede da Rede Globo, grifo meu, Jorge Albino).

A supremacia econômica paulista pôs fim à hegemonia carioca e o território que nos deu a Bossa Nova foi loteado entre o Comando Vermelho e políticos provincianos. O que se desfaz agora é a hegemonia midiática do eixo Rio-São Paulo - no linguajar dos acadêmicos da USP.

Não precisei consultar um deles para descobrir. Consultei meu guru político, o Cebolinha, editor de imagens da TV Globo de São Paulo. Ele teve paciência de Jó para acessar, na internet, os sites dos jornais mais importantes das cidades médias brasileiras. Fez uma descoberta simples: eles não tem dado tanto espaço e destaque à crise do dossiê quanto a mídia dos pretensos centros de irradiação da opinião brasileira, situados no eixo Rio-São Paulo.

É uma faceta bastante simplória de um fenômeno que deveria aparecer no radar de nossos analistas, se eles se dessem ao trabalho de desviar o olhar, um pouco que fosse, para além do próprio umbigo. Lembram do sonho de Juscelino, de interiorizar o Brasil com a construção de Brasília? Pois é, ainda que nem todos tenham notado, aconteceu.

Pedro Bial, em reportagem para o Jornal Nacional, esteve lá, na cidade que surgiu do nada por conta do agronegócio. Aconteceu, amigos: dá para atravessar o Brasil de Santa Maria a Imperatriz, sem passar pela costa. E existe vida neste Brasil interiorano, ainda que haja mais correspondentes da mídia brasileira em Nova York do que em Manaus.

Se eu tivesse tempo, dinheiro e menos o que fazer, gostaria de submeter nossos comentaristas políticos a um breve questionário:

1. Qual foi a ocasião mais recente em que o senhor ou senhora usou transporte público? (Não vale o metrô de Paris);
2. Quando foi a sua mais recente visita a Dourados, em Mato Grosso do Sul?
3. Já esteve em Campo Grande ou Goiânia?
4. Foi recentemente a Parelheiros?
5. O senhor ou senhora já entrou numa lan house? Sabe o que é isso?

Com exceção da primeira pergunta, que é pura provocação, as demais fornecem pistas para desvendar o que não é necessariamente um crime: o Brasil costeiro morreu. E já vai tarde. Sejam bem-vindos a um país mais complexo, em que o poder dos coronéis locais, montados em suas concessões de emissoras de rádio e tevê, se esgarça nas franjas.

Se você não sabe o que é uma lan house, nem foi a Parelheiros, não se sinta um idiota - no sentido grego da palavra. Lan house é internet de pobre. Um real por hora. Está lá, em todo bairro pobre de toda cidade brasileira. É na lan house que a periferia orkuta; que joga aqueles videogames em que o sangue jorra; que imprime currículos em busca de empregos inexistentes; que baixa o vídeo da Cicarelli.

Em resumo, é na lan house que a periferia faz ligação direta no ônibus que nossos comentaristas supõem dirigir. E, porque estive lá, descobri em Parelheiros o que talvez seja a classe C a que se referiu Franklin Martins. A classe média sem água e esgoto.

A mais completa tradução da Belíndia, das Bélgicas e Índias que se fundem no Brasil: carro usado na garagem, máquina de lavar, videogame, dvd, internet discada, ligação clandestina de água, bacias para recolher água de chuva, fossa e água de chuveiro desembocando direto na rua. Lá o eleitor conversa enquanto o telejornal está no ar, comenta os diálogos da novela, vai na lan house procurar emprego e conversar pelo messenger. Os estudantes dão copy e paste para fazer trabalhos de escola.

Estejam certos de que os eleitores de lá não obedecem ao andar de cima. Então o Lula pode ser reeleito com os votos de revolucionários da periferia? Pelo contrário, ele terá os votos dos conservadores, no sentido literal da palavra. E o que estes eleitores querem conservar? A tênue ascensão social que tiveram nos últimos quatro anos está expressa no grande crescimento das vendas da linha branca de eletrodomésticos e no espetacular crescimento do número de aparelhos de telefonia celular no Brasil.

Ou alguém acha que as Casas Bahia se tornaram um fenômeno por causa da freguesia dos Jardins paulistanos ou da Barra da Tijuca? Na periferia das grandes metrópoles existe um movimento silencioso e não organizado que responde pela sigla de MCL, o Movimento Conservador de Lula. Eleitores para os quais a perda de um emprego ou uma doença na família significa mergulhar de novo abaixo da linha da pobreza.

Quando os eleitores de Paralheiros se juntam para fazer política, é para pedir água, creche, escola. Não dá para trazer asfalto? Faz pelo menos o meio-fio. No Brasil, só as ambulâncias são mais superfaturadas do que os marqueteiros. Duda Mendonça, vendedor de enciclopédias, fez fortuna às custas da ignorância dos políticos. Eles se merecem. Tanto quanto nossos veneráveis comentaristas, os gênios do marketing
eleitoral brasileiro aplicam idéias belgas em nossa Índia.

Eles ainda se imaginam no Brasil costeiro, lançando idéias continentais para um país que agora é local. Toda política é local, diz o ditado. Nunca foi tão verdadeiro. Agora, o que é bom para Campo Grande pode não servir para Goiânia. Existem mercados e interesses econômicos locais. Sabem o que me contou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo?

Que as montadoras fugiram do ABC em busca de isenção fiscal e mão-de-obra mais barata. E o que aconteceu? Os metalúrgicos do Paraná, de Minas Gerais e da Bahia estão cada vez mais próximos de obter salários equivalentes aos do ABC. Qual o impacto econômico e político regional deste fenômeno? A maior rede de material de construção de Mato Grosso é de um empresário tosco e simpático que conheci em Nova York, que sentia saudade de arroz-feijão depois de três dias em Manhattan.

O homem vai se tornar um fenômeno estudado pela Harvard Business School antes de ser descoberto pela mídia brasileira. No cartão pessoal dele, além de nome e telefone, está escrita a meta de vendas que pretende atingir no ano. Fez fortuna na rebarba do agronegócio. O mesmo agronegócio que exibe sua cara perversa ao avançar sobre o sul da Amazônia, devastando o cerrado e a floresta tropical para plantar gado e soja.

Em todo o Centro-Oeste, milhões de brasileiros foram beneficiados direta ou indiretamente pelo sucesso do agronegócio e uma boa parte deles vai votar em Lula. Em Dourados, Mato Grosso do Sul, índios pedem esmola nas ruas mas os fazendeiros andam de carro importado, a classe média compra aparelhos de tevê de tela plana e os remediados compram rádio, bicicleta e dvd. O Wal Mart está chegando a esse novo Brasil.

Vai ser interessante - talvez trágico - assistir ao confronto dele com as bodegas de esquina. O Blockbuster vem em seguida. Vai detonar o videoclube que faz fiado? Emprestando a imagem de Franklin Martins, eu faria um reparo. Não é que as ondas causadas pela pedra no lago atinjam o dique da classe C e refluam. É que não somos mais apenas um grande lago, onde ALGUNS POUCOS atiram pedras.

Somos milhares de lagos, onde MILHARES atiram pedras - usando o You Tube, a rádio local, o jornal de bairro, a tradição oral do interior - expressa nas conversas de bar e no bate-papo das calçadas. A falta de compreensão deste fenômeno deixa os gestores da grande mídia no escuro. Já aconteceu de algum integrante do MST aparecer na TV sem ser chamado de bandido, arruaceiro ou baderneiro?

Qual foi a última longa entrevista de um líder do MST em uma emissora de tevê, de rádio, em um jornal? Será que eles vão seqüestrar repórter para sair no jornal? Claro que não - vão fazer seu próprio jornal.Milhões de integrantes de movimentos sociais organizados vão votar em Lula porque se enxergam nele ou, pelo menos, por considerá-lo o candidato menos ruim. Essa gente não é representada adeqüadamente na mídia do eixo Rio-São Paulo.

Jornalistas, profissionais de classe média, em geral procuram suas fontes onde é mais fácil encontrá-las: na academia, em representantes de entidades que defendem interesses corporativos e nas assessorias de imprensa. Elas ganham para plantar entrevistados no rádio, nos jornais e na tevê. É só ter o cuidado de fazer uma pesquisa: quantos centímetros de jornal e minutos de televisão são ocupados por analistas do mercado financeiro, profissionais liberais e especialistas de todo gênero?

Por que essas pessoas, em geral de classe média, expressariam na mídia os interesses da periferia, dos pequenos agricultores ou dos operários de chão de fábrica? Por que a CUT decidiu criar seu próprio programa de rádio e de televisão? Por que a Força Sindical segue o mesmo caminho? O Brasil de Parelheiros vai aparecer na tevê a não ser em casos de chacina?

O Jornalismo, que um dia foi tratado como serviço público, agora vende notícia como produto. De um lado, a independência financeira dá às empresas maior liberdade de manobra diante das forças políticas. De outro, Parelheiros é sub-representada no conteúdo porque não vivem lá os consumidores tradicionais de notícia.

Os sem-terra não valem um tostão como notícia, a não ser quando mostram o que a elite quer ver neles: arruaça e banditismo. Durante sua primeira campanha eleitoral, nos Estados Unidos, Bill Clinton mandou pendurar no comitê de campanha uma placa com os dizeres: "It's the economy, stupid". É a economia, estúpido. Uma forma de lembrá-lo de que americano vota com o bolso.

Não deveria ser novidade para ninguém: brasileiro também vota com o bolso. Nossos comentaristas se entregaram, nos últimos meses, a desqualificar os programas de transferência de renda. Os programas foram atacados como assistencialistas, fruto do populismo de um presidente pai dos pobres. É um jogo de palavras para desqualificar os votos dos nordestinos, uma maneira indireta de expressar o preconceito - essencialmente paulista e carioca - contra os retirantes, os cabeça-chata, os pau-de-arara, os paraíbas.

