sábado, setembro 30, 2006

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(30/09/06)Folha censura texto de pesquisadora favorável a Lula

O texto que segue, da professora universitária e pesquisadora de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ivana Bentes, foi encomendado pela Folha de S.Paulo para ser publicado neste domingo (1º) no Caderno Mais!, da Folha, especificando que o autor deveria escolher um antigo presidente da República, já morto, que, "ressuscitado", comentaria os fatos políticos de agora.

Ivana escolheu João Goulart, o Jango. Produziu e enviou o texto para o jornal da família Frias. Neste sábado (30), foi-lhe comunicado que não será publicado. O motivo: o texto estava "fora do foco", Jango virou Lula!

Leia abaixo o texto censurado:

Morri no exílio, na província argentina de Corrientes, em 6 de dezembro de 1976, sozinho, vítima de ataque cardíaco, numa fazenda da fronteira. Tentava voltar para o Brasil, de onde me expulsaram com o Golpe Militar depois que anunciei, no dia 13 de março de 1964 num comício para 150 mil pessoas na Central do Brasil que iria fazer a Reforma Agrária, Urbana, as reformas na Educação, a Reforma Eleitoral, Tributária... Não deixaram fazer nada e me derrubaram! As forças mais conservadoras da sociedade Brasileira se uniram e foram convocadas a me depor, toda a imprensa ficou contra mim, Esse já era o terceiro golpe midiático-militar, botaram a classe média horrorizada na rua, as senhoras da TFP(Tradição, Família e Pátria), editoriais alarmistas e moralistas, páginas e páginas de jornais, rádio e TV.

Assustaram todos até que cai no dia 1º de abril de 1964. Não adiantou, estou de volta! Não sei como, só sei que eu João "Jango" Goulart, ex-presidente deposto, retornei, é dia de eleição e estou concorrendo de novo para Presidente do Brasil. Mudei de partido. Estou grisalho, perdi um dedo da mão (onde?) e me dou conta que as forças que me derrubaram em 1964 estão quase todas aí. Continuo com apoio popular, estou com enorme vantagem nas pesquisas, mas por que os jornais dos últimos meses são todos contra mim e meu partido? Estou sendo de novo linchado? Em 64 diziam que eu ia implantar o comunismo no Brasil e agora que estou implantando a corrupção em Pindorama!

Meu assessor me informa que vamos assistir à fita com o meu debate na televisão. Estou reconhecendo o pessoal da pesada de 64. Então tenho uma visão exata de quem eu sou e o que represento no Brasil de 2006, me vendo pelos olhos dos meus inquisidores. Roda o VT. Não, dá um Play. Play it again, Jango! Ouço, e então presente, passado e futuro se dobram na tela da TV.

Entrevistador e dono de uma empresa de TV: - Sr. Presidente, de todas as reformas que o senhor propôs, uma é a mais perigosa de todas, é um acinte aos empresários da comunicação, de rádio e TV. Sr. Presidente, o senhor tentou entrar na nossa caixa preta, regular nossas empresas com uma Agência. Nós somos contra, Sr. Presidente! Onde já se viu? Deu está dado! Não queremos ninguém novo no negócio. Canal de TV para Ong, para Universidade, para favela? Eles não precisam de nada disso e ainda fazem uns vídeos que são umas porcarias. Qualidade temos nós com essa imagem plastificada, atrizes esticadas digitalmente, programas incitando à delação. Eles a gente emprega pra figuração, usa para vender celular e fazer propaganda da nossa diversidade cultural. Os pobres têm estilo, são vibe, hiper, mob, servem pra vender quinquilharia e show. Mas dar canal de TV pra essa gente, Presidente?

Jango: - Eu tenho um ministro da cultura que é músico e negro e quer botar ilha de edição, câmeras de vídeo e internet de graça por onde der. É o início da Reforma da Cultura, da Educação, da Comunicação, junto com o Fundeb, o Fundo para a Educação, que eu criei lá em 62, e reeditamos agora. Por que ninguém fala do Fundeb?! Eu tenho orgulho de estar implantando o Fundeb!! As cotas no Brasil! Estou botando os negros e os pobres dentro da Universidade. Temos que acabar o vestibular, tornar o acesso universal. Além disso eu criei o Bolsa Família, tirando um contingente da miséria, é a maior transferência de renda já feita nesse país. Eu apóio o MST, os Sem-Teto! Me deixem fazer as Reformas! As novas e aquelas, que vocês abortaram em 64!

Professor-Doutor-Pesquisador: - Desculpe, sr. Presidente. Eu fiz mestrado com bolsa Capes, doutorado com bolsa sandwich em Paris VIII, CNPQ, e tive bolsa de pós-doutorado em Oxford. Meus alunos têm bolsa de iniciação artística, científica, extensão... Mas eu sou contra a Bolsa Família!!! É assistencialismo dar 50 reais (é muito, acostuma mal) para pobre. Populismo, sr. Presidente! Minhas bolsas eu ganhei todas por mérito. Mérito! E olhe que sou bolsista há 10 anos! Deus me livre perder minha bolsa!

Antropóloga, antes de entrar na roda de debate: - Ô diretor, chama um negro aí para aparecer no programa, mas tem que ser contra as cotas. A gente é branco, professor-doutor, não vale. É pro povo entender que é uma merda, que eles têm que entrar para a Universidade sozinhos, por mérito, se não vai cair o nível da universidade. Botar um antropólogo branco, louro de olhos azuis falando mal das cotas não vale, vão cair de pau na gente. Tem que ser negro falando mal das conquistas dos negros.
Diretor de TV: - Você sabe, a gente detona as cotas diariamente nos editoriais, colunas, manchetes, mas nas novelas tem que ser a garota negra com o galã branco. Botamos na tela uns negros limpinhos, bonitos, cheios de dignidade. Provamos que eles vão vencer sozinhos. Cota para quê? Nunca fomos racistas! Querem criar o racismo no Brasil, sr. Presidente. O senhor está muito mal assessorado nessa área. Aliás, não vai ter cota para negros em empresas de TV, vai? Deus me livre! Não dá pra fazer Escrava Isaura no Leblon.

Entrevistador-cronista-consultor: - Sr. candidato, o senhor está na frente das pesquisas, mas como esse povo ignorante, desdentado, feio, pode decidir por mim? Eu, que freqüentava o Palácio do Planalto, que era amigo e confidente do sociólogo, seu cronista-conselheiro. Eu, que sou especialista em pornografia política. Achei que poderia ser de direita mas escrever genialmente como o Nelson, mas não tenho esse talento. Estou aqui me olhando na TV e só vejo um publicitário mal-sucedido, porque o meu candidato a presidência vai perder as eleições e meus amigos vão ficar fora do poder. Sou a encarnação das forças do ressentimento. Pelo menos sou psicanalizado, me acho um crápula, mas tudo bem. Os empresários me pagam 10, 20 mil por palestra ou consultoria para eu anunciar o apocalipse. Não tenho o que perguntar. Só queria dizer olhando bem na sua cara. Eu te odeio, sr. Presidente, e morrerei escrevendo contra tudo o que o senhor significa (baba).

Apresentadora de TV: - Então Sr. Jango, depois de ouvir isso tudo sobre o seu governo, o que significará a sua reeleição?

Jango: - "O triunfo da beleza e da justiça". E não me chamem mais de Jango, o ex-presidente morreu, no golpe de 64, exilado na fronteira, em 1976. O novo presidente nasceu das crises que vocês criaram, tentando me derrubar , uma duas, três, quantas vezes? Não estou mais só, em 2006, tenho 55% das intenções de votos, atingi o coração do Brasil, sou uma radicalização da democracia. Meu nome é Muitos. Sou uma potência da multidão.

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MÍDIA PARCIAL-NA REDAÇÃO AS PESSOAS ESTÃO COM O ESTÕMAGO REVIRADO

Agência Carta Maior (30/09/06)
POR: Bia Barbosa

Segundo relatos de jornalistas das principais redações do país, há 'ordem velada' para se poupar candidaturas tucanas. Equipes são destacadas para investigar suposta venda do dossiê, enquanto pautas sobre relação de tucanos com sanguessugas são vetadas. Um dos últimos boletins eletrônicos de campanha do presidente Lula afirma que o "ódio" de alguns meios de comunicação pela esquerda tem "motivos simples, embora inconfessáveis". "Acostumados ao controle que detinham sobre a opinião pública desde a redemocratização do país, alguns meios de comunicação não se conformam com a situação atual, em que a maior parte do povo vota em Lula, contra a opinião da maior parte da mídia, que é alckmista.

O que mais incomoda estes setores da direita e dos meios de comunicação são as mudanças na estrutura social brasileira", diz o texto. Nas últimas semanas, depois da eclosão da crise do dossiê contra Serra, o presidente tem feito duras críticas ao comportamento da imprensa. Em discurso feito em Porto Alegre nesta segunda-feira (25), Lula disse que a cada erro que companheiros do partido cometem os jornais reagem como se "tivesse caído uma bomba atômica", repercutem "meses e meses". Já o erro dos adversários sai "no dia seguinte das páginas dos jornais". Estaria Lula exagerando nessa avaliação? Na última terça-feira (26), o jornal O Globo publicou uma matéria intitulada "Ataque de Lula à imprensa provoca reações", que afirma que, na opinião de jornalistas e políticos ouvidos pelo jornal, o "episódio da compra do dossiê contra o candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, foi criado por integrantes do partido de Lula, não por jornalistas". A reportagem ouve, no entanto, somente fontes que confirmam a tese de que a cobertura estaria equilibrada.

Na reportagem, o jornalista Alberto Dines, do "Observatório da Imprensa", afirma que o discurso de Lula é "esquizofrênico" e que a mídia "tem se comportado muito bem". A outra fonte ouvida é o diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo, Sandro Vaia, que diz que a imprensa está cumprindo sua obrigação ao cobrir e dar espaço em suas edições ao episódio, sem "partidarismos". O ombudsman da Folha de S.Paulo aparece dizendo que a imprensa tem agido corretamente ao dar visibilidade ao caso. Ninguém discorda disso. No entanto, onde estaria o acompanhamento da imprensa do outro lado desta história? Por que nossas equipes de jornalismo investigativo não foram atrás, como a mesma profundidade, das informações que o dossiê trazia? Como foram determinadas as linhas de coberturas dos jornais, revistas e da televisão acerca do caso? No dia 18 de setembro, poucos dias depois da prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha em São Paulo, a análise interna de Marcelo Beraba, ombudsman da Folha de S.Paulo, dizia que parecia "correta até aqui a cobertura jornalística da Folha do dossiê contra Serra que os Vedoin tentavam vender para um membro do PT e uma revista.

Desde sábado o jornal está bem informado, deu destaque necessário nas Primeiras Páginas, tem dado espaço para as várias acusações e para as várias defesas e explicações e tem tratado as acusações ainda não confirmadas com cautela". Dois dias depois, no entanto, destacava que a "Folha relegou a uma nota pequena e sem destaque, no final da edição, à continuação da investigação que iniciou no interior de São Paulo seguindo as pistas reveladas pela entrevista dos Vedoin à IstoÉ e que relacionam os ex-ministros José Serra e Barjas Negri à máfia dos sanguessugas. Aliás, o título da nota - "Ex-prefeito admite ter sido pago por Abel", página A14 - é impossível de ser decifrado. Quem é Abel?". Já no dia 21, Beraba afirma que "sumiu, na Edição SP, a única notícia que dava seqüência às investigações que a Folha vem fazendo do envolvimento de tucanos com a máfia dos sanguessugas. Na Edição Nacional, a nota "Barjas Negri é investigado em Piracicaba" está na página A7, mas depois caiu".

