sábado, setembro 30, 2006

Uma dor de barriga seria mais digna

Danem-se as estratégias de marketing. Aliás, dane-se o marketing político. Nenhuma idéia, por mais brilhante que fosse, poderia tirar o presidente Lula do debate da TV Globo. Obrigação de ir não por ser candidato, mas exatamente por ser presidente. E pior: presidente querendo ficar.

Ora, e se quer ficar tem que pedir. Tem obrigação de prestar contas do que fez e do que não fez. A reeleição, meu Deus, existe pra isso. Não tem essa história de se esconder da ‘virulência’ e do ‘desespero’ dos adversários. Não se trata de ir em respeito a eles. Trata-se de respeito ao eleitor. Ao brasileiro.

Se ganhar no primeiro turno, poderia fazer ao menos um gesto de grandeza para com o seu governo: chamar Buarque de volta para Educação, Alckimin para Saúde e Heloísa para Articulação Política. Seria ideal: o Brasil de Lula um pouco menos Lula.

Com ausência no debate - que deixou claro o preparo do trio parada dura -o homem de quase 50% dos votos do Brasil deixou por cima 60 milhões eleitores seus sem ouvi-lo. Se especializou não apenas em ser o presidente que ‘nada ouve’ e ‘nada vê’. Lula aprendeu também a ‘nada falar’. Ao menos, que não permitam réplica.

Quando veio a João Pessoa, por exemplo, a agenda descartou entrevistas, porque entrevistas pressupõem perguntas. E o presidente não está preparado para isso. Aliás, não se sente na obrigação de passar por isso, como ficou claro na ausência do debate global. Para Lula, uma dor de barriga seria mais digna a justificar ausência. E não o medo dos ‘ataques ‘ dos adversários.

Cristão convicto, só conheço uma pessoa a quem não cabe questionamentos: Deus.

Detalhe

Se algum advogado do PMDB paraibano tiver amizade com o jurídico da campanha de Lula sinto que vou ter que responder a outra ação. E essa no TSE. Chique, né?!
Luis Torres

1 comentários:

Unknown disse...

Ai que saudade de Zé Limeira, o nosso poeta do absurdo, natural de Teixeira:
Minha cidade é Pernambuco
O meu estado é Pesqueira
Eu sou o rei do improviso
Que o Diabo queira ou não queira!

Jesus Fonseca