Pode se discutir o mérito dos programas sociais e, como demonstrou o jornalista Ali Kamel no livro Não Somos Racistas, pode se argüir que seria mais inteligente investir em educação básica de qualidade para todos. Mas não se deve esquecer que aqui também se manifestam interesses de classe: a elite paulistana não quer que o dinheiro de seus impostos seja investido com aquela baianada preguiçosa - até hoje proibida de usar os elevadores sociais nos edifícios chiques de Higienópolis, Moema e Itaim.

Descabida ou não, a transferência de renda turbinou o comércio das pequenas cidades nordestinas. Serão milhões de votos para conservar Lula. Portanto, quando algum comentarista disser que não entende como o presidente pode ser reeleito - apesar de todos os escândalos - ou é incompetente ou está a serviço de alguma campanha. É ardiloso desqualificar os eleitores de Lula, como se eles não soubessem votar, como se fossem mal informados ou ignorantes.

Por fim, há outros conservadores que tem razões de sobra para votar em Lula : os banqueiros, que nunca lucraram tanto quanto nos últimos quatro anos. Quem diria: o Bradesco e o MST enfim unidos no mesmo lado da trincheira. [Enquanto escrevo, pisca na tela do G1, o portal de notícias da Globo: "O nível de pobreza da população brasileira teve forte queda nos anos de 2004 e 2005, de 19%, comparável apenas à redução ocorrida no início de Plano Real, dez anos antes. Os dados fazem parte da pesquisa "Miséria, Desigualdade e Estabilidade: O Segundo Real", divulgada nesta sexta-feira (22) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que analisa a pobreza desde 1992. No Plano Real, entre 1993 e 1995, a queda havia sido de 18,4%.]

Aqui não vai qualquer juízo de valor. Lula chegou antes a esse Brasil que vai além dos consumidores de jornal, tevê a cabo e internet banda larga, seja por intuição ou por ter enxergado o que outros só olhavam. Assistimos hoje a um espetáculo de hidrofobia que, lamentavelmente, não se fez quando a Vale do Rio Doce foi privatizada ou quando surgiram denúncias de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comprou votos no Congresso para garantir seu direito à reeleição.

Embora isso não justifique o banditismo de integrantes do governo Lula, está claro que sanguessugas, vampiros e mensaleiros começaram a agir no governo FHC. O que fez a Polícia Federal, então? E Geraldo Brindeiro, o engavetador-geral da República?

Houve mudanças no Brasil, sim, nem sempre para pior. O controle inflacionário e os programas de transferência de renda implantados nos últimos doze anos produziram o fortalecimento de um mercado de consumo que vai além da Zona Sul belga das metrópoles brasileiras, dos tradicionais formadores de opinião.

O que sei, porque estive lá, é que o que Lula diz - e da forma que diz - pode parecer outro idioma para os brasileiros belgas, mas é perfeitamente entendido em Parelheiros, Goiânia e Dourados.

Ainda mais quando comparado com o que dizia o belga que o antecedeu.

treanscrito por: Jesus

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VOCE GOSTA DE NOVELA MACABRA?



Tentando imitar os roteiristas de novela, façamos um pequeno enredo em três capítulos. O Título é: A Farsa do Dossiê. Pouco a pouco a briosa Polícia Federal vai desenrolando o intricado novelo da trama do Dossiê.

Jesus Fonseca

PRIMEIRO CAPÍTULO – a mentira

Dossiê: testemunha confirma saques para Lacerda

Aguinaldo Henrique Delino é a testemunha que declarou nesta quinta-feira, em depoimento à Polícia Federal (PF) na cidade de Varginha, em Minas Gerais, ter transportado R$ 250 mil de Pouso Alegre (MG) para São Paulo (SP), a fim de entregar o dinheiro a uma pessoa que identificou como ex-coordenador de comunicação da campanha de Aloísio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda. Lacerda é o principal suspeito, segundo a PF, de ter levado o R$ 1,75 milhão a emissários petistas, em um hotel da capital paulista, para bancar a compra do dossiê com denúncias contra tucanos.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a PF chegou até Aguinaldo após tomar conhecimento de uma entrevista que ele concedeu a uma TV local, na qual afirma que o promotor de eventos Luiz Armando Silvestre Ramos, para quem trabalhou, pediu que cedesse sua conta bancária para receber uma transferência de R$ 80 mil, provenientes de empresa do interior de São Paulo.

No depoimento à PF, Aguinaldo declarou ter recebido de Ramos o restante do dinheiro em espécie, sacado pelo empresário. Ambos, disse, levaram os recursos até São Paulo e os entregaram a Lacerda. A testemunha disse que deu-se conta da identidade do destinatário dos recursos somente após ver imagens de Lacerda na televisão.
O delegado da PF Daniel Daher disse à Folha que o depoente confirmou o saque. Porém Aguinaldo não teria entregue extrato bancário para comprovar a transação.

A testemunha disse à PF que o ex-chefe Ramos a convidou para acompanhá-lo até São Paulo, a fim de entregar o dinheiro. "Ele me convidou, se eu queria ir com ele, aí eu peguei e fui (...). A gente chegou perto do hotel e sentamos numa padaria. Ficamos lá, aí ele (Ramos) ligou no celular. Aí passou um tempo e chegou um rapaz lá, um carro com mais uns seguranças. Aí o Silvestre saiu da padaria, encontrou ele, e passou o dinheiro pra ele". A pessoa que chegou no carro, de acordo com Aguinaldo, era Hamilton Lacerda.

SEGUNDO CAPÍTULO – a verdade

PF descobre que depoimento de "laranja" é falso

A Polícia Federal descobriu ser falso o depoimento de Agnaldo Henrique De Lima, que disse ter transportado R$ 250 mil de Pouso Alegre (MG) para São Paulo (SP), a fim de entregar o dinheiro a uma pessoa que identificou como ex-coordenador de comunicação da campanha de Aloísio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda.
A afirmação de Agnaldo foi feita ontem em depoimento à Polícia Federal (PF) na cidade de Varginha (MG). De acordo com a rádio CBN, a PF agora vai investigar uma suposta participação do PSDB no caso, já que a mulher que apresentou a testemunha seria funcionária do partido.

A PF chegou até Agnaldo após ele afirmar, em entrevista a uma TV local, que o promotor de eventos Luiz Armando Silvestre Ramos, para quem trabalhou, pediu que cedesse sua conta bancária para receber uma transferência de R$ 80 mil, provenientes de empresa do interior de São Paulo.

No depoimento à PF, Agnaldo declarou ter recebido de Ramos o restante do dinheiro em espécie, sacado pelo empresário. Ambos, disse, levaram os recursos até São Paulo e os entregaram a Lacerda. A testemunha disse que deu-se conta da identidade do destinatário dos recursos somente após ver imagens de Lacerda na televisão.

TERCEIRO CAPÍTULO – a fuga

Dossiê: PF diz que pode pedir prisão de "laranja"

O superintendente da Polícia Federal em Cuiabá, Daniel Lorenz, afirmou hoje que poderá pedir prisão preventiva de Agnaldo Henrique de Lima, que prestou falso depoimento ontem sobre o caso da compra de um dossiê contra tucanos. "Realmente o depoimento é falso", disse hoje Lorenz.

Segundo o superintendente, já há provas para instaurar inquérito por falso testemunho contra Agnaldo, mas ainda não há evidências para denúncia por falsidade ideológica.

A PF comprovou ser falso o testemunho depois que descobriu, na madrugada de hoje, que não houve movimentações financeiras na conta de Lima no período investigado. A Polícia procurou o "laranja", que não foi localizado.

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Diretor é preso por suposta compra de votos na PB


Michelle Sousa
Direto de João Pessoa

O diretor financeiro da Secretaria Estadual de Controle Interno do governo da Paraíba, Glauco Veiga, foi preso no início da noite desta quinta-feira com R$ 42,9 mil em espécie em envelopes separados, destinadas a cidades do interior. Segundo a Policia Rodoviária Federal, que realizou a prisão em um posto da BR 230 em Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, a ação foi originada por uma denúncia anônima.

O diretor estava em um carro modelo Celta locado para a secretaria. Os envelopes tinham panfletos do atual governador e candidato à reeleição Cássio Cunha Lima (PSDB) e nomes de pessoas que receberiam o dinheiro, com os respectivos municípios - entre eles Monteiro, Umbuzeiro, Prata e Zabelê.
Glauco foi preso em flagrante e prestou depoimento na Polícia Federal.


transcrito por: Jesus Fonseca

quinta-feira, outubro 26, 2006

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IBOPE-CONFIRMA VANTAGEM DE 24 PONTOS

A terceira pesquisa Ibope para o segundo turno da disputa presidencial, divulgada na noite desta quinta-feira pelo Jornal Nacional, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a vantagem de 24 pontos sobre Geraldo Alckmin (PSDB), registrada na pesquisa anterior. Ele tem 62% dos votos válidos, contra 38% do tucano. Nos votos válidos são descontados os percentuais de brancos, nulos e indecisos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope ouviu 3.010 eleitores entre os dias 24 e 26 de outubro. A pesquisa, encomendada pela Rede Globo, foi registrada no TSE com o número 23351/2006.

Considerando-se os votos totais, Lula oscilou apenas um ponto e subiu de 57% em 20 de outubro para 58%. Alckmin também oscilou um ponto, mas negativamente. Ele caiu de 36% para 35%. Brancos e nulos se mantiveram em 3%. Indecisos subiram de 3% para 4%.

Definição
O Ibope também questionou os eleitores sobre a possibilidade de mudança de opinião até o dia das eleições. Apenas 12% disseram que ainda podem mudar seu voto. Já 86% afirmaram que a decisão é definitiva. Não opinaram 2%.

Transcrito por Jesus Fonseca

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PESQUISA SENSUS-LULA AUMENTA VANTAGEM EM 26,4%


A três dias das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, tem uma vantagem de 24 pontos percentuais com relação ao seu adversário na disputa presidencial, o tucano Geraldo Alckmin. Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta quinta-feira indica que Lula tem 57,5% das intenções de votos, ante 33,5% de Alckmin.