No dia seguinte, o ombudsman aponta uma mudança importante na manchete da primeira página: "A Edição Nacional circulou com a declaração do presidente à TV Globo: "Lula põe 'a mão no fogo' por Mercadante". Mais tarde, com o depoimento de um dos Vedoin à Polícia Federal, o título mudou: 'Vedoin isenta Serra do caso sanguessuga'. Embora as palavras dos Vedoin já não mereçam grande credibilidade, tantos depoimentos e entrevistas contraditórios já deram; o jornal, ao optar por mais esta declaração, deveria ter colocado na formulação da manchete ou da linha de apoio a informação completa: Vedoin disse que não sabia de indícios contra Serra, mas voltou a acusar Abel Pereira de receber propinas na gestão do também tucano Barjas Negri, sucessor de Serra. O título interno contempla as duas informações e mostra que a Primeira Página teria condições de ter feito formulação parecida - 'Vedoin isenta Serra, mas acusa sucessor'. Como está, a manchete da Folha faz parecer que a única preocupação do jornal é isentar o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, e não a apuração do esquema dos sanguessugas que teria se apropriado do Ministério da Saúde nos governos FHC e Lula".

As críticas à cobertura do jornal continuam até esta quarta-feira (27), quando Beraba afirma que desapareceu, na Edição SP da Folha, a meia página de noticiário sobre o suposto envolvimento do ex-ministro Barjas Negri (PSDB) no escândalo dos sanguessugas publicada na Edição Nacional. "Os títulos das reportagens da Edição Nacional que caíram: 'Presidente de CPI vê prova contra tucano', 'Empresário daria à Justiça papéis contra tucano' e 'Abel agora diz que foi duas vezes à Saúde' (página A7). Para abrigar o noticiário dos debates que terminaram tarde, a Edição SP teve de excluir algumas reportagens publicadas da Edição Nacional. Precisavam ser exatamente as referentes ao noticiário sobre o suposto envolvimento dos tucanos?", questiona o ombudsman. Dentro das redações As decisões acerca da cobertura da Folha de S. Paulo, que são apontadas, mas não explicadas, pela crítica interna da redação, não são exclusivas do jornal cujo presidente - Luis Frias - é amigo pessoal de José Serra. Em veículos do mesmo grupo, vale a regra do faz de conta: faz de conta que Abel Pereira - o empresário ligado ao PSDB que também estaria envolvido em negociações do dossiê - não existe. "Como Abel [Pereira] não está preso, não está indiciado, então faz de conta que ele não existe. Mas ele também estava negociando o dossiê com Vedoin; havia um leilão de informações, independente do conteúdo ser verdadeiro ou falso.

Era preciso investigar por que ele estava lá. Mas o que se faz é repercutir o que sai no jornal impresso do dia. Então, se a Folha não dá, aqui também não sai nada. Parece que, por alguma razão, as pessoas não conseguem entender que há um outro lado da história", disse à Carta Maior um jornalista que trabalha numa empresa do Grupo Folha. "Aqui não há uma pressão para que o Serra apareça bem, mas todo mundo sabe que a ordem de cima é pra poupá-lo. Se vier algo concreto contra ele, vamos dar. Mas se for uma situação nebulosa - como acontece com informações sobre outros políticos que acabam publicadas - não damos", explica outro profissional que trabalha na empresa. Em outro grande jornal de São Paulo, cuja linha editorial é claramente favorável aos tucanos, a cobertura da crise recente foi "como o de sempre". "Ataquem os inimigos e finjam-se de mortos com os amigos", relatou um repórter. "O foco da pauta desses dias foi todo no bando que comprou o dossiê, mas ninguém se preocupou em ir atrás do dossiê.

A pauta do dia já vem pronta, na verdade: o repórter chega e já dizem pra ele pra onde ele vai correr. Aí ele vai pra rua, apura o que pediram pra apurar e acabou", explica outro jornalista do mesmo jornal. Segundo os repórteres de uma das revistas semanais de maior circulação, há uma clara diferença de comportamento entre o período "padrão" e os períodos de "crise". As informações chegam, são apresentadas pela equipe de reportagem, mas não ganham continuidade na pauta. "Não há uma ordem explícita. Mas quando chega a hora do fechamento, é só olhar para o espelho. Há seis páginas para falar da crise que envolve o PT e duas colunas pra dizer que há alguma suspeita sobre o PSDB", conta um jornalista. "Há pequenos boicotes internos e você nunca sabe se isso é voluntário", diz outro. "Você até tenta furar o bloqueio.

Apura, mostra, mas a pauta não anda. É inexplicável", completa. Na época da crise do mensalão, qualquer informação contra o governo era usada pela revista para confirmar a tese de autoritarismo e aparelhamento do Estado. Quando alguma coisa vazava "do outro lado" - por exemplo, quando surgiu a relação entre Marcos Valério e o tucano Eduardo Azeredo -, e não havia como sonegar a informação do leitor, "a matéria se transformava numa análise sociológica de como a política é suja no Brasil. Ou seja, uma matéria é a sujeira de um partido. A outra, é a sujeira da política no geral. Aí essas informações caem na vala comum", explica um dos jornalistas do veículo. Pelos relatos - e pelo fato de todos os jornalistas temerem falar abertamente sobre a cobertura política que seus veículos realizam -, fica nítido que há uma pressão clara dos donos dos meios de comunicação não apenas para que a cobertura siga determinada orientação, mas também para que não se discuta isso publicamente.

Na televisão Na maior emissora de TV do país, o clima na redação não é diferente. Na semana passada, a Rede Globo não falou, em nenhum momento, que 70% das ambulâncias da Planam foram liberadas durante a gestão do PSDB, quando Serra estava à frente do Ministério da Saúde. A emissora também não enviou uma equipe até Piracicaba, para investigar Abel Pereira e as suspeitas que pesam sobre o ex-secretário-executivo de José Serra e atual prefeito da cidade, Barjas Negri. Durante a crise do mensalão, a emissora colocou repórteres investigando a fundo as denúncias contra Antônio Palloci em Ribeirão Preto. Mas Piracicaba parece que foi "esquecida" desta vez. Esta semana, a emissora entrou na cobertura do "caso Abel" de forma tímida, mas com espaço para manipulações sutis. Na última terça-feira, em entrada ao vivo no jornal Hoje, o repórter da TV Centro-América, afiliada à Globo em Mato Grosso, disse que Abel Pereira esteve em Cuiabá na véspera da entrevista para a revista IstoÉ, e que Pereira é ligado a Barjas Negri, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (Negri assumiu o ministério quando da saída de Serra).

À noite, o texto da edição do Jornal Nacional descrevia Negri como "ex-ministro do governo anterior". Osvaldo Bargas, Jorge Lorenzetti e Freud Godoy são descritos dezenas de vezes ao dia como petistas. Mas Abel Pereira não pode ser tratado como lobista de um ex-ministro e prefeito tucano. Com didatismo, a emissora relaciona o presidente Lula e os corruptos de seu governo e do partido envolvidos com a história do dossiê. O mesmo não acontece com Serra, Negri, Pereira, Vedoin e os deputados mensaleiros do Mato Grosso, que na época eram do PSDB. A pergunta que o telespectador se faz é: "Lula não sabia de nada?". Mas ao eleitor não é dada a chance de se perguntar: "E Serra, não sabia de Abel? Se Barjas Negri era seu braço direito, como Serra não sabia dos sanguessugas atuando ali tão perto?" O desequilíbrio da cobertura da Globo contaminou também o acompanhamento dos candidatos à presidência.

Desde o início da campanha, a recomendação dos editores era a de que as entrevistas dos candidatos nas ruas deveriam ser sempre propositivas. Nada de críticas ou provocações aos adversários. No caso do PCC, por exemplo, o candidato petista ao governo de São Paulo não podia aparecer cobrando do governo do PSDB/PFL por que a polícia paulista havia perdido o controle do crime organizado. No entanto, diariamente se vê no Jornal Nacional as críticas dos demais candidatos a Lula. Na quarta-feira (20) da última semana, Geraldo Alckmin foi agraciado com 1´20" no Jornal Nacional. Os outros candidatos tiveram 30 segundos. A justificativa dos editores cariocas foi a de que tratava-se do lançamento do programa de governo do PSDB, daí o tempo maior. No entanto, as declarações de Alckmin neste dia não foram sobre seu programa, mas atacando a corrupção do governo Lula. No dia do lançamento do programa de governo de Lula, na última semana de agosto, o candidato recebeu 1´30" - exatamente o mesmo tempo dado ao PSDB, incluindo espaço para Fernando Henrique criticar o presidente em seu discurso no Jockey Clube. "Na redação, as pessoas estão com o estômago revirado.

Ninguém duvida da necessidade de mostrar essa quadrilha de pseudo-sindicalistas que tentaram comprar o tal dossiê. Mas e o outro lado? E os sanguessugas tucanos? O que vemos, é um massacre ininterrupto no ar", contou à Carta Maior um jornalista da TV. Credibilidade em jogo Em seu site pessoal, o repórter da Globo Luiz Carlos Azenha avalia que o que acontece hoje é um "espetáculo de hidrofobia que, lamentavelmente, não se fez quando a Vale do Rio Doce foi privatizada ou quando surgiram denúncias de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comprou votos no Congresso para garantir seu direito à reeleição". "Embora isso não justifique o banditismo de integrantes do governo Lula, está claro que sanguessugas, vampiros e mensaleiros começaram a agir no governo FHC. O que fez a Polícia Federal, então? E Aristides Junqueira (sic), o engavetador-geral da República?", questiona Azenha.

O repórter diz que se sente à vontade para escrever sobre o atual governo porque investigou e denunciou alguns de seus integrantes. "Mas o trabalho de um jornalista deve ser guiado pela imparcialidade. A pior coisa que um repórter pode fazer é trombar com os fatos", afirma. Nos bastidores do jornalismo, não são poucas as histórias do poder de José Serra junto aos donos dos meios de comunicação. Certa vez, ele teria ligado diretamente para Boris Casoy e pedido a cabeça de um repórter que não havia feito a "pergunta combinada" a ele numa entrevista de rua. Também não são poucas as inclinações das chefias às políticas conservadoras. Na avaliação de Luís Nassif, em post publicado esta semana em seu blog, é evidente que há uma competição entre praticamente todos os grandes veículos da mídia para saber quem derruba Lula primeiro. "Está-se tentando repetir a história, quando o momento seria propício para o veículo que se colocasse acima das paixões, recuperasse a técnica jornalística e se comportasse como magistrado, duro, inflexível, porém justo, colocando a preocupação com o país acima das conveniências de momento", escreveu o jornalista.

Para Nassif, a virulência do editorial de domingo (24) da Folha de S. Paulo adotou um estilo inspirado em Carlos Lacerda. Lacerdista ou não, é fato que há uma guerra declarada da mídia ao governo e uma onda - não necessariamente articulada, porque nem precisa ser - para poupar tucanos e fingir que nada se passa do lado oposto do muro. Pesquisas quantitativas e qualitativas - como as divulgadas pelo Observatório Brasileiro de Mídia - mostram como isso se reflete no tempo e no espaço de textos negativos ou positivos dados pela imprensa a cada um dos candidatos. Dentro das redações, os movimentos são sutis. Por enquanto, as pesquisas eleitorais mostram que, apesar da artilharia, o efeito surtido questiona a eficiência da estratégia. Resta saber se, depois das eleições, o caminho escolhido pela imprensa brasileira não afetará sua credibilidade e sua capacidade de continuar influenciando a opinião pública.

