terça-feira, outubro 24, 2006

ILUMINE-SE, ALCKMIN!


Numa cidadezinha qualquer em algum lugar deste País, ninguém possuia bicicleta! O prefeito, então, instalou uma fábrica para atender à população. Continuou na mesma! Ninguem, podia comprar o veículo!
Assim, fez Fernando Henrique! Como no campo não havia energia, o governo a fez chegar ao limite das propriedades, dando nome a esta "joia" - LUZ NO CAMPO! Nada feito! Ninguem tinha dinheiro para instalar! Gostaram da estorinha? Então, vejam o que é LUZ NO CAMPO e LUZ PARA TODOS! É só comparar!
Jesus Fonseca

Luz no Campo não se compara a Luz para Todos

O candidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin, atribuiu ao seu partido a autoria do programa Luz para Todos. A manobra consistiu em afirmar, durante debate realizado ontem, no SBT, que o atual governo apenas teria substituído o "Luz no Campo", criado durante o governo FHC, pelo Luz para Todos, numa simples troca de nomenclatura.

A afirmação de Alckmin expressa má-fé ou, no mínimo, desinformação. O programa "Luz no Campo", como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o debate, era um programa de alcance restrito, sem prioridade definida e baseado em uma lógica mercantilista. Ao contrário, o programa desenvolvido pela gestão Lula multiplicou os investimentos, ampliou o número de beneficiados, democratizou o acesso e antecipou a meta de universalização.

No programa "Luz no Campo", o consumidor entrava com a maior parte dos custos e o governo federal, através da Eletrobrás, financiava o restante para execução de obras definidas pela concessionária.
No programa Luz Para Todos, o consumidor não paga nada pela instalação da rede e ainda recebe um "kit interno instalado" composto por três pontos de luz e duas tomadas, tudo gratuitamente. Os fatos falam por si:

1) CUSTO - No Luz para Todos, a instalação elétrica é totalmente gratuita, incluindo o padrão de entrada e o kit de instalação interna. O consumidor paga apenas a "conta de luz", como todo cidadão brasileiro. Já no "Luz no Campo", os consumidores participavam financeiramente com 75% a 100% dos custos da instalação elétrica — alguns pagam até hoje. A instalação elétrica chegava apenas no limite da propriedade. O consumidor arcava com o padrão de entrada e a instalação interna.

2) UNIVERSALIZAÇÃO - O Luz para Todos antecipou do ano de 2015 para o ano de 2008 a meta de universalização. O programa visa atender prioritariamente os municípios com menores índices de atendimento em energia elétrica e desenvolvimento humano. Já no programa tucano, a lógica da universalização era no sentido crescente das redes de energia elétrica — ou seja: a lógica do mercado e dos negócios das concessionárias.

3) PRIORIDADE - A ordem de implantação do "Luz no Campo" obedecia a viabilidade econômica, pela proximidade da rede. Já o Luz para Todos dá prioridade aos cidadãos de mais baixa renda, moradores das regiões mais distantes ou de mais difícil acesso e comunidades constituídas pelas populações socialmente excluídas (quilombolas, indígenas, assentamentos etc).

4) INVESTIMENTOS - O programa de FHC investiu, no total, R$ 1,7 bilhão, enquanto o governo Lula tem como previsão investir no Luz para Todos um total de R$ 12,7 bilhões — 647% a mais que o governo anterior. Dos 12,7 bilhões, 9,1 bilhões são recursos do governo federal. Até o momento foram contratados R$ 6,4 bilhões, sendo R$ 4,6 bilhões do governo federal.

5) LIGAÇÕES - O "Luz no Campo" atendeu 3 milhões de pessoas em quatro anos, com 514 mil ligações até 2002. No Luz para Todos, em pouco mais de dois anos de execução das obras, foram atendidas 4,3 milhões de pessoas, com 864 mil ligações. Até o final deste ano, serão feitas 1 milhão de ligações. Através do programa Luz para Todos, o governo também tem promovido o desenvolvimento econômico e social e a geração de emprego e renda com impactos importantes como a redução do êxodo rural e até mesmo o retorno de populações que já haviam migrado para os centros urbanos, auxiliando a fixação do homem no campo.

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