Descartados os votos brancos e nulos, Lula tem 63,2% dos votos válidos, contra 36,8% do tucano, o que revela uma distância de 26,4% entre os dois candidatos. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) leva em conta os votos válidos para anunciar o resultado da eleição.

Na pesquisa espontânea, Lula tem 53,9% dos votos e Alckmin, 31,4%. O diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, observou que o fato de o resultado do levantamento espontâneo e estimulado serem próximos indica consolidação dos votos de Lula. Para Guedes, a eleição está definida. "Qualquer coisa que aconteça não mudará mais o resultado da eleição. As diferenças estão se alargando", justificou.

Rejeição

O percentual de rejeição de Geraldo Alckmin sobe para 45%.
A rejeição do presidente subiu da última pesquisa realizada no primeiro turno, de 22 a 25 de setembro, para 6,3 pontos agora, mas o índice continua abaixo do considerado de risco pelos analistas. Segundo Guedes, o candidato que tem 40% ou mais de rejeição --caso de Alckmin-- está fora do jogo político.

Eleitorado

Lula tem a preferência do eleitorado nordestino (74,8%) e das regiões Norte e Centro Oeste (58,3%). Alckmin não vence hoje, segundo a Sensus, em nenhuma região, mas empata com o petista no Sul, onde ambos tem 45% das intenções de votos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 25 de outubro, com 2.000 pessoas das cinco regiões do país. A margem de erro é de até três pontos percentuais.

transcrito por: Jesus Fonseca

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VEJA-FOGUEIRA FEITA PELOS ESTUDANTES DE FORTALEZA

Eu recebi em casa, esta semana, sem nunca ter cogitado em ser assinante do panfletoide, quatro revistas, uma em meu nome e mais três em nome de minha mulher e duas filhas! Significa o que? Há várias respostas para tal atitude da VEJA! Está desesperada, já antevendo sua derrocada, qualquer que seja o eleito ou tenta bajular suas hostes (PSDB/PFL), fazendo suas imundas propagandas contra LULA, pensando que, ao menos, poderá se salvar, em caso de sucesso. Os briosos estudantes fortalezenses deram-lhe a resposta

Jesus Fonseca


Estudantes universitários de Fortaleza fazem fogueira de revistas VEJA

A União da Juventude Socialista – UJS e o Diretório Central dos Estudantes da UFC promoveram nesta quarta um ato de protesto dentro da universidade. O alvo era a revista Veja, que teve vários de seus exemplares queimados numa grande fogueira.

Revistas viraram uma grande fogueira Sob aplausos, a última edição da revista, que traz na capa o filho de Lula, foi a primeira a ser queimada. O ato reuniu estudantes de vários cursos, entre eles estudantes do curso de Comunicação Social, que elogiaram a iniciativa e lamentaram o papel jogado hoje pelo semanário.

Segundo Edilson Cavalcante, presidente estadual da UJS, o ato expressa a indignação da juventude frente a uma revista (v)rendida aos interesses da direita. “A Veja mente e distorce os fatos, mostrando assim o seu caráter fascista e defensor das ideologias que sempre dominaram o Brasil”.

Revoltados os estudantes insistiam em afirmar que o ato também tinha como caráter o repúdio pela chegada semanal e gratuita da revista Veja em suas casas.

“Eles querem assim nos fazer engolir seu conteúdo tendencioso, nos manipular com um jornalismo antiético e que desrespeita nossa inteligência. Não queremos receber a Veja em nossas casas” afirma David Aragão, estudante do curso de letras.

Para Roberto dos Santos, diretor do DCE “este ato comprova que nenhuma tentativa de manipulação feita pelos grandes veículos de comunicação vai arrefecer a disposição da juventude de seguir com Lula para derrotar àqueles que querem vender o nosso país e que são os verdadeiros responsáveis pela corrupção. A transformação de Veja em cinzas pelos estudantes brasileiros e dentro de uma universidade nos dá a exata medida de que ninguém corrompe nossas consciências”.

Estiveram presentes ainda estudantes secundaristas e de outras universidades, o jornalista Messias Pontes e o vereador Lula Morais (PCdoB).

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AS VERDADEIRAS INTENÇÕES DA "VEJA"

Bom, já que estamos falando do panfletoide intitulado de Revista VEJA, procuremos saber qual o verdadeiro objetivo “desta coisa” que desde outros “idos de março” vem procurando, com veemência em suas matérias, tornar a Nação Brasileira um grande Alaska ou mesmo um enorme Porto Rico! As decisões dos Supremos Tribunais devem ser respeitadas, afinal de contas, eles estão aonde se encontram para fazer julgamentos, bons ou maus, mas devem ser acatados! Todavia não podemos nem devemos acatar o “Roma locuta, causa finita”, mesmo porque, pressentimos ser aquela Corte composta, também, de seres humanos possuidores de todos os sentimentos de qualquer outro Ser Vivente. A decisão da Corte, portanto, não exime o panfletoide de seus pecados. Oxalá, fossem apenas veniais!
A oração, linhas acima,"Roma locuta, causa finita é uma expressão latina que se traduz, mais ou menos, assim: Roma falou, está falado ou ainda: Roma falou, acabou-se a questão!

Eu, como Nordestino, possuidor de auto estima e orgulhoso do Torrão que me viu nascer, não tenho apetite para ouvir calado e comungar de tamanha disfarçatez que parte destas "coisas abjetas"!


Transcrevo, abaixo, uma matéria que me foi enviada por nossa conterrânea, Amadelia Lopes, de autoria de Altamiro Borges, jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro “As encruzilhadas do sindicalismo” (Editora Anita Garibaldi).
Leiam, atentamente, esta matéria, e observe o porquê da ojeriza da VEJA contra o Governo do Povo, o Governo que não deu certo para suas pretensões e de seus sequazes!
Jesus Fonseca,


Racistas controlam a revista Veja

Por: Altamiro Borges

- Na sua penúltima edição, a revista Veja estampou na capa a foto de uma mulher negra, título de eleitor na mão e a manchete espalhafatosa: "Ela pode decidir a eleição". A chamada de capa ainda trazia a maldosa descrição: "Nordestina, 27 anos, educação média, R$ 450 por mês, Gilmara Cerqueira retrata o eleitor que será o fiel da balança em outubro". O intuito evidente da capa e da reportagem interna era o de estimular o preconceito de classe contra o presidente Lula, franco favorito nas pesquisas eleitorais entre a população mais carente. A edição não destoava de tantas outras, nas quais esta publicação da Editora Abril assume abertamente o papel de palanque da oposição de direita e destina veneno de nítido conteúdo fascistóide.


Agora, o escritor Renato Pompeu dá novos elementos que apimentam a discussão sobre a linha editorial racista desta revista. No artigo "A Abril e o apartheid", publicado na revista Caros Amigos que está nas bancas, ele informa que "o grupo de mídia sul-africano Naspers adquiriu 30% do capital acionário da Editora Abril, que detém 54% do mercado brasileiro de revistas e 58% das rendas de anúncios em revistas no país. Para tanto, pagou 422 milhões de dólares. A notícia é de maio e foi publicada nos principais órgãos da mídia grande do Brasil. Mas não foi dada a devida atenção ao fato de a Naspers ter sido um dos esteios do regime do apartheid na África do Sul e ter prosperado com a segregação racial".

Líderes da segregação racial

A Naspers tem sua origem em 1915, quando surgiu com o nome de Nasionale Pers, um grupo nacionalista africâner (a denominação dos sul-africanos de origem holandesa, também conhecidos como bôeres, que foram derrotados pela Grã-Bretanha na guerra que terminou em 1902). Este agrupamento lançou o jornal diário Die Burger, que até hoje é líder de mercado no país. Durante décadas, o grupo, que passou a editar revistas e livros, esteve estreitamente vinculado ao Partido Nacional, a organização partidária das elites africâneres que legalizou o detestável e criminoso regime do apartheid no pós-Segunda Guerra Mundial.

Como relata Renato Pompeu, "dos quadros da Naspers saíram os três primeiros-ministros do apartheid". O primeiro diretor do Die Burger foi D.F. Malan, que comandou o governo da África do Sul de 1948 a 1954 e lançou as bases legais da segregação racial. Já os líderes do Partido Nacional H.F. Verwoerd e P.W. Botha participaram do Conselho de Administração da Naspers. Verwoerd, que quando estudante na Alemanha teve ligações com os nazistas, consolidou o regime do apartheid, a que deu feição definitiva em seu governo, iniciado em 1958. Durante a sua gestão ocorreram o massacre de Sharpeville, a proibição do Congresso Nacional Africano (que hoje governa o país) e a prolongada condenação de Nelson Mandela.
Já P. Botha sustentou o apartheid como primeiro-ministro, de 1978 a 1984, e depois como presidente, até 1989.

"Ele argumentava, junto ao governo dos Estados Unidos, que o apartheid era necessário para conter o comunismo em Angola e Moçambique, países vizinhos. Reforçou militarmente a África do Sul e pediu a colaboração de Israel para desenvolver a bomba atômica. Ordenou a intervenção de forças especiais sul-africanas na Namíbia e em Angola". Durante seu longo governo, a resistência negra na África do Sul, que cresceu, adquiriu maior radicalidade e conquistou a solidariedade internacional, foi cruelmente reprimida - como tão bem retrata o filme "Um grito de liberdade", do diretor inglês Richard Attenborough (1987).

Os tentáculos do apartheid

Renato Pompeu não perdoa a papel nefasto da Naspers. "Com a ajuda dos governos do apartheid, dos quais suas publicação foram porta-vozes oficiosos, ela evoluiu para se tornar o maior conglomerado da mídia imprensa e eletrônica da África, onde atua em dezenas de países, tendo estendido também as suas atividades para nações como Hungria, Grécia, Índia, China e, agora, para o Brasil. Em setembro de 1997, um total de 127 jornalistas da Naspers pediu desculpas em público pela sua atuação durante o apartheid, em documento dirigido à Comissão da Verdade e da Reconciliação, encabeçada pelo arcebispo Desmond Tutu. Mas se tratava de empregados, embora alguns tivessem cargos de direção de jornais e revistas. A própria Naspers, entretanto, jamais pediu perdão por suas ligações com o apartheid".