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Wellington Roberto nega adesão a Maranhão, mantém apoio ao PSDB e prevê vitória de Cássio

O deputado federal Wellington Roberto, apontado nas pesquisas como provável mais votado na coligação PL/PP/PTB, ligou do distrito de Divinópolis para o WSCOM Online para rebater boato de que teria aderido ao senador José Maranhão com 40 prefeitos. “Isso nunca existiu nem existirá, pois estou votando em Cássio e Cícero – aliás prevejo que eles vençam as eleições no domingo”.

Dizendo que não tem motivos para romper com Cássio, ele lembrou que estava contactando o Portal porque “como vocês têm liderança absoluta no jornalismo da Internet e, mais do que isso, gozam de grande credibilidade, estou ligando para acabar de vez com essa boataria improcedente”.

Ele informou que está em contato permanente com prefeitos e lideranças municipais no Interior do estado, mas pedindo votos para Cássio e Cicero.

Indagado se prefeitos ligados a ele estariam votando em Ney, ele explicou: “Pode acontecer, como é o caso de São Bento e Piancó, mas tenho pedido votos para os candidatos de minha coligação”.

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Pois é....

Pois é.... neste Brasil todos zombam.... até mineral zomba.... mas zomba de que? deve ser da CAGEPA, é de lá que nós bebemos nossa água.

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Kombi apreendida pela PM levava mais de 1,8 mil bonés e camisas de Maranhão e Ney

Policiais militares apreenderam na tarde deste sábado (30) uma Kombi com material de propaganda, bonés e camisetas dos candidatos majoritários do PMDB, os senadores José Maranhão e Ney Suassuna. Os policiais receberam denúncia e interceptaram a Kombi, de placas JGP-0275 – João Pessoa, no Castelo Branco, próximo ao campus I da Universidade Federal da Paraíba, na Capital.

Foram apreendidos mais 1,8 mil bonés e camisas, confeccionados pela empresa Link Designer Brindes, de João Pessoa.

No veículo, que está toda enfeitada com adesivos de Ney e Maranhão, além das camisas e bonés para distribuição, o que é proibido pela legislação eleitoral, foi encontrado material apócrifo e atentatório contra o ex-prefeito Cícero Lucena, candidato ao Senado Federal pelo PSDB.

O motorista da Kombi, que não quis gravar entrevistas, foi levado junto com o veículo para sede da Polícia Federal, onde prestará depoimento. Umberto Alexandre Pereira disse na PF que estava apenas transportando o material porque sabia que ele era ilegal. Fiscais da propaganda eleitoral fizeram o registro da apreensão.

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Antonio Mineral zomba do boato de adesão a Maranhão e assegura que seu voto é liderado por Cássio

Durante toda a noite, um dos assuntos mais comentados foi a adesão do deputado estadual Antonio Mineral à candidatura do senador José Maranhão. Em entrevista, por iniciativa do parlamentar, ele assegurou que nada o afastará do apoio ao grupo do governador Cássio Cunha Lima. “Voto em Cássio em qualquer condição”.

Mineral disse que seu compromisso se estende ainda a Gerado Alckmin, Cícero Lucena e Inaldo Leitão.

- Como pode invenção desse tamanho com nosso trabalho voltado exclusivamente ao governador e equipe – afirmou o deputado, dizendo-se estar chegando de uma longa ação em alguns municípios.

De acordo com o deputado, a tentativa de gerar uma crise entre ele e o setor business não conseguiu mudar o rumo dos outros candidtos.

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TSE autoriza pesquisa do IBOPE e números devem sair hoje; PMDB recorre


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através de uma decisão monocrática do Ministro José Delgado, acatou, na noite desta sexta-feira (29/09), o recurso da TV Cabo Branco para a divulgação da mais recente pesquisa do IBOPE para o governo do Estado da Paraíba e senado.

Os números deverão ser divulgados no JPB 1ª Edição, a partir do meio dia, e devem estar presentes na edição de domingo do Jornal da Paraíba, que já circula a partir das 16h deste sábado. A liminar do TSE derruba a determinação do pleno do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE/PB), que alegou existirem falhas na pesquisa.

Entretanto para o ministro que liberou a publicação, não existem problemas com o método utilizado para chegar aos percentuais do pleito. A informação foi confirmada em primeira mão pela assessoria de comunicação do TRE/PB.

Agora há pouco, por volta das 22h, o escritório de advocacia da Coligação Paraíba de Futuro em Brasília protocolou no Tribunal Superior Eleitoral mandado de segurança contra a decisão do ministro. O mandado deve ser analisado pelo presidente do TSE.
Janildo Silva

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Uma dor de barriga seria mais digna

Danem-se as estratégias de marketing. Aliás, dane-se o marketing político. Nenhuma idéia, por mais brilhante que fosse, poderia tirar o presidente Lula do debate da TV Globo. Obrigação de ir não por ser candidato, mas exatamente por ser presidente. E pior: presidente querendo ficar.

Ora, e se quer ficar tem que pedir. Tem obrigação de prestar contas do que fez e do que não fez. A reeleição, meu Deus, existe pra isso. Não tem essa história de se esconder da ‘virulência’ e do ‘desespero’ dos adversários. Não se trata de ir em respeito a eles. Trata-se de respeito ao eleitor. Ao brasileiro.

Se ganhar no primeiro turno, poderia fazer ao menos um gesto de grandeza para com o seu governo: chamar Buarque de volta para Educação, Alckimin para Saúde e Heloísa para Articulação Política. Seria ideal: o Brasil de Lula um pouco menos Lula.

Com ausência no debate - que deixou claro o preparo do trio parada dura -o homem de quase 50% dos votos do Brasil deixou por cima 60 milhões eleitores seus sem ouvi-lo. Se especializou não apenas em ser o presidente que ‘nada ouve’ e ‘nada vê’. Lula aprendeu também a ‘nada falar’. Ao menos, que não permitam réplica.

Quando veio a João Pessoa, por exemplo, a agenda descartou entrevistas, porque entrevistas pressupõem perguntas. E o presidente não está preparado para isso. Aliás, não se sente na obrigação de passar por isso, como ficou claro na ausência do debate global. Para Lula, uma dor de barriga seria mais digna a justificar ausência. E não o medo dos ‘ataques ‘ dos adversários.

Cristão convicto, só conheço uma pessoa a quem não cabe questionamentos: Deus.

Detalhe

Se algum advogado do PMDB paraibano tiver amizade com o jurídico da campanha de Lula sinto que vou ter que responder a outra ação. E essa no TSE. Chique, né?!
Luis Torres

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Candidatos do PMDB e PSDB confirmam horários e locais de votação

Os quatro candidatos das duas principais chapas majoritárias que disputam o pleito deste ano na Paraíba já definiram seus locais e horários de votação. Cássio Cunha Lima, José Maranhão, Ney Suassuna e Cícero Lucena devem votar pela manhã.
À tarde, os candidatos se preparam para o acompanhamento da contagem de votos. O governador Cássio Cunha Lima (PSDB) informou que vota às 10h45, no Colégio Estadual da Prata, em Campina Grande.
Já seu opositor, o senador José Maranhão (PMDB), vota em João Pessoa, por volta das 9h, no Colégio Padre Roma, Altiplano.
O candidato ao Senado Cícero Lucena (PSDB) vota logo cedo, às 8h, no Colégio Pio XI Bessa, em João Pessoa. O senador e candidato à reeleição, Ney Suassuna, confirmou que vota às 10h, também em João Pessoa, no Colégio Motiva Ambiental, em Manaíra.

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Desespero e Mentiras do PMDB Itaporanguense

Os militantes e simpatizantes da coligação Paraíba de Futuro, no auge do desespero, difundiram durante a manhã e chegaram até a soltar fogos, comemorando a adesão do deputado e candidato a reeleção, Antônio Mineral. Querem reverter o resultado das urnas, ao menos aqui em Itaporanga, com a velha tática da mentira e invencionice, mas o eleitorado que os conhece não masi se deixa enganar.

Assessoria de Antonio Mineral desmente adesão a Maranhão

A assessoria do deputado estadual Antonio Mineral, com atuação na região polarizada por Patos, negou durante a noite desta sexta, 29 de setembro, que tenha aderido à campanha do senador José Maranhão, como comentado nos bastidores.

“É mais um atestado de desespero do senador Maranhão, que está perdido nas eleições”, disse o parlamentar, através de seu assessor principal, Madiel Lopes.

O parlamentar comentou, antes de entrar em atividade política de campanha nesta noite, que soube do boato a partir de Itaporanga, mas tranqüila seus eleitores. “Estamos fechados com o governador Cássio e não há a menor chance de mudança”, repetiu.

Ele informou que “depois de perdido, o senador tem inventado coisas absurdas como esta, mas nada vai alterar no meu compromisso com o governador Cássio”.

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A imprensa na berlinda


A mesma imprensa que ajudou a aprofundar as investigações dos escândalos do mensalão e dos sanguessugas se vê, agora, acusada de ter perdido o equilíbrio na cobertura das eleições. Para entidades que fazem o acompanhamento diário da cobertura do processo eleitoral, a mídia exerce sobre o presidente Lula e seus aliados uma vigilância que não se repete em relação aos seus adversários políticos.

Essa diferença, na avaliação desses observadores, se acentuou ainda mais com a descoberta da negociação do dossiê que apontaria o envolvimento de tucanos com a máfia das ambulâncias.
A principal crítica é que os veículos de comunicação se dedicaram a tratar quase exclusivamente da participação de petistas na compra do dossiê, deixando de lado a apuração de uma denúncia que, a se confirmar, poderia até ser mais grave: a participação de ex-ministros da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso (José Serra e Barjas Negri, ambos do PSDB) no esquema de superfaturamento de ambulâncias.

Lula no vermelho
Seja por acumular o cargo de presidente com a condição de candidato, seja por causa das lambanças dos "aloprados" do PT, como ele mesmo disse, ou, ainda, pela má vontade da imprensa, o certo é que Lula ostenta hoje, de longe, o maior número de reportagens negativas na mídia nacional, segundo o Observatório Brasileiro de Mídia - entidade que tem feito, desde julho, um acompanhamento sistemático da cobertura eleitoral dos quatro primeiros colocados na corrida ao Palácio do Planalto em cinco jornais e quatro revistas (leia mais).

De acordo com o último boletim semanal divulgado pelo Observatório, o presidente-candidato ocupou 61,3% do espaço dedicado pelos jornais O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e Correio Braziliense à cobertura das eleições presidenciais, entre 16 e 22 de setembro. Do total de inserções que diziam respeito ao candidato petista, segundo o levantamento, 62,5% eram reportagens negativas. O mesmo ocorreu em 57,5% das matérias em que Lula apareceu na condição de presidente.

O seu adversário direto, Geraldo Alckmin (PSDB), não teve a mesma visibilidade. Respondeu por apenas 10,2% do total ocupado pelos quatro principais presidenciáveis. Em compensação, ficou com o maior percentual de reportagens positivas (39,7%). Em apenas 20,6% das matérias em que aparecia, o tucano tinha sua imagem questionada.

"Há uma cobertura tendenciosa desde o início. Lula, enquanto candidato, e presidente tem exposição maior e essa exposição é negativa em sua maioria. É um duplo prejuízo", afirma Kjeld Jakobsen, diretor do Observatório da Mídia, ex-secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da prefeitura de São Paulo, na gestão petista de Marta Suplicy (o que publicamos antes sobre o estudo).

Jakobsen rechaça o argumento de que a predominância de aspectos negativos seria em decorrência dos próprios atos do presidente ou de pessoas ligadas a ele. Segundo o ex-dirigente da CUT, independentemente disso, há indícios de que a cobertura eleitoral está sendo tendenciosa.

"Identificamos casos em que o título era negativo mesmo quando a notícia era neutra. Outra maneira era apresentar um título neutro, uma matéria neutra, mas colocar uma foto que esculhambava. Outra coisa que observamos era o posicionamento das matérias. As poucas que mostravam aspectos positivos eram menores ou estavam em um canto escondido da página", exemplifica. De acordo com o estudo, esse desequilíbrio na abordagem dos candidatos é mais explícito no jornal O Estado de S. Paulo e na revista Veja.
O que dizem a Veja e o Estadão

A crítica é de pronto rebatida pelo diretor de redação do Estadão, Sandro Vaia, que diz não reconhecer a legitimidade da metodologia usada pelo Observatório de Mídia nem partilhar da visão de que o mais tradicional jornal paulista tem sido severo demais com o presidente. "O jornal não é pró nem anti-Lula. Como ele é presidente da República, é normal que seja mais citado e que seja alvo de mais críticas", diz o jornalista. "Quem parece ser anti-Lula, no caso, são os companheiros de partido, a quem ele chamou de burros, bandidos e aloprados", acrescenta.

Segundo Vaia, não há nenhuma orientação dentro do jornal para que haja uma cobertura diferenciada entre os candidatos. O diretor de redação do Estadão diz que os critérios para a publicação de notícias relacionadas aos presidenciáveis são os mesmos usados para a publicação de qualquer notícia, ou seja, a sua importância jornalística. "Sou jornalista, não sou presidente de partido político. Por que a minha preocupação com a cobertura eleitoral teria que ser diferente de minha preocupação com qualquer cobertura jornalística na qual o jornal esteja empenhado?" (leia a íntegra da entrevista de Vaia).

O diretor de redação de Veja, Eurípedes Alcântara, ao responder por que as páginas da revista estampam tantas matérias negativas relacionadas com o presidente, afirmou: "O candidato-presidente e seu partido, o PT, produziram mais fatos negativos do que positivos". Segundo Alcântara, o jornalismo tem de buscar a verdade, não a imparcialidade. Na avaliação dele, "felizmente", os veículos de comunicação não estão sendo neutros na cobertura destas eleições.
"Com as notórias exceções de sempre, os melhores órgãos de imprensa estão conseguindo produzir reportagens sem subserviência ao poder e sem se refugiar no comodismo da neutralidade", afirmou o jornalista, sem especificar quais seriam as "exceções de sempre" (leia a íntegra).

Jornalismo declaratório

Responsável pela seleção e análise de matérias sobre corrupção publicadas em 63 jornais e revistas de todo o país, o jornalista Marcelo Soares, responsável pelo projeto Deu no jornal, da Transparência Brasil, considera saudável que Lula, na condição de presidente e candidato, seja mais "vigiado" do que seus adversários.

Mas também identifica certo desequilíbrio na cobertura do noticiário político. E aponta três fatores para essa desigualdade: a "hiperdependência" do jornalismo declaratório, a dificuldade dos veículos em ir além da "notícia do dia" e a falta de um acompanhamento mais assíduo de outras esferas de governo, como as estaduais e as municipais. "Quando se abrem os cadernos de política, quase tudo se faz na base do 'diz', 'afirma', 'nega', 'acusa'. É mais fácil fazer jornalismo assim, e garante o papel pintado nosso de cada dia numa situação em que não pára de surgir assunto e as equipes continuam enxutas", observa. A superação desse modelo passa necessariamente, segundo ele, por quatro palavras: "menos declaratório, mais reportagem".

"O principal problema da hiperdependência do declaratório é que ele trata questões de fato como questões de opinião. Isso é politicamente muito confortável para todos os lados envolvidos. O leitor acredita no que quiser, dependendo apenas de uma escolha que já foi feita", afirmou ele ao Congresso em Foco (leia a íntegra).

Efeito dossiê

Estudioso das relações entre mídia e política, o professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB) Venício de Lima considera que a cobertura dos escândalos políticos tem se pautado basicamente pela "presunção da culpa", em vez de partir da clássica presunção jurídica da inocência. "Não tem tipificação de crime, mas tem julgamento das pessoas suspeitas do eventual crime. A acusação está na construção da narrativa e em ressaltar certos aspectos", afirma.

Mesmo ressalvando que ainda não fez uma análise mais aprofundada sobre a crise do dossiê, Venício garante que o tratamento dado hoje pela imprensa ao caso não difere muito do dispensado ao escândalo do mensalão. "O que está acontecendo agora não é novidade. A grande mídia optou por se afastar do julgamento jurídico, no qual a pessoa é inocente até que se prove o contrário. A mídia resolveu punir os acusados como se fossem culpados", diz Venício.

Para o pesquisador, há dois problemas evidentes na cobertura do escândalo do dossiê: a credibilidade do autor das denúncias, o empresário Luiz Antonio Vedoin, coordenador da quadrilha, e o conteúdo do material. "A única pessoa que disse que o dossiê valeria a pena foi o delegado da Polícia Federal, que já saiu do caso. A menos que tenha sido uma grande armação. Mas se fosse esse o caso, caberia à imprensa saber se realmente não valia nada e quais são as coisas por trás disso tudo", avalia (leia mais).

Desde a descoberta da negociação do dossiê, o número de matérias negativas para Lula aumentou, conforme a análise do Observatório Brasileiro de Mídia. No último dia 20, a disparidade entre a presença de Lula e a dos outros candidatos à Presidência da República na imprensa mereceu até um relatório exclusivo. Naquele dia, o estudo levou em conta três jornais: Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo.

No total, 97 reportagens foram dedicadas à cobertura dos quatro principais candidatos. Lula apareceu em 70, Alckmin em seis e Heloísa Helena e Cristovam Buarque foram citados em três, cada um. Sobre a totalidade de reportagens de cada candidato, Geraldo Alckmin teve o maior percentual de reportagens positivas, 50%, e a menor de negativas, 16,7%. Lula teve a menor porcentagem de positivas, 21,4%, e a maior de negativas, 65,7%.
Fenaj defende regulamentação

A redução do número de repórteres e a falta de reportagens mais analíticas também são apontadas como fatores de empobrecimento do jornalismo brasileiro pelo presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, professor de Ética e Legislação no Instituto Luterano de Santa Catarina. Na avaliação dele, mesmo com essas limitações, percebe-se uma tentativa de isenção na cobertura eleitoral deste ano. "Não vejo uma tendência definida dos veículos de comunicação nesse período eleitoral. Na média, está havendo uma tentativa de isenção", considera.

Sérgio foi um dos principais defensores do projeto de lei, arquivado em 2004 pela Câmara, que previa a criação do Conselho Federal de Jornalismo. A proposta naufragou sobre fortes acusações de que não passaria de uma tentativa do governo Lula e do PT de manter a imprensa sob sua tutela.

Contestando essa versão, o presidente da Fenaj classifica a mídia como "o poder menos transparente que existe" e aponta a criação de mecanismos que permitam o seu monitoramento pela sociedade como medida fundamental para a melhoria da qualidade da comunicação no país. "A sociedade precisa desenvolver meios para controlar a mídia. É importante não cercear a liberdade de imprensa, mas tem que ter um tipo de regulação para evitar abusos", argumenta.

Essa opinião é compartilhada pelo diretor do Observatório Brasileiro de Mídia, Kjeld Jakobsen, que acredita que o debate sobre o Conselho Federal de Jornalismo é essencial para haver mais responsabilidade na divulgação das notícias. Para ele, no entanto, "há uma reserva contra tudo que possa regulamentar a imprensa", posição que ele atribui mais aos donos dos meios de comunicação que aos profissionais de imprensa.

sexta-feira, setembro 29, 2006

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CNBB ALERTA A OPOSIÇÃO, EM MANIFESTO

Texto da CNBB acusa conservadores de fustigar Lula

A CNBB não tem partido nem candidato a apoiar. Deixamos toda a liberdade e autonomia aos nossos eleitores. Não queremos bitolar os votos da comunidade católica", disse o secretário-geral da CNBB, domOdilo Pedro Scherer. Dom Geraldo disse que a CNBB não deseja que o governo Lula seja "malsucedido", embora admitindo que ele não fez"tudo o que precisamos de forma urgente".

Polêmica com o presidente da OAB

Dom Antonio criticou a sugestão do presidente da OAB (Ordem dosAdvogados do Brasil), Roberto Busato, de voltar a discutir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Precisamos ver o nível de responsabilidade [do presidente] no episódio. Impeachment não se decreta na véspera da eleição com a possibilidade de ganhareste ou aquele", afirmou. O presidente da CNBB, dom Geraldo MajellaAgnelo, manifestou preocupação com o futuro político do país. "Nãopodemos esperar para o futuro situação tão tranqüila que busque o bem comum da sociedade", alertou.

Texto de análise esclarece posição
As preocupações da CNBB ficam mais claras com a leitura do texto de análise de conjuntura que a reunião debateu, apresentado aos bispos por Pedro Ribeiro de Oliveira, membro da equipe do ISER-Assessoria. A análise é "quase toda voltada para o tema das eleições". E avalia que estas "são muito mais importantes do que deixa transparecer o clima predominante". "Estão em jogo pelo menos dois projetos de grande interesse para os excluídos e excluídas do banquete do mercado globalizado: o avanço da solidariedade latino-americana e o projeto brasileiro de construção da Nação.
Não é por acaso que, sentindo-se ameaçadas por esses processos de mudanças estruturais, as forças conservadoras estejam usando todos os meios para esvaziar oconteúdo político destas eleições e fustigando Lula e o PT para debilitá-los ao máximo", afirma a análise, classificada como"documento não-oficial da CNBB" e divulgada no sítio da entidade.

Para ser mais explícito, o texto recorda, numa nota: "A expressão usada por um senador do PFL é sangrá-los em praça pública?". Em nome dos movimentos sociais O documento frisa que "o processo de construção da Nação" visa"superar o antigo projeto colonial escravista", historicamente dominante no Brasil. E também que ele "se dá em sintonia com o de outros povos latino-americanos, que - apesar dos esforços em contrário dos EUA, buscam a integração econômica e cultural apoiada numa estratégia de longo prazo".

A análise da CNBB valoriza o papel dos movimentos sociais. Depois de historiar sua trajetória desdeos anos 50, aponta que "na década de 1990 os movimentos sociais atravessam a crise imposta pelo modelo neoliberal do Estado mínimo". E que "a reação dos movimentos sociais contra o esvaziamento do Estado fez reverter o projeto do Estado-mínimo com suas privatizações elevou à eleição de Lula". No texto, "movimentos sociais" aparece freqüentemente como uma expressão que designa as posições da própria CNBB.

Outro foco de interesse é o PT, também historiado, e elogiado, inclusive em contraposição à esquerda leninista. Diz que"o PT atravessou, com mais acertos do que erros, diferentes experiências de poder legislativo e executivo de âmbito municipal e estadual, mas ao enfrentar a experiência do Palácio do Planalto, está correndo o risco de perder sua identidade".

Ele prevê que Lula será reeleito e "provavelmente terá maior votação "que em 2002, mas "dificilmente o PT, o PRB e o PCdoB terão maior número de cadeiras no Congresso".