Segundo documentos divulgados pela própria Naspers, em 31 de dezembro de 2005, a Editora Abril tinha uma dívida liquida de aproximadamente US$ 500 milhões, com a família Civita detendo 86,2% das ações e o grupo estadunidense Capital International, 13,8%. A Naspers adquiriu em maio último todas as ações da empresa ianque, por US$ 177 milhões, mais US$ 86 milhões em ações da família Civita e outros US$ 159 milhões em papéis lançados pela Abril. "Com isso, a Naspers ficou com 30% do capital. O dinheiro injetado, segundo ela, serviria para pagar a maior parte das dividas da editora". Isto comprova que o poder deste conglomerado, que cresceu com a segregação racial, é hoje enorme e assustador na mídia brasileira.

Os interesses alienígenas

Mas as relações alienígenas da revista Veja não são recentes nem se dão apenas com os racistas da África do Sul. Até recentemente, ela sofria forte influência na sua linha editorial das corporações dos EUA. A Capital International, terceiro maior grupo gestor de fundos de investimentos desta potência imperialista, tinha dois prepostos no Conselho de Administração do Grupo Abril - Willian Parker e Guilherme Lins. Em julho de 2004, esta agência de especulação financeira havia adquirido 13,8% das ações da Abril, numa operação viabilizada por uma emenda constitucional sancionada por FHC em 2002.

A Editora Abril também têm vínculos com a Cisneros Group, holding controlada por Gustavo Cisneros, um dos principais mentores do frustrado golpe midiático contra o presidente Hugo Chávez, em abril de 2002. O inimigo declarado do líder venezuelano é proprietário de um império que congrega 75 empresas no setor da mídia, espalhadas pela América do Sul, EUA, Canadá, Espanha e Portugal. Segundo Gustavo Barreto, pesquisador da UFRJ, as primeiras parcerias da Abril com Cisneros datam de 1995 em torno das transmissões via satélites. O grupo também é sócio da DirecTV, que já teve presença acionária da Abril. Desde 2000, os dois grupos se tornaram sócios na empresa resultante da fusão entre AOL e Time Warner.

Ainda segundo Gustavo Barreto, "a Editora Abril possui relações com instituições financeiras como o Banco Safra e a norte-americana JP Morgan - a mesma que calcula o chamado ‘risco-país’, índice que designa o risco que os investidores correm quando investem no Brasil. Em outras palavras, ela expressa a percepção do investidor estrangeiro sobre a capacidade deste país ‘honrar’ os seus compromissos. Estas e outras instituições financeiras de peso são os debenturistas - detentores das debêntures (títulos da dívida) - da Editora Abril e de seu principal produto jornalístico. Em suma, responsáveis pela reestruturação da editora que publica a revista com linha editorial fortemente pró-mercado e anti-movimentos sociais".

Um ninho de tucanos

Além de ser controlada por grupos estrangeiros, a Veja mantém relações estreitas com o PSDB, que é o núcleo orgânico do capital rentista, e com o PFL, que representa a velha oligarquia conservadora. Emílio Carazzai, por exemplo, que hoje exerce a função de vice-presidente de Finanças do Grupo Abril, foi presidente da Caixa Econômica Federal no governo FHC. Outra tucana influente na família Civita, dona do Grupo Abril, é Claudia Costin, ministra de FHC responsável pela demissão de servidores públicos, ex-secretária de Cultura no governo de Geraldo Alckmin e atual vice-presidente da Fundação Victor Civita.

Não é para menos que a Editora Abril sempre privilegiou os políticos tucanos. Afora os possíveis apoios "não contabilizados", que só uma rigorosa auditoria da Justiça Eleitoral poderia provar, nas eleições de 2002, ela doou R$ 50,7 mil a dois candidatos do PSDB. O deputado federal Alberto Goldman, hoje um vestal da ética, recebeu R$ 34,9 mil da influente família; já o deputado Aloysio Nunes, ex-ministro de FHC, foi agraciado com R$ 15,8 mil. Ela também depositou R$ 303 mil na conta da DNA Propaganda, a famosa empresa de Marcos Valério que inaugurou um ilícito esquema de financiamento eleitoral para Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB. Estes e outros "segredinhos" da Editora Abril ajudam a entender a linha editorial racista da revista Veja e a sua postura de opositora radical do governo Lula.


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TSE nega direito de resposta contra Veja


Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por quatro votos a três, decidiram não conceder o direito de resposta contra a revista Veja para a coligação "A Força do Povo" (PT-PRB-PCdoB), seu candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Partido dos Trabalhadores (PT). O pedido foi solicitado na última quarta-feira (18/10) por causa da reportagem de capa "Dossiêgate - Limpeza de Alto Risco".

Segundo o TSE, prevalece o artigo 220 da Constituição Federal: "A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição". Na ação, os advogados de acusação alegavam que a matéria seria "caluniosa, difamatória, injuriosa e inverídica". A acusação também afirmava que o texto era baseado em afirmações precipitadas, respaldas em fontes anônimas e criminosas.

Opiniões divergentes
Em seu voto, o ministro Joaquim Barbosa afirmou que lia e assinava diversos veículos de mídia do mundo, mas jamais viu uma posição política tão óbvia. “Posso dizer que nunca assisti a veículo desse porte ter um engajamento tão nítido, tão aberto como se verificou no caso desse veículo".

Porém para o ministro Carlos Ayres Britto, a reportagem deixa claro o que são apenas suposições. "Tudo foi colocado no modo condicional do verbo, sob forma de hipotetização", ressaltou.
Rainério

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A censura a Arnaldo Jabor

Pedro Eduardo Portilho de Nader
Fonte:Observatório da Imprensa

Logo de início uma consideração: a questão de concordar ou discordar do colunista Arnaldo Jabor não faz parte do escopo deste texto. Este artigo não consiste em uma defesa do que foi dito por Jabor. Independente de concordar, ou não, com o que ele diz, trata-se de defender o direito de ele poder dizer – que é o direito de todos poderem dizer. Este artigo não trata de concordância ou de discordância, mas tão somente do princípio democrático que deve ser constitutivo de uma sociedade aberta.

Alguns certamente sabem, muitos talvez ainda desconheçam: no dia 12 de outubro, um ministro do TSE ordenou que a Rádio CBN retirasse de sua página na internet a coluna de Arnaldo Jabor datada de dois dias antes. Convém ressaltar uma passagem da sentença do juiz: "O comentário impugnado na petição inicial pode ter contrariado a legislação eleitoral. Como medida de natureza cautelar, determino liminarmente sua retirada da página da Representada na rede mundial de computadores e de todas as suas afiliadas".

Assim, a partir do cumprimento da decisão judicial, pode-se entrar na página da rádio e encontrar outras colunas de Jabor de outros dias, mas não há nada no dia 10. Cabe assinalar o trecho – da coluna – que supostamente teria provocado a suspensão da coluna:

Amigos ouvintes, o debate de domingo serviu para vermos dois lados do Brasil. De um lado, a busca de um "choque de capitalismo". De outro, um choque de socialismo deformado num populismo estadista, num getulismo tardio. De um lado, São Paulo e a complexa experiência de um estado industrializado, rico e privatista. De outro, a voz dos grotões, onde o Estado ainda é o provedor dos vassalos famintos. De um lado, a teimosa demanda do Alckmin pelo concreto da administração pública, e do outro, o Lula, apelando para pretextos utópicos, preferindo rolar na retórica de símbolo (...)".

O silêncio de Arnaldo Jabor – imposto pelo ministro do TSE – é escandaloso. A coluna foi, liminarmente, censurada. Opinião foi censurada, aparentemente a pretexto de uma confusão entre opinião e propaganda. Várias colunas de vários colunistas emitiram opiniões. Essa coluna foi censurada – e liminarmente.

Caráter autoritário

Há outro silêncio, além do de Jabor. O juiz, ao considerar o comentário veiculado, não sabe dizer se ele próprio, juiz, acha que o texto infringiu ou não a legislação – "pode ter infringido", diz. Além da legislação e do comentário em questão, o que mais precisa o juiz para conseguir fazer sua própria opinião legal ir além do "pode ter"? Por que a dúvida? E além disso: a decisão é explicada pela possibilidade de se ter infringido a lei, porém não apresenta a justificativa para essa possibilidade. Por que a decisão de suspender a coluna? Porque pode ter infringido a lei – eis a explicação. Mas por que pode ter infringido? Silêncio – não houve justificativa.

Sem sequer justificar por que o texto do colunista "pode ter infringido a legislação eleitoral", não faltou transparência? Explicou a decisão (com um "pode ter"), mas não a justificou. Sem a justificativa da explicação, "pode ter" havido arbítrio na decisão. O silêncio quanto à justificativa "pode ter" sido eloqüente a respeito da medida e da índole. A suspensão foi liminar – em mais de um sentido.

Por sua vez, o silêncio de grande parte da imprensa a esse respeito é uma omissão escandalosa (exceção feita, convém ressaltar desde já, a Dora Kramer). Em muitos órgãos de imprensa o assunto simplesmente não foi tratado; porém, outras decisões tomadas pela Justiça com base na lei eleitoral já mereceram matérias e comentários de vários jornalistas. No Estado de S. Paulo não houve matéria jornalística sobre a suspensão: a informação foi passada aos seus leitores apenas através dos comentários de Dora Kramer, que, em sua coluna do dia 15 p.p., assinalou o caráter autoritário da decisão.

Censura togada

Assim, mesmo o jornal que mantém tanto a coluna de Dora Kramer quanto a do comentador suspenso na página da rádio não tratou do assunto em matéria jornalística. Cabe assinalar ainda: o texto da coluna suspensa na página da rádio era – exceto pelo cumprimento inicial aos ouvintes – idêntico ao que tinha sido publicado pelo jornal no mesmo dia 12; o jornal pelo menos manteve, sem alarde, a coluna em sua própria página na internet, de maneira que os usuários podiam continuar acessando a coluna suspensa na outra página, a da rádio.