"Dois cenários"
Desenham-se então "dois cenários", conforme a análise. Pode haver um entendimento nacional de molde conservador, de Lula com a oligarquia. Esta manteria o presidente "acuado pela mídia" e então lhe ofereceria "a governabilidade em troca da manutenção da política econômica e dos privilégios do agronegócio, que é o que de fato lhes interessa".
"O segundo cenário é o que vê o segundo mandato de Lula como oportunidade para democratizar a sociedade brasileira, operando mudanças também nas suas bases econômicas e no seu sistema de poder", afirma o documento. E conclui que "este é o cenário desejado pelos Movimentos Sociais, que mais apoiaram do que criticaram o primeiro governo Lula".

Para o documento da CNBB, o "campo popular"extrai daí "tarefas estratégicas": avaliar a experiência do governoLula, "identificando onde acumulamos" e "onde perdemos"; "fortalecer processos autônomos"; "planejar uma pressão e acompanhamento popular sistemáticos, já durante o início do próximo governo", apresentando propostas; e buscar "uma aliança de organizações, movimentos, pastorais sociais, frentes e entidades, que tenha solidariedade interna; consistência política; base social; unidade estratégica".

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MARANHÃO NA FRENTE-DEBATE O FAVORECEU

Pesquisa Databrain / Paraíba (PB)

Maranhão está na frente na disputapelo Palácio da Redenção
O candidato de oposição, o senador José Maranhão (PMDB), leva vantagem na disputa pelo governo da Paraíba contra o tucano Cássio Cunha Lima. Pesquisa ISTOÉ Databrain no Estado aponta Maranhão com 45,6% das intenções de voto e Cunha Lima com 43,3%. O tucano, atual chefe do Executivo paraibano, também está em desvantagem quando o tema perguntado aos entrevistados é rejeição: 32,9% disseram não votar em Cunha Lima de jeito nenhum, contra 30,7% para o senador peemedebista.

Empate técnico à parte, o alvo dos dois principais candidatos ao governo da Paraíba são os votos dos indecisos. O estudo realizado nos dias 24, 25 e 26 de setembro mostra que consolidados mesmo estão 84,1% das intenções de votos. Mas há uma margem de 13%, somados os quesitos sim e talvez, que admitem mudar de voto na boca da urna eletrônica. É nesse mercado que os candidatos garimpam seus votos.

A prova disso é que Cunha Lima e José Maranhão aproveitaram o último bloco do debate realizado na terça-feira 26, pela afiliada da Globo no Estado, para conquistar esses indecisos. A surpresa do evento foi o candidato do Psol David Lobão, que se posicionou como oposição aos dois principais líderes da disputa, principalmente contra o governador Cunha Lima.

Os três candidatos também aproveitaram o programa para aprofundar, em alto nível, discussões a respeito do funcionamento dos hospitais públicos que são mantidos com verbas do governo do Estado e dos projetos de irrigação que precisam ser implantados na Paraíba. O debate serviu ainda para mobilizar a militância, que ficou na porta da emissora na torcida por seus candidatos. Para definir o placar eleitoral, os candidatos puseram seus simpatizantes na rua e intensificaram o corpo a corpo. As ruas dos principais colégios eleitorais da Paraíba ficaram coloridas de vermelho, de José Maranhão, e de amarelo, de Cunha Lima. A disputa é acirrada e promete

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IBOPE CONTRARIA VOTO DO NEGRO

POR: MARIA INÊS NASSIF

"Talvez por embutir um corte social no eleitorado inédito, este processo eleitoral transborda preconceitos. Primeiro, a análise do fenômeno sociológico do voto do pobre, descolado de formadores de opinião, derivou para o preconceito do "voto vendido" por um prato de comida, simbolizado pelo Bolsa Família. Depois, o voto nordestino foi colocado no mesmo saco do coronelismo, como se tivesse ocorrido uma negociação individual desse eleitor com o candidato a presidente. Agora, entrou em cena o voto dos negros (que, nas pesquisas, são a soma dos pretos e pardos).

A última conclusão, derivada da pesquisa do Ibope da semana passada, é que os negros dão menos importância à ética que os brancos - e por isso tenderiam a eleger, em sua maioria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Se a elite brasileira não jogar fora seus preconceitos, será difícil entender o que ocorre nessas eleições. Falta enxergar um pouco a realidade social desse país. A começar pela realidade dos negros, entre eles, em especial, dos pretos. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2005, elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a partir da PNAD 2004 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), os negros representam 48% da população, mas são 66,6% dos 10% mais pobres e 15,8% dos 1% mais ricos. Os trabalhadores negros recebem cerca de 2 salários mínimos por mês, enquanto os brancos ganham 3,8 salários, em média. A taxa de analfabetismo dos negros é de 16%, mais do que o dobro da dos brancos, de 7%. Isso não é tudo.

A personificação do preconceito embutido na avaliação do voto do negro são as estatísticas de morte pela polícia. Segundo pesquisa de Marcelo Paixão, da ONG Fase, em 2001, enquanto os pretos representavam 11% da população do Rio, eram 32,5% dos mortos pela polícia; os pardos, que eram 34% da população do Estado, representavam 21,8% dos mortos pela polícia; e os brancos, 54,5% da população, eram 19,7% dos mortos pela polícia. O levantamento foi feito entre janeiro de 1998 e setembro de 2002 e os dados populacionais são do Censo de 2000. Segundo estudo coordenado pelo sociólogo Ignacio Canno para o Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil 2005, a taxa de homicídio de negros , entre janeiro de 1993 e julho de 1996, era 1,9 vez maior que a dos brancos. Por esse quadro, não precisa ser um especialista para concluir que a população negra está mais exposta aos benefícios do Bolsa Família e do aumento do poder de compra do salário mínimo.

Ainda assim, dado o grau de pobreza do negro - além de 64% dos pobres, representam 68% dos indigentes, segundo números de 2001 - não parece que a situação dada seja totalmente satisfatória: 25% dos negros entrevistados pelo Ibope na semana passada se diziam insatisfeitos em relação à vida que levam, contra 21% dos brancos; 62% dos pretos se declararam satisfeitos, contra 69% dos brancos. Na sondagem de intenção de voto, não parece que as preferências dos pretos se descolem dos índices dos mais pobres: na pesquisa espontânea, o presidente Lula teria 60% dos votos dos pretos entrevistados; entre todos que ganham até um salário mínimo, captaria 67% dos votos, e 54% entre os que ganham de 1 a 2 salários mínimos. Segundo a pesquisa, 64% dos negros aprovam a maneira como Lula conduz o país e 62% dos pardos também - contra 48% dos brancos. Os negros aprovam mais a administração Lula porque são negros, ou porque são pobres? Entre os entrevistados que ganham até 1 salário mínimo, 68% dizem que aprovam; dos que ganham de 1 a 2 salários mínimos, 59% responderam a mesma coisa.

No Nordeste, 72% dos entrevistados afirmaram que aprovam a maneira como Lula vem administrando o país. Responderam isso porque são pobres, negros ou nordestinos? E o que a pergunta embute? A forma de administrar o país é qual? Depois de perguntar em quem o entrevistado votou no segundo turno das eleições de 2002, o Ibope formula a seguinte pergunta: "Você votaria ou não votaria em um político acusado de corrupção, ou citado em algum caso de corrupção?". Respondem que votariam 7% dos brancos, 11% dos pretos e 8% dos pardos - o que, na linguagem de pesquisa, estaria dentro da margem de erro. À pergunta de qual o partido mais ético, o PT ganhou, com 18% - no Nordeste, 28% dos entrevistados tinham essa opinião; 26% dos negros e 19% dos pardos achavam a mesma coisa. Por que acham isso? Porque são pretos, pobres ou nordestinos? O PT ganhou também no quesito "menos ético": 31% dos entrevistados consideraram assim - no Nordeste e na faixa de renda familiar de até um salário mínimo, essa opinião decresce para 21% dos entrevistados.

Entre os brancos, 34% acham que o PT é o partido mais corrupto; entre os pretos, 23% e, entre os pardos, 28%. Se pretos e pardos votam em sua maioria em Lula, e se consideram menos que os brancos que o PT é corrupto - e mais que os brancos que o PT é menos corrupto - por que então a conclusão de que Lula tem mais votos dos negros porque eles têm menos apego à ética? Se a elite brasileira aprendeu só esse tortuoso travo racial de um processo eleitoral que é rico pelo que ele tem de novo, pobre deste país. Mais pobre que os pobres, os pretos e os nordestinos. Seria o caso dessa elite começar a tentar responder outras perguntas.

A primeira delas é: por que ocorreu um corte social tão profundo nessas eleições? A segunda: por que os partidos não acompanharam esse movimento, muito pelo contrário, acabaram por facilitar a personalização desse corte na figura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva? A última: por que a elite, em vez de fazer a reflexão sobre a realidade social do país, assume um discurso que pretende criminalizar a pobreza por uma escolha democrática? A escolha do pobre não é crime. Reflete anseios, um descaso secular, uma distância profunda dos ricos.

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O DOSSIÊ E A PETROBRÁS

..., acaba de sair na internet a Revista Veja da próxima semana com o artigo abaixo de Diogo Mainardi.
Além de falar sobre a sujeira de nossa república das buzundangas é a primeira vez que vejo escrito na mídia formadora opinião:
"Lula ainda pode se eleger. No segundo turno.
Se ele for eleito, cedo ou tarde seu mandato será cassado." Se não tiver tempo leia só o último parágrafo da reportagem.

"Fim de agosto. Base aérea de Congonhas. Lula se encontra com Domingo Alzugaray, dono da IstoÉ. O encontro está fora da agenda presidencial.
Alzugaray se lamenta dos problemas financeiros da revista. Lula pergunta como pode ajudá-lo..."
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Sabe como é: salários atrasados, contas penduradas com o fornecedor de papel e com a gráfica.
Lula pergunta como pode ajudá-lo.
Alzugaray sugere o pagamento imediato de uma série de encartes encomendados pela Petrobras. Valor total: 13 milhões de reais.
Lula promete se interessar pelo assunto. Duas semanas depois, a IstoÉ publica a matéria de capa com os Vedoin, incriminando os opositores de Lula.
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Quem relatou o encontro confidencial entre Lula e Alzugaray foi o editor da sucursal brasiliense da IstoÉ, Mino Pedrosa. E quem o relatou a mim foi o PFL. Creio que seja verdade. Creio em tudo o que contam de ruim a respeito de Lula. O que posso garantir é que a imprensa lulista funciona assim mesmo.
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O presidente manda. O jornalista publica. O contribuinte paga.
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Aborreci um monte de gente para tentar descobrir se a IstoÉ foi socorrida pela Petrobras nas últimas semanas. Ninguém soube me dizer. Os gastos em publicidade da Petrobras competem somente a ela mesma.
O presidente manda. O jornalista publica. O contribuinte paga.
Mas nunca fica sabendo onde foi parar o tutu. É o esquema perfeito. A IstoÉ foi acusada por seu próprio editor de ter vendido a matéria de capa com os Vedoin.
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Quem forneceu o dinheiro?
Meu conselho é perguntar ao diretor de marketing da Petrobras, Wilson Santa Rosa. Ele é homem da CUT, como muitos dos que foram pegos em flagrante nessa trama golpista. E é amigo de José Dirceu. Sempre desconfio de quem é da CUT e amigo de José Dirceu.
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Um dos principais petistas implicados na compra de matéria da IstoÉ foi Hamilton Lacerda. Ele era coordenador da campanha de Aloizio Mercadante. Foi afastado depois de admitir que negociou a entrevista com os Vedoin. O repórter Ricardo Brandt descobriu que Lacerda "atuou como intermediador de contratos da Petrobras com órgãos de imprensa". Esses fatos esclareceriam o que aconteceu desde o encontro de Lula com Domingo Alzugaray na base aérea de Congonhas até hoje.
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Lacerda era o responsável pela propaganda eleitoral de Mercadante. A produtora que faz a propaganda eleitoral de Mercadante é a VBC. VBC... VBC... O nome é familiar. É a mesma VBC que se meteu no escândalo do lixo de Marta Suplicy? É a mesma VBC que produziu farto material de propaganda da Petrobras, incluindo um documentário de três horas sobre o Pantanal? Sim. É a mesma VBC.
Esse é o único lado bom do PT: seus enredos criminosos sempre fecham. Tanto que, nesse episódio da matéria da IstoÉ, já apareceram pessoas envolvidas com Celso Daniel, valerioduto, diretoria do Banco do Brasil, ONGs do Ministério do Trabalho, contratos de publicidade, Delúbio Soares, sanguessugas.
De um jeito ou de outro, tudo se encaixa. Tudo remete a Lula e a José Dirceu.
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Lula ainda pode se eleger. No segundo turno. Se ele for eleito, cedo ou tarde seu mandato será cassado. Porque sua campanha usou dinheiro ilegal. Nos últimos anos, peguei no pé dos jornalistas alinhados com o PT. Foi burrice minha.
A imprensa lulista é o melhor produto nacional.
Primeiro derrubou Antonio Palocci. Agora vai derrubar Lula.
Alguém aí quer me comprar?

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DEBATE

O presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo ausente, foi o personagem mais citado e criticado no debate da Rede Globo na noite desta quinta-feira, a três dias do primeiro turno da eleições. O encontro pouco serviu para que propostas dos candidatos fossem discutidas. O candidato petista participou no mesmo horario de comicio em São Bernardo dos Campos, Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSOL) olham para o lugar vazio reservado ao presidente Lula, enquanto o pedetista Cristovam Buarque observa. Tudo no início do debate da Rede Globo, na noite de quinta-feira.

Os ex-aliados Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT) foram os mais duros. "Ele [Lula] tinha a obrigação de descer de seu trono de corrupção, arrogância e covardia política. Tinha de estar aqui, mas não veio porque não tem autoridade moral para me enfrentar", disparou Heloisa Helena, 8% de intenção de votos no último Datafolha.

"O senhor é um candidato sob forte suspeita do uso de recurso públicos e de outros recursos que ninguém sabe de onde vieram no processo eleitoral em um caso muito grave. Se depois se comprovarem as suspeitas, o senhor renunciará ao cargo? Diante disso, estamos votando no senhor ou no vice-presidente, José Alencar?", perguntou Cristovam (2% na mesma pesquisa).O segundo colocado no Datafolha, com 33%, o tucano Geraldo Alckmin adotou uma postura mais suave, deixando aos colegas as frases mais duras. Adotou como estratégia fazer críticas às políticas do atual governo, contrapondo promessas de melhorias no país.

"Por que o candidato Lula não veio ao debate? Será que ele não veio ao debate por que não consegue explicar os graves problemas da saúde brasileira? Eu viajei o país inteiro, do Oiapoque ao Chuí e vi o caos verdadeiro, mal atendimento, qualidade ruim do SUS. Aliás ninguém sabe, nem o Lula nem o ministro da Saúde, que acabaram os mutirões que o ministro Serra havia feito... Será que ele não veio por causa da educação?"Foi na sua fala final que Alckmin atacou mais duramente o presidente-candidato.

O Lula, com sua ausência neste debate, mandou um recado aos brasileiros e brasileiras: ' Não estou interessado na sua opinião. Não preciso prestar contas para ninguém.' No domingo, mandem um recado para ele: vamos trocar de presidente".


Lula fez comício em São Bernardo do Campo. Em seu último discurso de campanha, fez críticas ao que chamou de "pequena elite preconceituosa", que, segundo ele, gostaria de trocar de povo. Lula discursou por cerca de 20 minutos e evitou falar de escândalos como a susposta compra do dossiê contra candidatos tucanosLula, que fez suspense durante todo o dia sobre sua ida ao debate, argumentou, em nota à Rede Globo, que sua decisão de faltar ao evento devia-se à tentativa de evitar uma "arena de grosserias e agressões, em um jogo de cartas marcadas".

"Não posso render-me à ação premeditada e articulada de alguns adversários que pretendiam transformar o debate desta noite em uma arena de grosserias e agressões, em um jogo de cartas marcadas", afirmou o presidente em nota oficial, ao justificar sua decisão de não ir ao debate.Rusgas - Na ausência do líder nas pesquisas, as rusgas do debate ocorreram entre Alckmin e Heloísa Helena. No terceiro bloco, quando falavam sobre o tema energia, trocaram farpas

"O Alckmin sempre vem com essa história de atribuir todos os problemas apenas a este governo. E ele sabe que houve 12 anos de desestruturação da infra-estrutura do Brasil. Há uma desordem legal, desde os processos de privatização no governo do seu partido", disse Heloís Helena.Então, Alckmin espetou a candidata do PSOL. "A senadora Heloísa Helena não tem todas as informações. As grandes empresas geradoras de energia no Brasil são todas estatais".

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quinta-feira, setembro 28, 2006

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POBRE PAGA MAIS IMPOSTOS COM LULA. AUMENTO DE 73%

É LULA DE NOVO COM A FORÇA DOS IMPOSTOS. MENOS OPORTUNIDADE, MENOS EMPREGOS, MAIS ESMOLAS SOCIAIS E CLARO MUITO MAIS IMPOSTOS!

As famílias mais pobres estão pagando 73% a mais de impostos do que há dez anos. Um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP), revela que o governo já abocanha 49% da renda das famílias que ganham até dois salários mínimos por mês (R$ 700). Em 1996, essa mordida era de apenas 28,2% - uma diferença de 21 pontos porcentuais. Famílias com renda superior a 30 salários mínimos (R$ 10,5 mil) também sofreram aumento da carga no período, mas bem menos doloroso: de 18% para 26%. Ela ganha R$ 800 por mês e o marido recebe dois salários mínimos (R$ 700) de aposentadoria. Sua compra, a segunda do mês, ficou em torno de R$ 250. No mesmo supermercado, o casal Lourdes e José Alves, de 70 e 75 anos, respectivamente, também fazia uma compra, pela qual pagou R$ 300. Famílias com renda superior a 30 salários mínimos (R$ 10,5 mil) também sofreram aumento da carga no período, mas bem menos doloroso: de 18% para 26%. (( ESTE É O CASO DA FAMÍLIA IGUAL DE LULA: RICOS) O AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO É O ENGANA BOBO. AUMENTO LÁ E TIRO DAQUI.LULA PRESIDENTE COM A FORÇA DOS IMPOSTOS!
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Mantenha-se no alto

Os balonistas, quando o balão perde altura, jogam fora as coisas pesadas para o balão voltar a subir. Nas águas, se uma embarcação ameaça afundar, os marinheiros desfazem-se do que podem.

Assim como nos ares e nas águas é necessário desfazer-se do que é estorvo, também você, para se manter com pensamentos altos, serenos, deve jogar fora lembranças amargas, raivas, ciúmes, desânimo e tudo o mais que ameace precipitá-lo no abismo.

A sua mente, quando no alto, sabe exatamente o que a puxa para baixo

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Sabedoria

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- "Qual é o gosto?" perguntou o Mestre. - "Ruim " disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse: - "Beba um pouco dessa água". Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
- "Qual é o gosto?"
- "Bom!" disse o rapaz.
- Você sente gosto do "sal" perguntou o Mestre?
- "Não" disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende aonde a colocamos.
Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo. Torne-se um lago...

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CONTRAPONTO DE VISTA

Por: Jesus Soares da Fonseca

Amilton Gomes da Silva é um médico renomado, escritor, jornalista, estabelecido no Sul da Bahia, Bem relacionado, dados, pois, que fazem com que possamos, nós itaporanguenses, tê-lo como uma referência, pois, é filho natural de Itaporanga, muito estimado pelos amigos e familiares, dos quais faço parte com orgulho.

É sabido pela Ciência, e há, até, estudos comprovando, que a capacidade de ver, de olhar, de cada ser humano é diferenciada e independente. Assim, observando as cores, o verde que alguém distingue pode ser o vermelho que outro esteja vendo, pode ser o azul que um terceiro esteja enxergando. É algo difícil a ser explicado e, talvez, mesmo de se entender. Vale para nossa percepção, também! Claro, que este não é o fórum desta questão, muito mais, ainda, quando se está a falar para um douto no assunto.

A Pessoa, por mais inteligente que seja, por mais sábia e mais erudita que venha a ser, sempre estará relegada à condição de Ser Humano, sujeita, pois, às vicissitudes da vida, com alternância de fortaleza e fraqueza.

Eu, assim como meu primo Amilton Gomes, somos possuidores destas prerrogativas naturais. Assim, no Universo que enxergo, pode haver e, certamente, haverá pontos mais, ou menos abrangentes do que no Seu e, mais ainda, um terceiro personagem poderá enxergar muito mais ou muito menos do que nós dois. São estes apanágios, nos impostos pela natureza, que fazem o desenvolvimento, com sucesso, da vida humana, daí o refrão popular, sabiamente criado: ninguém é dono da verdade.
Entretanto, cada um tem o seu ponto de vista que, com sabedoria, deverá ser respeitado por outrem, embora não aceito.

Agindo assim, faço vênia, e começo discordando do PONTO DE VISTA, já na sua manchete, no seu título: POVO E POLÍTICOS no MESMO CALDEIRÃO. Povo é um Universo, exprime um “TOTUM”. Eu e mais setenta milhões de eleitores que representam 108 milhões de habitantes deste País, assim como, muitos políticos honestos desta Nação, não nos vemos dentro deste CALDEIRÃO, sequer sentimos o bafo de sua quentura!

Não vejo o começo desta podridão em 1992, o cheiro pútrido e nauseabundo, sim, já se fazia sentir nesta época, ela é de antanho. Todavia, foi esquecido de dizer que em 1989, quando um homem do povo tentava chegar ao Poder, reuniram-se todos AQUELES que hoje querem lhe tirar as honras que o povo lhe concedeu, numa campanha a favor de um indivíduo, que poria o Brasil num dos períodos mais negros de sua história social e econômica. Collor de Mello tiraria seu mandato incólume, mesmo contrariando as outras classes sociais. Seu azar foi querer, também, contrariar os interesses da Elite que o elegeu, chefiada, pela de sempre, o carro-chefe, a Globo que, coincidentemente, foi um dos mentores da candidatura Geraldo Alckmin para o pleito que se avizinha.

É verdade! Antônio Carlos Magalhães foi um dos primeiros, aproveitando-se da onda de moralidade, em curso, a desfraldar esta bandeira. Porém, O Ponto de Vista esclarece, apenas, que ele teria recebido uma homenagem de seus pares. Foi olvidada, no entanto, a queda de sua falsa capa de honestidade, maculada pelo escândalo do Painel de Controle do Senado, que lhe rendeu uma renúncia para não ter os seus direitos políticos cassados, juntamente com o, então, senador José Roberto Arruda, hoje, candidato pelo PFL ao Governo de Brasília, sem que isto lhe mereça uma nota qualquer de repúdio.