E, ainda, o silêncio, a respeito da suspensão de Jabor, por parte de muitos daqueles que se intitulam defensores da democracia – e que costumeiramente apontam o dedo com rapidez para censuras e tentativas tais – é escandalosamente significativo. Neste sentido, cabe comparar: há uns poucos anos, aproximadamente nesta mesma época do ano, um programa apresentado na televisão forjou uma falsa matéria contendo entrevista com supostos participantes de uma facção criminosa – na verdade, soube-se depois, tratava-se de atores contratados pelo programa para simularem a entrevista, que foi apresentada como verdadeira. Ao longo dos dias seguintes, a falsa reportagem foi tratada por vários órgãos de imprensa, e acabou-se por descobrir o embuste: até a descoberta da fraude, a falsa reportagem agrediu e chocou pela rudeza, sobretudo das ameaças, tomadas a sério, a várias pessoas públicas; após a descoberta, o caso agrediu pela grosseria de seus realizadores. [Ver os debates sobre o tema nas edições de setembro de 2003 do OI – Edições anteriores]

Cerca de duas semanas depois da exibição da matéria, o programa foi suspenso por uma juíza. Surgiu uma polêmica que adquiriu força: muitas pessoas se expressaram concordando com a suspensão do programa como uma punição adequada; entretanto, muitos comentadores avaliaram a suspensão como uma forma de censura – "censura togada" foi a expressão usada na época por alguns destes comentadores. Ante a polêmica, chegou-se a apelar para o pretenso argumento de autoridade moral do tipo "eu sei que isso é censura porque eu vivi (sofri) a censura na época da ditadura militar", procurando-se assim desqualificar liminarmente os argumentos racionalistas usados pelos que assinalavam a razoabilidade de se suspender o programa, enfim, por quem considerava que a decisão tomada pela juíza não tinha sido censura (mesmo porque a matéria não foi proibida de ir ao ar).

Que se expliquem

Uma promotora de Justiça do Estado de São Paulo – que defendeu a suspensão e argumentou racionalmente não se tratar de censura, mas de punição dentro da legalidade – foi duramente criticada por aqueles comentadores. Esses mesmos comentadores, que foram contra a suspensão do programa, defendiam que o canal de televisão que apresentava o programa fosse cassado: segundo esse raciocínio, suspender o programa por um dia, devido à falsa reportagem, deveria ser considerado censura, enquanto cassar o canal de maneira definitiva pelo mesmo motivo seria, pretensamente, democrático (a justificativa deles seria decorrente da interpretação que eles faziam da Constituição).

Onde estão esses comentadores para, agora, falarem da suspensão da coluna de Arnaldo Jabor na página da rádio? Não são mais os mesmos? Não interpretam mais a Constituição e a democracia da mesma maneira? Foram contundentes ao atacarem a suspensão de um programa que dolosamente forjou e veiculou uma falsa matéria jornalística (contendo ameaças de morte), mas agora não apresentam uma pequena parcela da mesma contundência para também tratarem da suspensão de quem trabalha fazendo comentários jornalísticos.

Se para acusarem a juíza de censora togada souberam ser estridentes, usando fogos de artifício verbais fortemente acusadores em relação à juíza e aos que discordavam deles, agora deveriam se pronunciar – se desta vez não mais para acusar a suspensão, então para defenderem a atitude do TSE e para explicarem por que desta vez acharam que não se trata de censura, esclarecendo, afinal, por que não são mais os mesmos que um dia foram.
Rainério

quarta-feira, outubro 25, 2006

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Tucano admite derrota e culpa marqueteiros

Maria Clara Cabral
Direto de Brasília

Faltando três dias para o segundo turno das eleições e com a pesquisa Datafolha apontando 21 pontos de vantagem para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) já admite uma derrota de Geraldo Alckmin e tenta achar culpados para o desempenho do tucano. Em sua opinião, um dos pontos que mais pesou contra o ex-governador de São Paulo foram os programas eleitorais.

"O programa de Alckmin é claramente inferior ao de Lula", admitiu o senador. Para ele, em um país tão grande como o Brasil e com os novos termos da campanha, sem showmícios, por exemplo, os programas eleitorais fazem toda a diferença. "O programa tem que ser criativo, inovar todos os dias. Mostrar emoção e indignação. Não pode falar de crise lendo um teleprompter", afirmou.

Apesar das críticas, Álvaro Dias admitiu que agora não há mais tempo de fazer alteração que mude a opinião do eleitor. O senador afirmou também que teve diversos encontros com os marqueteiros responsáveis pela camapanha - encabeçada pela empresa GW, de São Paulo - propondo as mudanças. "Mas os marqueteiros se consideram muito acima dos candidatos", criticou.

Transcrito por: Jesus Fonseca

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Lições de um "analfabeto"

Lições de um "analfabeto"

Reproduzimos um artigo do jornalista Blanchard Girão publicado no jornal O Estado de hoje (18/10):

Nordestino, pau-de-arara, operário analfabeto - são alguns dos apodos afrontosamente assacados pela elite preconceituosa brasileira contra o atual Presidente da República, Lula da Silva, favorito à reeleição.
O fato de não possuir diploma de nível superior coloca Lula no índex de uma sociedade que ainda vive sob o falso brilho do bacharelismo, sem se aperceber de que saem das faculdades montões de "doutores" que agridem a cada passo a língua pátria.
Lula, porém, há positivado um elevado nível intelectual, de tirocínio e de experiência, amparado no qual logrou realizar, em menos de quatro anos, um governo que colocou o País numa situação de ordem, tranqüilidade e estabilidade econômico-financeira, vencendo o caos que herdou do sociólogo e poliglota que o antecedeu.
Não por acaso, Lula é hoje uma das mais representativas lideranças dos países emergentes, como a ONU recentemente reconheceu e o homenageou.
Uma pequena mostra do valor deste nordestino invulgar colhemos, há pouco, na Internet, onde foi publicado um discurso, pronunciado por ele, de improviso, em Belo Horizonte, no dia 26 de setembro passado.
Eis o que falou o "analfabeto", uma autêntica aula de civismo de amor ao Brasil e de identificação com o seu povo. São de Lula estas palavras realmente emocionantes:

"Lula não é Lula; é uma parte do povo deste País, que adquiriu consciência política. É por isso que eu não caio. Porque eu não sou sozinho. Na hora em que tirarem as minhas pernas, eu vou andar pelas pernas de vocês; na hora em que tirarem os meus braços, eu vou gesticular pelos braços de vocês; na hora em que tirarem meu coração, eu vou amar pelo coração de vocês. E na hora em que tirarem a minha cabeça, eu vou pensar pela cabeça de vocês. Eles deveriam ter aprendido com Tiradentes. Não basta matar; não basta esquartejar, não basta salgar a carne e pendurar no poste. Porque a carne você mata e ela apodrece, mas as idéias estão perambulando pelas brisas deste País, querendo liberdade, querendo direito, e isso nós temos de sobra para dar".

São desabafos como este que fazem de Lula o grande líder do povo brasileiro, que o consagrará para mais quatro anos de mandato.

Blanchard Girão é jornalista

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"Choque de gestão" causa déficit e paralisia

Nº 70 - noite - 24/10/2006

Comício de Lula em Timon-MA , 24/10 (Foto: R. Stuckert)
Em pauta


"Choque de gestão" causa déficit e paralisia
Lula perguntou, Alckmin negaceou.
Mas deu na Folha de S.Paulo: o governo paulista reduziu em até 80% os investimentos em projetos de infra-estrutura e paralisou várias obras.
A matéria revela os efeitos do "choque de gestão" que o candidato tucano queria implantar no país.
Segundo a reportagem, "algumas das principais obras e projetos de infra-estrutura de transporte de São Paulo tiveram seu ritmo reduzido drasticamente ou foram até paralisadas pelo governo de Cláudio Lembro (PFL), que conta os dias para terminar o seu mandato... Os atrasos ou as interrupções dos investimentos... foram intensificados nos últimos meses e envolvem de rodovias do interior à expansão da rede sobre trilho da Grande São Paulo, do Rodoanel ao recapeamento das marginais Pinheiros e Tietê".
Ainda de acordo com o texto, "na metade do ano, Lembo enviou ofício a todos os secretários vetando novos investimentos e determinando 'redobrada atenção' e 'rigorosa austeridade nos gastos públicos'... Das obras em curso de recuperação ou ampliação de estradas, a Folha apurou que a redução do ritmo em diversos casos é de 80%".
Cadê o "gerente eficiente"?
Durante muito tempo, além de proteger a figura do ex-governador Geraldo Alckmin, grande parte da mídia difundiu a o mito de que ele seria um exemplo de "administrador competente" e de "gerente eficiente".
Os fatos negam esta pretensa qualidade:
1. Caos na segurança
As três recentes ondas de violência urbana no Estado, que causaram a morte de quase 200 pessoas e a destruição de inúmeros bens públicos e privados.
2. Abandono da educação
A educação pública sofreu brutal regressão. O ensino médio hoje atende 25% da demanda de jovens entre 15 e 19 anos; de 1999 a 2005, as matrículas baixaram de 1.720.174 para 1.636.526; a taxa de reprovação pulou de 3,6% para 15,6%; e a evasão escolar já atinge a marca recorde de 7% ao ano.
Como forma de maquiar este desastre, o governo inventou a "progressão continuada", espécie de aprovação automática. Devido a esta maquiagem, há casos de estudantes analfabetos frequentando a quarta série.
O analfabetismo atinge 6,6% da população e há mais cinco milhões de analfabetos funcionais (18% dos paulistas acima de 15 anos).
3. Mercantilização da saúde
O PSDB entregou vários hospitais públicos à iniciativa privada, sob a camuflagem das tais Organizações Sociais de Saúde (OSS).
Elas administram os hospitais através dos contratos de terceirização, sem licitação ou controle do Tribunal de Contas.
Atualmente, já são 18 hospitais, três ambulatórios de especialidades e um centro de referência para idosos entregues para a iniciativa privada.
Além disso, o governo Alckmin cortou 170 mil cargos funcionais na área da saúde entre 1994 e 2006.
4. Pedágios caríssimos
Estudo do Ipea revelou que, entre 1995 e 2005, as tarifas cobradas nos pedágios paulistas subiram em até 716%.
O governo Alckmin privatizou as melhores estradas - com pistas duplas, canteiros centrais e situadas nas regiões mais ricas - e deixou as piores com o Estado.
As 12 concessionárias presenteadas pelo PSDB exploram apenas 3,5 mil quilômetros (16% da malha rodoviária), que constituem o filé mignon do setor.
Após a privatização, o número de pedágios disparou.
Em 1995, havia 11 pedágios; hoje, são 153 - sendo que apenas 14 estão sob controle estatal.
Na Rodovia dos Imigrantes, que tem apenas 58,5 quilômetros ligando capital ao litoral e possui um movimento anual superior a 30 milhões de veículos, a concessionária Ecovias cobra R$ 14,80 por automóvel.
5. Privatizações danosas
Desde a criação do Programa Estadual de Desestatização (PED), em julho de 1996, setores estratégicos da economia paulista foram "vendidos" a monopólios privados por preços irrisórios.
Sob a batuta de Geraldo Alckmin, presidente do PED, foram privatizadas entre outras a Eletropaulo, CPFL, Elektro, Cesp, Comgás, Ceagesp.
A alienação deste patrimônio rendeu R$ 35,6 bilhões.
Fepasa e Banespa foram federalizados antes de serem privatizados.
Os danos à economia foram brutais.
No caso do Banespa, ele possuía ativos de R$ 29 bilhões e patrimônio de R$ 11 bilhões. Mas foi "vendido" ao Santander por apenas R$ 7,05 bilhões.
6. Estado endividado
Todo este processo de desmonte foi feito sob o pretexto de que era preciso dar um choque de gestão para sanar a dívida pública.
Mas a situação financeira do Estado só piorou.
Os R$ 35 bilhões obtidos nas privatizações serviram para pagar juros. A dívida publica pulou de R$ 34 bilhões no início do governo tucano, em janeiro de 1995, para R$ 123 bilhões em março passado.
7. Apagão na energia
O desmonte do Estado teve efeitos devastadores na infra-estrutura, em especial no setor de energia.
Numa primeira fase, o governo fatiou as três estatais existentes, Eletropaulo, Cesp e CPFL, em onze empresas de geração, distribuição e transmissão de energia.
Na segunda, promoveu o leilão das empresas fragilizadas.
Essa política resultou nos famosos apagões entre junho de 2001 e fevereiro de 2002.
Os governos tucanos destruíram o sistema de energia construído desde os anos 50 e que havia alavancado a industrialização.
"Moeda podre", como o Certificado de Ativos, foi usada nos leilões.
Com a privatização, piorou a qualidade dos serviços.
No caso da CPFL, antes do leilão ela possuía 200 postos de atendimento no Estado; três anos depois, em 2000, eram apenas 30.

Notas

Tucanos tentaram até mudar o nome da Petrobras
Alckmin se esforça para negar, como fez no debate desta segunda-feira na Record, mas a Petrobras só escapou da privatização tucana por causa da intensa mobilização da sociedade civil, durante o governo FHC.
Um dos episódios mais nebulosos desta tentativa de crime de lesa-pátria foi a jogada milionária montada pelos tucanos-pefelistas para mudar o nome comercial da Petrobras para Petrobrax. Era o início formal do processo de privataria do maior patrimônio público brasileiro.
A mudança do nome, que custaria mais de R$ 50 milhões, foi anunciada no final de 2000 e abortada logo em seguida, diante dos intensos protestos da sociedade civil.
Mesmo assim, foram pagos R$ 2,7 milhões para a agência de publicidade encarregada de fazer os estudos de implantação da nova marca. A natureza real destes gastos nunca foi explicada.
O então presidente da Petrobras, Henri-Philippe Reichstul, justificou a mudança do nome: "Queremos acabar com a imagem de empresa-dinossauro". Imagem de ineficiência que havia sido criada por eles.
A terceirização de setores vitais da empresa, a falta de contratações e de reqüalificação dos funcionários e os cortes em investimentos ameaçaram perigosamente a capacidade técnica da Petrobras durante a gestão tucana.
Assim que assumiu o governo, ainda no início de 1995, o tucanato já havia criado as pré-condições jurídicas para privatizar a Petrobras, com o envio ao Congresso do emendão que permitiu a queda do monopólio estatal do petróleo.
Estatal pode ser eficiente e lucrativa
O Governo Lula transformou a Petrobras em uma das empresas mais eficientes e lucrativas do País.
O processo de privatização foi estancado e a Petrobras realizou algumas das maiores conquistas de toda a sua história.
O volume de investimentos da empresa superou a casa dos R$ 68 bilhões e bateu todos os recordes históricos. O Brasil conseguiu finalmente a auto-suficiência em petróleo. E hoje investe pesado também em energias alternativas como o biodiesel.
O governo Lula mostrou que a Petrobras é uma empresa altamente eficiente, administrável pelo poder público, rentável e capaz de produzir recursos, empregos e tecnologia.
"Estou com Lula e não abro"
Celso Antonio Bandeira de Mello*
"O verdadeiro confronto (entre Lula e Alckmin) é, na verdade, simplesmente, o confronto entre duas concepções político administrativas. A imprensa, baseada nas pesquisas, anota que uma das candidaturas conta com maior apoio entre os mais instruídos. Se, na ultima hora, estes quiserem guiar-se pela racionalidade, como seria natural, haveriam de perguntar-se pelos resultados obtidos na condução do País pela ação de uma e de outra linha política. Basta cotejar os sucessivos governos."
"No último ano do governo neoliberal (de FHC), a inflação foi de 12,3%. No mês de agosto de 2006 reduziu-se a 3,84%. As reservas internacionais eram de US$ 37,8 bilhões; agora, em setembro deste ano, atingiram US$ 73.4 bilhões. A dívida com o FMI era de US$ 14,7 bilhões e com o Clube de Paris de US$ 5 bilhões. Hoje é de 0 dólar em ambos os casos; o risco-país caiu dos 1.529 pontos, no governo FHC, para 222 em 31 de agosto de 2.006."
"Em três anos, as exportações passaram de 60 para 120 bilhões e o saldo comercial, antes negativo em mais de US$ 8 bilhões, passou a mais de US$ 100 bilhões positivos. O salário mínimo que equivalia a 55 dólares passou a corresponder a 152 dólares, o que explica os dados sociais favoráveis que foram divulgados pela imprensa. O desemprego, de 12,2% caiu para 9,6%. Foram gerados mais de 4 milhões de empregos com carteira assinada, com média anual de 1,14 milhão contra 700 mil no governo anterior, ou seja, média anual de 87.500 . Entre 2002 e 2004, os 20% mais pobres da população tiveram um aumento de renda de 33% : cerca de 10% ao ano."
"Estes são alguns dados que podem ser colhidos entre um número imenso de indicadores representativos de acentuada melhoria tanto na esfera econômica quanto na social. Uma comparação fria entre ambos os períodos é altamente vantajosa para este último. Eis porque, com o devido respeito pelos que pensam de maneira diversa, creio poder dizer, apoiado em razões sólidas e despojado de preconceitos: estou com Lula e não abro."
(*) Celso Antonio Bandeira de Mello é titular e livre-docente em Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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QUEM É DIOGO MAINARDI?




O panfletoide mal intitulado de Revista VEJA perdeu a credibilidade perante a população brasileira! Tem tanto crédito quanto Arnaldo Jabor, amante das paróquias de Santa Edwiges, mas proibido de freqüentá-las por querer enrolar a Protetora de quem tem problemas de ordem financeira. A Editora Abril, até 2003, era a Exclusiva na edição dos livros para o MEC. O Governo Federal tirou esta exclusividade, distribuindo o trabalho de edição com outras Editoras. A partir daí, então, A Abril iniciou um campanha sórdida contra o Governo e encontrou, na pessoa de Diogo Mainardi, o artífice para vomitar seu ódio, sua injúria, contra quem lhe tirou o “peito gordo” que lhe fora dado, anteriormente. Segundo a Psicologia, a oligofrenia tem três segmentos ou coeficientes de inteligência, nesta ordem: Imbecil, Cretino e Idiota. Mainardi, como aprendeu a escrever, embora mal, ganha o primeiro segmento da escala, sem contar que é um entreguista de primeiríssima linha. Está cansado, aliás, não se cansou, ainda, de detratar os seus compatriotas, para ele, o que é ruim para Os Estados Unidos, é ótimo para o Brasil. Veja (de o verbo ver, não o panfleto), não sou eu a rezar esta oração! A matéria, que se segue, é uma, de tantas outras, que relatam quem é este Diogo Mainardi.
À esquerda vemos Diogo Mainardi, nos dias de hoje.
Jesus Fonseca


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Diogo Mainardi mistura erros de português com insultos ao Brasil e aos brasileiros

Fernando Jorge, de São Paulo


Na edição 1921, de 7 de setembro de 2005 da revista Veja, apareceu este tremendo erro de concordância na coluna do Diogo Mainardi:
"O resultado foram a perda do controle do Congresso e a eleição de Severino Cavalcanti."
Nesta frase do Dioguinho o verbo ir não deve ficar no pretérito-mais-que-perfeito do Indicativo, e sim na terceira pessoa do pretérito do mesmo verbo: foi. É claro, o Dioguinho se refere apenas a um e não a vários resultados. Já anotei dezenas desses erros nos seus textos. Portanto, ele está "ensinando" os leitores da Veja a falar e a escrever de forma errada.