Novamente, aqui, volto a concordar com o PONTO DE VISTA. O século XXI foi despontado, arrastando consigo um povo brasileiro sofrido, maltratado, miserável, pobre sobre todos os aspectos, porém, não mencionado pela matéria, enganado por vis promessas feitas por charlatões travestidos de sociólogos.

Os Portugueses, dominadores, quando se arrumaram no Brasil, com o tempo, sentiram que não poderiam viver, como usurpadores, se fossem de encontro aos anseios dos nativos mais abastecidos da Colônia. Que fizeram? Delegaram poderes a todos eles e incutiram em suas mentes, de que negros e pobres eram diferenciados, eram de uma casta mais abaixo das suas, mais tarde alcunhados como raças inferiores. Infelizmente, o preconceito lhes roubava o direito de saber que raça só existe uma, a Raça Humana.

Pois bem, este vil sentimento, foi sendo passado de geração a geração entre a “Casta Elitista” e, muito mais ainda, quando o Brasil se fez independente dos grilhões portugueses, inclusive foi sendo criada, como nos Feudos, á suserania, pelos rincões afora do País, razão das chamadas “Famílias Tradicionais” em quase todas as terras brasileiras! Justamente, estas tais Famílias Tradicionais que vem atrasando o Brasil através de seu preconceito, de seu complexo de megalomania. Ao indivíduo, Pobre, Índio ou Negro, é concedido todo e qualquer direito, menos exercer os Poderes Máximos da Nação.

É verdade, Amilton, você bem frisou, este mar de lama emergiu do absconso. Governos passados, juntamente, com a pseudo-fidalguia, usavam "mocassins" apropriados para não afundar na GEENA por eles abastecida.


Quando criança, nas feiras em Itaporanga, eu ficava abismado com os nossos faquires interioranos, ao passarem por cima de cacos de vidros, de brasas, sem demonstrarem sofrimento algum. Mais fiquei e fico muito mais estupefato, ao presenciar a desenvoltura com que os elegantes possuidores de indumentária, no uso do Poder, sabiam trilhar por cima desta lama podre e fétida que queimava como fogo de monturo.

Marcos Valério é fruto natural deste mar, que a Sociedade pressentia existir, mas que não tinha um meio de remover a capa que o encobria, pois Procuradores, sabiamente, bem aquinhoados, faziam o papel de "engavetadores" de processo ou de tudo que pudesse abrir este Oceano nauseabundo, comprometendo a Corte presente, em evidência, na época. Com a chegada do Operário ao Poder, o lamaçal pôde ser remexido, com denodo, com afinco, doesse a quem doesse. Foi, e é, isto que está incomodando. O mensalão começou, sim, quando foram destinadas, a vários deputados, quantias exorbitantes para votarem a favor da reeleição de FHC. Pedidos de CPIs e CPMIs não foram engavetados neste governo, pois, Nele não havia nenhum brindeiro!

Não querendo entrar no mérito da questão, apenas como um adendo, acho que houve uma infelicidade, na exposição de fatos, ao se querer expor a briosa tribo do Norte do Continente, os Peles Vermelhas, como bandidos, ladrões. Mas isto é compreensível e perdoado, é no arroubo da paixão!

O interessante do Ponto de Vista é que, é traçado um quadro, aonde dentro de um grande estádio adentra em campo, apenas uma equipe, o azulão! O vermelhão foi esquecido! Como, pois, pode ser feita a partida com sinceridade, se há falta de um time? Na velha política, ainda, há nomes graciosos, como o do grande timoneiro FHC, coadjuvados por Arthur Virgílio, Bornhausen, Jeireissati, Tereza Grossi, Chico Lopes, Cacciolla, José Jorge, o “hours Concurs”, ACM e seu galo garnisé, ACM-Neto, César Borges, Azeredo e o mais recente contratado, o aprendiz de feiticeiro, Geraldo Alckmin, engavetador de 69 CPIs, para averiguar o seu Governo, em São Paulo, envolvido no caso do Nossa Caixa, Nosso Banco, com denúncias feitas por um deputado de sua base de apoio, o PFL, Afanásio Jazadzi, e uma plêiade de outros da mesma estirpe. Como se vê, então, torna-se um quadro fantasioso, onde a 3ª lei de Isaac Newton fica contrariada. Na Lei da Ação e Reação, é estabelecido que se um objeto exerce uma força sobre outro, este outro exerce uma força igual e contrária.


Na ótica oposicionista, quando seus anseios não são atendidos, cria-se logo um escarcéu em torno do que é justo ou não. Por ocasião das CPIs, criadas, não para atenderem aos seus reais objetivos, mas, tão somente para desmontarem o Governo Federal, todo e qualquer cidadão que ali fosse depor ou falar como convidado, se o assunto exposto não incriminasse ou tentasse incriminar ou juntar o fato à pessoa do Presidente, era taxado de não dizer a verdade, quando não, de mentiroso. A tecla mais batida era: “Senhor Presidente, que estamos fazendo aqui, se ninguém quer falar a verdade dos fatos!”.

Uma bela tarde, lá, compareceu de livre e espontânea vontade, o Senhor Duda Mendonça, informando que teria recebido alguma quantia de Paraísos Fiscais.
Rasgou-se o véu do templo, trovoadas e relâmpagos abalaram o Congresso, o Halleluiah de Raendel se fez ouvir com estardalhaço, tudo isto, nas mentes conspurcadas, imbuídas de um só desejo, a derrocada do Presidente.
“Parabéns Seu Duda Mendonça, o Senhor foi o único, até hoje, a falar a verdade neste Plenário!”. Era o mote principal da peça ensaiada. Estava-se numa sexta feira! Alguém tomou da palavra e disse: - “Se até amanhã o Presidente não vier explicar os fatos ao público, Segunda Feira será outro dia para o Brasil!”. Golpismo maior, só se acontecesse!
Três CPMIs, instaladas ao longo de um ano e não foi apurada nenhuma evidência de culpa do Chefe Máximo da Nação. E por favor, não façam o povo rir com desculpas mesquinhas! Se realmente houvesse, sequer, indício de culpa, uma OPOSIÇÂO SEDENTA, deixaria escapar a oportunidade? Sejamos sinceros! Como então pensar em desmonte de CPI, a estas alturas do campeonato?

Em dezembro de 1989 o empresário Abílio Diniz foi seqüestrado. Quem são os seqüestradores? Uma turma do PT! Semanas mais tarde descobriu-se que dos dez seqüestradores, apenas um era brasileiro os outros eram: quatro chilenos, três argentinos e dois canadenses! E o estrago feito pela denúncia, causado ao PT, pôde ser consertado, a tempo? Jamais! Resultou na derrota de Lula!

Em 1993, uma matéria veiculada pela revista VEJA dava conta de que o Senhor Ibsen Pinheiro tinha recebido em sua conta bancária o valor de um milhão de dólares. A VEJA, antes de lançar sua publicação nas ruas, notou o erro cometido, a quantia, na realidade, era mil dólares. O jornalista responsável pela matéria foi orientado a "confirmar", na reportagem, o número, que sabia equivocado. Sabe o que aconteceu? Um homem honrado foi destruído em todos os sentidos, físico, moral, psíquico, pela sanha assassina de um panfletário que, até hoje, é intitulado de Revista. Em agosto de 2004, através da ISTOÉ, tudo foi esclarecido, o jornalista, réu confesso, pediu desculpas ao nobre senhor Gibson Pinheiro, que de tão nobre, sequer, quis processar o vil acusador.

Em junho de 2006, a VEJA, que ao longo dos anos vem publicando inverdades ao bel prazer, saiu com uma matéria sobre a praga no cacaueiro baiano, a vassoura de bruxa, intitulada de Terrorismo Biológico, imputando a culpa da implantação do mal a vários petistas liderados pelo senhor Geraldo Simões. A tal praga acabou com o que restava da lavoura cacaueira, já em decadência, a tal ponto que deixou vários produtores na pobreza e mais de 220 mil pessoas desempregadas, no sul da Bahia.

O panfletário VEJA anti-petista de carteirinha, que abriu mão do jornalismo para ataques infundados ao Partido dos Trabalhadores, pos a culpa na CEPLAC e no PT.
CEPLAC é a Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira.
Todas estas denúncias foram publicadas sem prova alguma, sem qualquer, documento que atestasse a verdade. Sequer teve o trabalho de expor, o que seria uma grande oportunidade como se fazer jornalismo, o porquê e como acontece a praga vassoura de bruxa, que dizima a cultura cacaueira.

Veja o tamanho desta distorção. Foi citada, na reportagem, uma reunião no restaurante caçuá, em Itabuna, lá pelo ano de 1987, na qual foi decidido o complô para disseminar a praga. Segundo a VEJA, estavam lá na reunião, além de Geraldo Simões, Elieser Correia, Josias Gomes, Wellington Duarte, Jonas Nascimento e Everaldo da Anunciação. Beleza! Coitado do repórter! Esqueceu-se que Josias Gomes chegou à região, em 1989, dois anos depois da tal reunião.

É impressionante como a VEJA vive de driblar a verdade, enganando os incautos.

Falando em restaurante, eu tive oportunidade de saborear um prato de PITU, no Caçuá, em Itabuna, nos idos de 1985, quando ali estive a serviço do Banco do Nordeste.

Aliás, a TV Cultura fará uma apresentação em 27/10/2006 : 22h00 : sexta-feira narrada e apresentada pela atriz Camila Pitanga, sobre a A CIVILIZAÇÃO DO CACAU contando a história e a trajetória deste fruto.

Por outro lado, é muito injusto achar que o Bolsa Família é um mensalinho.
No trecho da mensagem “Não conheço ninguém que não aponte o Lula como ator principal e comandante supremo deste reino de Sodoma e Gomorra. Mas as pesquisas mostram que ele poderá ser re-eleito. São seis a oito candidatos a presidente e o eleitor está escolhendo exatamente o único apontado como corrupto e chefe de uma gang sinistra”, há coisas que não batem com coisas!

Ora, se todos apontam Lula como corrupto, como quer a oração, e se existe um universo de 70 milhões de eleitores que querem sufragar seu nome para Presidente da República, implica dizer que toda esta gama de eleitores está conivente com possíveis falcatruas, com corrupção, ou seja, que a maior parte da Sociedade brasileira é de desonestos, ou, com muita benevolência, de “burros”. Eu, particularmente, não me sinto nesta situação e conheço muitos de idêntica forma, aliás, para ser mais taxativo, a maioria da população, como está rezando as pesquisas que pululam no meio jornalístico.

O Brasil não vive só da euforia de um mercado interno. As classes, até ontem, oprimidas e esquecidas pelas gangues que se foram e que ora querem tomar o poder a todo custo, já estão tendo a oportunidade de terem em seus meios, pessoas que possam se sentirem cidadãos. O índice de pobreza que caiu em mais de 24%, nos três anos e meio do governo Lula, é um fato que não se via desde 70 anos atrás. A distribuição de rendas que se verificou em todas as classes, pobres com 14%, Classe Média com 6,5% e ricos com 4% , é outro fator inusitado no País, há quase 8 décadas. O risco país, aquele que aponta a confiança do investidor internacional, no Brasil, navega em doces ondas de 220 pontos, em média, diferentemente, das marolas gigantes do tempo de FHC, em torno de 2570 pontos, que afastavam a crença por parte da economia mundial, no País.