Os erros gramaticais se multiplicam nos textos do Mainardi. Abri ao acaso o seu livro Polígono das secas, publicado em 1995 pela Companhia das Letras, e logo achei este erro na página 49:
"Piquet Carneiro conta a história de sua metamorfose, que Deus Todo-Misericordioso inflingira-lhe..."
Memorize uma regra, Dioguinho. A conjunção que atrai o pronome lhe, como se vê nesta frase do grande escritor português Almeida Garrett:
"Parece que a natureza inteira lhe estava dando uma festa."
Vamos corrigir a frase do Dioguinho:
"... que Deus Todo-Misericordioso lhe inflingira..."

Incrível, na página 90 do Polígono das secas, o Dioguinho ataca o nordestino, o sertanejo, dizendo que este "não aprende nada, não entende nada, não vale nada". Cuidado, Dioguinho, cuidado, após ter lido este insulto, um nordestino poderá enfiar uma peixeira na sua barriga!
* * *
Mainardi não conhece os tempos dos verbos. Ele escreveu isto na sua coluna da edição do dia 13 de julho de 2005 da Veja:
"Sai, Lula, sai. Sai rápido daí."
Ora, sai é a terceira pessoa do presente do Indicativo do verbo sair:
Eu saio
Tu sais
Ele sai
E a primeira pessoa do imperativo presente do referido verbo é esta:
Sai tu
É fácil deduzir que o Dioguinho, em vez do sai, pois ele não empregou o tratamento tu e sim o você, devia ter usado a terceira pessoa do presente do Subjuntivo:
Que eu saia
Que tu saias
Que ele (ou você) saia
A sua frase ficaria assim, se ele pudesse escrevê-la corretamente:
"Saia, Lula, saia. Saia rápido daí."

* * *
Na edição do dia 6 de julho de 2005 da Veja, o Dioguinho xinga o Brasil e os brasileiros, no seu texto "Um país detestável":
"Michel Houllebecq, em Partículas Elementares, definiu o Brasil como uma porcaria de país... Houellebecq tem razão sobre o Brasil. A gente é uma porcaria... A gente é corrupto."

Insultos ao nosso país e a nós, misturados com erros de português. Eis a principal característica dos comentários do Dioguinho.
Devido a um vocabulário limitado, aos poucos recursos lingüísticos de que dispõe, ele só sabe escrever se valendo de frases bem curtas, telegráficas. O seu estilo é asmático e asnático.

O livro A tapas e pontapés, do Mainardi, está repleto de coisas sórdidas, disparates, impropriedades e erros de português. Vejam como ele exibe na página 99 o seu descarado entreguismo:
"Meu maléfico plano é derrubar o presidente [Lula] e transformar o Brasil num protetorado americano. Quanto mais dependente, melhor."
Caetano Veloso não mentiu ao salientar que o Dioguinho Mainardi é de fato um entreguista, um fulano "pronto a acolher o usurpador estrangeiro".

As impropriedades se sucedem no livro A tapas e pontapés, lançado pela Editora Record. Olhem esta, da página 17:
"Passei as últimas semanas tentando vender um filme que escrevi..."
Mainardi, filmes não são escritos e sim dirigidos e produzidos. Mas é possível escrever os seus roteiros, compreendeu?

Na página 37 há uma confissão e um fedorento cacófato:
"Eu nunca gostei de estudar."
Os seus erros de português provam como você falou a verdade, Dioguinho.

E na página 176, li o seguinte absurdo:
"Quanto custa mandar matar alguém? Coloquei-me a pergunta algum tempo atrás."
O verbo colocar é também pronominal, como podemos ver nesta frase de Camilo Castelo Branco:
"Sempre o senhor me colocou numa situação bem esquisita."
Entretanto, o Dioguinho cometeu um grave erro de português ao dizer "coloquei-me a pergunta", pois aí o pronome me ficou tão impróprio, tão errado, como nas seguintes frases:
Coloquei-me a dentadura
Coloquei-me a cadeira.

Você devia ter estudado, Dioguinho. Ainda é tempo! Contrate logo um bom professor de português e pronuncie em voz alta esta frase do americano Amos Bronson Alcott (1799-1888), inserida no livro Table Talk:
"A doença do ignorante é ignorar a sua própria ignorância."
("To be ignorant of one’s ignorance is the malady of the ignorant")

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O ANONIMATO, ÀS VEZES, PODE SER PREJUDICIAL



Quando transcrevo uma mensagem, tenho como hábito apor meu nome, fujo do anonimato como o diabo da cruz, pois esta prática, alem de escusa, pode causar transtorno e muitas vêzes, infâmia a um inocente! Numa destas mensagens, abaixo, há o uso da expressão "PENSEM NISSO, MAS PENSEM AGORA!", usada, quase que constantemente, por nosso amigo e Escritor da Paz, Reynnolds Augusto, Jovem de boa índole, que dispensa qualquer comentário. O anonimato na matéria, com o uso inadvertido da expressão, leva algum incauto a fazer conjeturas outras, podendo prejudicar uma pessoa que é avessa a tais práticas!

Jesus Fonseca

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Mensalão das Artes

(Wagner Tiso, José de Abreu, Paulo Beti, tudo cachorrinho que o PT vai levando na coleira curta... Com a Eletrobrás, com a Petrobrás...)
Diogo Mainardi

"A Eletrobrás patrocinou o último espetáculo teatral de José de Abreu. É um monólogo em que ele interpreta José Dirceu, José Mentor e Gilberto Gil. Uma gente da melhor qualidade. José de Abreu ganhou 145 900 reais pelo espetáculo".Isto será o Governo Lula trajando longo?

José de Abreu é ator. Apóia Lula. Os americanos decidiram boicotar Mel Gibson por seu anti-semitismo e Tom Cruise por sua cientologia. Podemos boicotar José de Abreu por seu lulismo. Ele é nosso Mel Gibson. É nosso Tom Cruise.

Liguei para a assessoria de imprensa da Eletrobrás e perguntei quanto José de Abreu ganhou pelo espetáculo. Foram precisamente 145.900 reais. É muito? É pouco? Que sei lá eu? A rigor, qualquer investimento em teatro pode ser visto como um despropósito. O fato é que, contando com uma forcinha de José Sarney, José de Abreu ganhou o patrocínio da Eletrobrás. E apóia Lula. Em setembro, ele apresentará seu espetáculo no Amazonas. Amazonenses: boicotem-no.

Wagner Tiso também apóia Lula. Fui conferir sua agenda. Vi que ele rege a Orquestra da Petrobras, toca no Domingo na Funarte, coordena as Quintas no BNDES, viaja a Paris a convite do Ministério da Cultura, é mandado a Goiás pelo Ministério do Turismo, apresenta-se no Centro Cultural Banco do Brasil, e pede tutu da Lei Rouanet para gravar um CD comemorativo de sua carreira. Gosto de me intrometer na vida dos outros. Eu teria o maior interesse em saber quanto do faturamento de Wagner Tiso foi bancado pelo Estado nos últimos anos. E se o número aumentou ou diminuiu durante o mandato de Lula. Pensei em ligar para ele e perguntar-lhe diretamente, mas fiquei envergonhado. Wagner Tiso é amigo de um amigo. Já amolei tanta gente que só me restou amolar os amigos dos amigos. Acabei telefonando para a assessoria de imprensa da Petrobras, para tentar descobrir o valor de seu contrato com a Orquestra. Ninguém quis me informar. A Petrobras é o maior patrocinador cultural do Brasil. Em 2005, investiu 235 milhões de reais em patrocínios. É o mensalão das artes.

Cada um vota como bem entende. Eu só acho que, por pudor, os lulistas deveriam fazê-lo escondido, em vez de anunciá-lo publicamente, como aconteceu na casa de Gilberto Gil, na última segunda-feira. Listei algumas personalidades do meio artístico que declararam voto em Lula e que merecem ser boicotadas. Todas elas já receberam alguma ajuda do Estado. O efeito do boicote será nulo. Mas é sempre uma farra perturbar os lulistas. Caso alguém queira acrescentar um nome, mande-o para mim. Por enquanto, minha lista é a seguinte: Paulo Betti, Arlete Salles, Bete Mendes, Jorge Mautner, Alcione, Jards Macalé, Renata Sorrah, Zeca Pagodinho, Fernanda Abreu, Luiz Carlos Barreto, Augusto Boal, Rosemary, Jorge Furtado, Marcos Winter, DJ Marlboro, Ariano Suassuna, Shel, Cara Branca, Magrelo e Moringa. Peraí. Cancele a última parte. Estou confundindo tudo. É o problema de ler tantos jornais. Os quatros últimos apóiam o PT, mas não pertencem ao meio artístico. Pertencem ao PCC.

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Repassando como recebí!

PENSEM NISSO, MAIS PENSEM AGORA!