As algemas quebradas com o FMI dão ao Brasil a liberdade de caminhar com seus próprios pés, o que não acontecia no governo henriquiano, tão defendido por uma minoria que chora a falta do tilintar perdido. A obrigação de não compactuar com a ALCA foi outro fator decisivo deste governo, dando liberdade de comércio, não só ao País como, também, ao Mercosul. A queda constante da taxa selic de juros, recebida do mal fadado governo que se foi, que girava em torno de 26% , hoje, em 13,75%, conduz o País a uma estabilidade monetária perene, jamais vista em tempo algum, ainda mais por que é o alicerce mó da inflação completamente controlada, estimada em torno de 4,5% aa, como nos falam os indicadores econômicos, longe, mas, muito longe da inflação galopante que foi entregue pelo governo FHC, a este Governo, beirando índices de 12%aa.

Passaria uma eternidade a enumerar as grandes benesses do governo Lula. São estes fatores que levam o povo inteligente e, agora, forte a escolher o nome deste Nordestino, Pernambucano da Peste, nas urnas do pleito que se aproxima.
Pela primeira vez, na história mundial, a minoria se arroga ou arroga a si, o direito de formar opiniões contrárias aos desejos da maioria, inclusive, querendo levar aos incautos ou incutir em suas cabeças, de que tudo isto não passa de deboche ou ainda jargões prepotentes do tipo, se minhas idéias não prevalecerem é porque todos são burros ou desonestos!

Castro Alves, em seu Navio Negreiros, também dizia: “Bem feliz quem ali pode nest'hora Sentir deste painel a majestade! Embaixo — o mar em cima — o firmamento... E no mar e no céu — a imensidade!”, e mais ainda:
“Oh! que doce harmonia traz-me a brisa! Que música suave ao longe soa! Meu Deus! como é sublime um canto ardente.”

Não vou tratar aqui, do grande estadista, de umas das maiores inteligências brasileiras, pelo menos como é proclamado, Rui Barbosa. Desejo comentar sobre o político! Veja que coisa engraçada! O tempo passa, vão-se as pessoas, mas o mesmo pensamento mesquinho fica, quando algo contraria aquilo que se almeja.


O inferno moral, profetizado pelo Político Rui Barbosa, deu-se quando ele foi, fragorosamente, derrotado nas urnas por um cidadão que se encontrava na Europa, participando da conferência de Versalhes, e que se sequer sabia ter sido eleito. Este cidadão era nosso conterrâneo da Paraíba, Epitácio Pessoa, que viria a ser Presidente de 1919 a 1922.

Deste episódio pode se tirar várias conclusões, uma delas, de como esta mesma Oligarquia que aí está, trajada com outras fantasias, vem manipulando pleitos e mais pleitos, há décadas! Já pensou! – “ei bicho, tu fostes eleito presidente, volta ao Brasil!”. – “quem, eu?”. Outra, que eles só dão conta de um inferno imoral ou amoral, ou mesmo moral, quando se sentem derrotados.

Eleitor sinta-se a vontade! Você é inteligente e é possuidor do dom de discernir, de melhor pensar, de melhor comparar. Pese, conte e meça as suas duas últimas etapas vividas nestes últimos anos! Despreze, para seu julgamento, as décadas para trás, perdidas ou por você ou por seus ancestrais, e se concentre, apenas nestas três últimas gestões, uma de oito anos, sobre o signo de Fernando Henrique, outra de apenas três anos e 10 meses, sobre a batuta de Luis Inácio da Silva Lula, verifique sem paixão, com serenidade, aonde o Povo pode ser chamado de gente, pode ser levado à dignidade de cidadão!


Falar de barriga cheia é não escutar os gemidos da fome! Um salário mínimo que mal dava para comprar meia cesta e hoje se comprando duas cestas e meia, já é um dos reflexos da vontade férrea de um homem que quer ver aqueles gemidos da fome, apenas, na boca dos que querem fazer ouvido de mercador à voz do povão.

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Paulo Conserva

Quando soube do acometimento com o querido amigo e irmão Paulo Conserva entrei em contato com Letícia que me deu as coordenadas de onde ele se encontrava internado. Liguei para o hospital da Unimed, em João Pessoa,e falei com o platonista da CTI Coronariana, Dr.Antonio Carlos. Identifiquei-me como médico e pedi que me desse a situação pormenorizada do Paulinho. Ele me falou que foi um infarto bem extenso porque houve entupimento de uma artéria importante denominada de Artéria Descendente Anterior (que é responsável pela irrigação da parede anterior do músculo cardíaco). É como se a pessoa estivesse com o tórax aberto e você estivesse vendo o coração de frente. Foi colocado um "stent" que é uma mola dentro da artéria, forçando a sua abertura para que o sangue possa passar e a sua recuperação (após esta manobra que é feita durante o próprio cateterismo) só foi possível com choque cardiogênico ou seja estimulação elétrica para que o coração voltasse a pulsar. A lesão é séria e extensa porém Paulo foi mantido em consciência, evitando o coma induzido. Estou, aqui de São Paulo, em contato direto com os colegas da CTI da Unimed Coronariana, me colocando à disposição deles aqui no sul. Fiz este breve relatório mais detalhado para tranquilizar àqueles que, como eu, admiramos e gostamos do Paulo e sempre queremos saber mais detalhes. Ele está bem e vai ficar melhor.
Como diz o meu afilhado Reynolds: PENSE NISSO, MAS PENSE AGORA. Um abraço.
Antonio Soares da Fonseca Jr

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Dossiê: PF encontra prova da ligação do PT com dinheiro

Agência Estado - Após um dia de intensas buscas em casas de câmbio, bancos e instituições financeiras de São Paulo, a Polícia Federal encontrou a prova definitiva que liga o PT ao dinheiro - R$ 1,75 milhão - arrecadado pelo partido para pagar à família Vedoin pela compra e divulgação do dossiê anti-José Serra. A PF já tem os nomes de todos os envolvidos na operação de recolhimento do dinheiro - R$ 1,16 milhão e R$ 248,8 mil - e sua entrega em duas remessas aos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, que se encontravam hospedados no hotel Íbis, próximo ao aeroporto de Congonhas.

A PF descobriu que pelo menos dois emissários designados pelo Diretório Nacional do PT ficaram encarregados de resgatar os dólares nessas casas de câmbio e os reais em agências de três bancos em São Paulo e no Rio. Esses emissários são o elo para fechar toda a cadeia de comando da operação.

Até agora, sete petistas estão formalmente investigados como suspeitos de envolvimento direto com o escândalo. As diligências de hoje podem levar ao indiciamento de pelo menos outros cinco integrantes do partido. Eles devem responder a processo por crime eleitoral, ocultação de documentos de interesse da justiça, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A divulgação das informações, com os nomes dos responsáveis e a tipificação dos crimes de cada um, todavia, depende de uma checagem final que está sendo feita pelo Ministério Público e a PF, além de uma consulta ao juiz federal Marcos Alves Tavares, ao qual o processo está submetido, uma vez que o caso corre sob segredo de Justiça.

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Alckmin e Lula no segundo turno?

Se depender dos jornalistas e estudantes cadastrados no Comunique-se, Geraldo Alckmin e Luiz Inácio Lula da Silva vão para o segundo turno. O candidato tucano recebeu 34,94% das intenções de voto contra 25,01% do presidente da República que tenta se reeleger. O portal realizou uma enquete entre os dias 21/09 a 25/09 questionando intenções de votos para os cargos majoritários. O e-mail foi enviado para os usuários de todo o País com login e senha no Comunique-se. Destes, 3414 responderam.

Para realizar um trabalho consciente e responsável, o Comunique-se decidiu divulgar apenas os resultados dos governos dos Estados que tenham atingido mais de 30 votos. Treze Estados como o Acre, Amapá, Pará, Piauí, Roraima e Tocantins não atingiram este número e, portanto, não estão na lista abaixo para que os usuários confiram as intenções de voto.

Segundo o levantamento, as regiões Sul e Sudeste são as que mais contribuem para levar Alckmin para o segundo turno. Nas duas regiões, 39,58% e 37,21%, respectivamente, votariam no candidato do PSDB. Já o presidente Lula obteve mais votos nas regiões Nordeste e Norte, com 42,86% e 36,11%, respectivamente.

“Nessa eleição está havendo um descolamento, que é algo atípico, entre os eleitores de baixa renda e outros da classe média para cima. Como jornalistas e estudantes fazem parte da classe média, normalmente, isso reflete o resultado segmentado da pesquisa. A maior parte das elites está, majoritariamente, votando no Alckmin, enquanto a possível reeleição de Lula se dará graças ao apoio às classes C, D e E”, observa Helena Chagas, diretora de redação da sucursal Brasília do SBT.

Para a jornalista, a grande diferença de votos para Lula no Nordeste está coerente com o resultado de pesquisas divulgadas até então na imprensa. “A vitória dele no NE entre profissionais de imprensa é razoável, mas percebe-se uma proporção bem menor. Não acho que surpreenda”.

“Uma vez vencida a eleição, Lula vai ter que recompor o diálogo dele com os setores mais intelectualizados, com os quais o presidente tem mais problemas de comunicação. Uma das primeiras tarefas é retomar a conversa com estes setores, para poder governar com tranqüilidade”.

A senadora Heloísa Helena ficou em terceiro lugar, com 16,32% das intenções dos votos em todo o País. As regiões onde a candidata do PSOL tem mais votos são Norte e Centro-Oeste, com 18,06% e 17,77%, respectivamente.

O quarto lugar é de Cristovam Buarque. O ex-ministro da Educação recebeu 12,48% dos votos dos usuários do Comunique-se. As regiões nos quais ele mais se destaca são Norte e Nordeste, com 19,44% e 15,95%, respectivamente.

José Maria Eymael (PSDC) e Luciano Bivar (PSL) vão receber, segundo a enquete, 0,18% de votos. Ana Maria Rangel (PRP) teve 0,15%.

Na Bahia, haveria segundo turno entre Jacques Wagner (PT), com 46,7%, e Paulo Souto (PFL), que obteve 28%. Trinta e sete por cento dos jornalistas cearenses preferem Cid Ferreira Gomes para governador do Estado, enquanto 27,1% apostam na candidatura de Lúcio Gonçalo de Alcântara (PSDB). Arlete Avelar Sampaio (PT), candidata ao governo do DF, é o preferido, com 35,7% dos votos, enquanto José Roberto Arruda (PFL) teve 18,1%.

Ainda dependendo apenas dos jornalistas e estudantes, no Espírito Santo a eleição de Paulo César Hartung Gomes já estaria decidida: 57,8% dos entrevistados apostam no candidato do PMDB. Vinte por cento votariam em Antonio Sergio Alves Vidigal (PDT).

Em São Paulo, o preferido é José Serra, com 45,7%, enquanto Aloizio Mercadante (PT) tem 23,8% da preferência entre os jornalistas e universitários paulistas.

No Rio de Janeiro, Denise Frossard (PPS) está bem à frente de Vladimir Palmeira (PT), com 45,6%, contra 13,1%.

Nota-se muita diferença entre o resultado da enquete realizada pelo Comunique-se com seus usuários das pesquisas com a população brasileira divulgadas na mídia. No Rio, por exemplo, Sérgio Cabral (PMDB), que ficou em terceiro lugar na enquete do portal, com 10,5%, está em primeiro lugar nas pesquisas divulgadas na mídia.

Aécio Neves (PSDB), que deve ganhar já no primeiro turno com índice de 70% dos votos, conquistou entre os usuários do C-se 37,9%, pequena diferença com Nilmário de Miranda (PT), que teve 35,3%.

Confira abaixo as intenções de voto, lembrando que o Comunique-se só registra aqui os resultados dos Estados com mais de 30 participações na enquete:
Rainério