NO GOVERNO LULA

1) A menor taxa de crescimento (2,3%) da américa do sul e a segunda menor da américa (só ganha do haiti). Taxa de crescimento menor que todos os países emergentes e metade da média mundial;

2) Taxa de crescimento 47% menor que nos primeiros anos do governo FHC e igual a média dos oito anos do governo FHC (levando-se em comparação que FHC enfrentou 5 crises internacionais - México, Ásia, Rússia, 11 de setembro e Argentina);

3) O lucro dos bancos em 3 anos do governo lula (44,12 bilhões) é maior do que todo o lucro dos bancos em 8 anos do governo FHC (35,9 bilhões);

4) A dívida interna superou o valor de 1 trilhão de reais;

5) A maior taxa de juros real do planeta, por isto a festa dos bancos;

6) A carga tributária cresceu em mais 3 pontos percentuais do PIB, sufocando as empresas;

7) A explosão dos gastos públicos;

8) A safra agrícola em toneladas de grãos reduziu entre 2004 e 2005;

9) Os gastos suntuósos do palácio do planalto dispararam, dobrando em relação ao período FHC. Os cartões corporativos da presidência fazem a festa do presidente e sua entourage;

10) A febre aftosa voltou com força total ao brasil;

11) A taxa de câmbio está mais valorizada do que na época do Gustavo Franco, gerando importações de luxo e perda para o setor agropecuário;

12) O lucro das empresas estatais, tão comemorado,está indo para financiar o superávit primário;

13) O investimento em estradas caiu ao nível mínimo levando a chamada operação tapa-buracos, a maior enganação e o maior programa de contratação de empresas sem licitação desde o Collor;

14) A renda per capita cresceu meros 0,8% em 2005;

15) Os empregos criados estão longe do que foi prometido na campanha de 2002;

16) Os gastos em publicidade em dois meses de 2006 cresceram mais de 60%;

17) Os investimentos em infra-estrutura foram praticamente zero;

18) A criminalidade cresceu assustadoramente;

19) Está usando o programa Bolsa Família (Bolsa Escola do governo FHC) unicamente como campanha política; (o presidente da conferência nacional dos bispos do brasil (CNBB), Cardeal-arcebispo d. Geraldo Majella Agnelo, afirmou nesta quinta-feira que o Bolsa Família é um programa assistencialista. "Quem está com fome deve receber seu alimento, mas não ficar assim, sendo estimulado a não fazer nada, ganhando R$ 60,00, R$ 80,00 por mês. Dê trabalho para todos.";

20) Pensa que é o maior estadista do mundo e vive passeando no brinquedinho aerolulla;

21) Não sabe nada do que está acontecendo no seu governo. Nem mesmo no PT!;

22) Fecha os olhos para as invasões brutais do MST;

23) Farsa da quitação da dívida com o FMI - o Brasil eliminou empréstimos em dólares, a jurosbaratos de 6 a 7 % a.a. e trocou por outros em reais, com juros exorbitantes de 18% a.a.

24) A correção das aposentadorias será de 3%;

25) O tão festejado "Fome Zero" nunca saiu do papel;

26) Com sua mirabolante política externa, conseguiu fazer o brasil ser humilhado até pela bolívia, no caso do gás.

27) Enquanto isto: o filho do presidente, lulinha, de biólogo passou, a grande empresário ganhando 5 milhões de presente da telemar. O maior "case" de sucesso empresarial já visto no mundo

28) Os deputados mensaleiros continuam recebendo a proteção do PT: são "perdoados" no congresso e o silêncio dopresidente aumenta a impunidade.

Relação de maracutaias do governo Lula!

1. Correios
2. IRB
3. Portugal Telecom
4. Leão & Leão (República de Ribeirão)
5. Celso Daniel com morte de 7 testemunhas (até agora)
6. Interbrazil
7. Cartões de crédito corporativos da presidência
8. Farra com o Fundo Partidário
9. Daniel Dantas
10. Toninho da Barcelona
11. Toninho de Campinas
12. Duda Mendonça
13. Mensalão
14. Waldomiro Diniz
15. Fundos de pensão e o marcelo sereno
16. Gushiken
17. Gilberto Carvalho
18. Juscelino Dourado
19. José Dirceu
20. Delúbio
21. Roberto Teixeira
22. Excessos etílicos do presidente
23. Aerolula
24. Farcs
25. Baltazar (armas RJ)
26. Osasco
27. Foro de São Paulo
28. ONG Ágora
29. Miro Teixeira
30. INSS RJ
31. Palocci 1 e Palocci 2
32. Furnas
33. Paulo Okamoto e Sebrae
34. Cueca dos dólares e João Adalberto
35. Firma do lulinha
36. Citibank
37. Luís Favre, aliás Felipe Belisario, contas no caribe, esquema da martaxa, emprego no duda 3
38. Severino
39. Jeany Mary Corner
40. Casa da moeda e seu presidente
41. Ciro Gomes e seu secretário
42. Passeio da cadelinha michelle em carro oficial
43. Passeio da Benedita da Silva em Buenos Aires
44. Trevisan
45. Manuel Dutra
46. Glenio Guedes
47. Anderson Adauto
48. Paulo Pimenta e o seu dossiê fajuto
49. Pororoca
50. David Messer
51. Boa idéia: Lula
52. Passeio de boeing dos filhos do Lula
53. Marta e o esquema do lixo em São Paulo
54. Esquema do lixo em todas as demais prefeituras do PT (Ribeirão, Matão...)
55. Esquema do bingo
56. Esquema dos ônibus
57. Grana ilegal para o MST, UNE, UBES
58. FAT
59. BMG e o crédito consignado
60. Buratti
61. José Mentor e o abafa da CPI do Banestado
62. Acordo com o Maluf
63. Dinheiro do BNDES para o Globo
64. Reforma do apê do Gilberto Gil
65. Fundos exclusivos
66. Plataformas, gás natural da petrobrás
67. Jacó Bittar
68. Marcos Valério, Banco Rural, Valerioduto, embaixador em Portugal
69. Aloisio mercadante e o caixa 2
70. Olívio Dutra e o bingo/bicho no RS
71. Blindagem
72. Professor Luizinho e o cohiba nas festas do GranBbittar
73. Madeireiras do Pará, corrupção no Ibma e a senadora Ana Júlia
74. Greenhalg, caso Celso Daniel, caso Lubeca, indenizações milionárias
75. Hugo Werle e a madeira do MT
76. Roberto Marques, amigo do Zé Dirceu
77. Silvinho e o land rover
78. Genoíno
79. Najun Turner
80. Caso dos vampiros da saúde (Humberto Costa)
81. Outdoors da Ideli Salvatti em SC
82. Henrique Pizzolato
83. Luiz Gonzaga da Silva (gegê), acusado de homicídio
84. Ivan Guimarães e o Banco Popular
85. Estrela vermelha nos jardins do alvorada
86. Morte por fome dos indiozinhos de Dourados (MS)
87. Festa com dinheiro público para comemorar a expulsão da Heloisa Helena
88. Compra do apê da ex-esposa do Dirceu
89. Intervenção ilegal na saúde do RJ
90. Os R$300.000,00 dos advogados do Delúbio e os honorários do Aristides Junqueira
91. Medalha Rio Branco para o Severino (essa dói no coração!)
92. Suspensão dos benefícios dos velhinhos acima de 80 anos pelo Berzoini
93. Dinheiro para a transoceânica no Peru e corte de verbas do rodoanel de SP
94. Superfaturamento de contratos de patrocínio do esporte pelo Banco do Brasil
95. Caixa 2 de Tocantins e Márcia Barbosa
96. Uso indevido da CID dos combustíveis
97. Compra de votos no 1º turno da eleição para presidente do PT
98. Propina de Taiwan para a campanha do Lula
99. Compra do PL e José Alencar por 10 milhões no quarto ao lado de Lula.
100. Jóias presenteadas da dona Marisa Letícia

Só isso!!

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LULA E A DERROTA DA CASA GRANDE

Por: LEONARDO BOFF,
Teólogo e Escritor



"Casa-Grande & Senzala" (1933), de Gilberto Freyre, representa mais que um dos textos fundadores da moderna interpretação do Brasil. Os dois termos dão corpo a um paradigma e a uma forma de habitar o mundo. Habitar na forma da Casa-Grande significa estabelecer uma relação patriarcal de dominação social, de criação de privilégios e hierarquias. Habitar na forma da Senzala é ser expoliado como ser humano, seja na forma do escravo negro, feito "peça" a ser vendida e comprada no mercado, seja do trabalhador, usado como "carvão a ser consumido" (Darcy Ribeiro) na máquina produtiva.

Estas duas figuras sociais superadas historicamente, ainda perduram introjetadas nas mentes e nos hábitos, especialmente de nossas oligarquias e elites dominantes. Elas ainda se consideram as donas do Brasil com exigua sensibilidade pelo drama dos pobres. A Casa-Grande se transformou em poderosa realidade virtual que se manifesta na forma como age o grande capital nacional, como se fazem alianças entre donos da imprensa empresarial, como se manejam os fatos e se cria o imaginário pela televisão para que a Senzala continue Senzala, seu lugar na sub-História.

Ocorre que os da Senzala sempre resistiram, se revoltaram, criaram seus milhares de quilombos, se fundiram com os demais pobres e marginalizados e conseguiram, especialmente a partir de 1950, se organizar num sem-número de movimentos sociais populares. Conquistaram aliados de outras classes, intelectuais e setores importantes das Igrejas.

Criaram o poder social popular que, num dado momento, se afunilou em poder político e com outras forças deram origem ao Partido dos Trabalhadores (PT). De dentro desse povo irrompeu Lula como legítimo representante destes destituídos da Casa Grande, com carisma e rara inteligência. Dou meu testemunho pessoal: corri quase todo o planeta, encontrei-me com nomes notáveis da política, das ciências, do pensamento e das artes. Dentre os mais inteligentes que encontrei, está Luiz Inácio Lula da Silva, agora nosso presidente.

Somente ignorantes podem chamá-lo de ignorante. Sua inteligência pertence ao seu carisma: desperta, arguta, indo logo ao coração dos problemas e sabendo formulá-los do seu jeito próprio, sem passar pelo jargão científico. Sua vitória é de magnitude histórica, pois por duas vezes a Senzala venceu a Casa Grande.

Os continuadores da Casa Grande fizeram tudo e tentarão ainda tudo para atravancar essa vitória. Como não têm tradição democrática e parco senso ético, costumam usar todas as armas, armar "maracutaias", como fizeram em eleições anteriores. Apenas esperamos que não utilizem o expediente do assassinato.

O desafio agora é consolidar a vitória da Senzala e dar sustentabilidade a um projeto que supere historicamente esta divisão perversa da Casa-Grande & Senzala para se inaugurar um novo tempo de uma "democracia sem fim" (Boaventura de Sousa Santos), de cunho popular e participativo.

Esse projeto só ganhará curso se Lula realimentar continuamente suas raízes numa artiulação orgânica com as bases de onde veio. São elas as portadores do sonho de um outro Brasil e infundirão força ao Presidente. As feridas que a Casa Grande abriu no tecido social e ecológico de nosso pais são sanáveis. Uma política que tem o povo como centro fará bem até a estas elites. Agora não tem lugar a revanche, mas a magnanimidade, o pais unido ao redor de um projeto includente.

Transcrito por: Jesus Fonseca