quarta-feira, setembro 27, 2006

Seqüestro forjado

Policia apresenta professor e cúmplice que armaram golpe contra escola do Valentina

A Polícia apresentou esta manhã o professor Cilas Ferreira Lima, 44, e seu cúmplice, José Machado da Nóbrega, 42, acusados de forjarem um seqüestro no último domingo. O objetivo era extorquir R$ 10 mil da direção do colégio CPDAC, que funciona no Valentina Fiqueiredo, periferia de João Pessoa.
O plano do seqüestro foi iniciado na semana passada. Os dois fizeram circular na escola que bandidos teriam enviado recados à direção, dizendo que iria seqüestrar um professor. O portador do recado tinha sido o professor Cilas. Na noite da sexta-feira, um grupo de professores foi até a Secretaria de Segurança, onde foi registrada uma queixa sobre as ameaças.
O seqüestro teria se concretizado na manhã do último domingo. Cilas teria sido abordado e seqüestrado, conforme versão apresentada por ele mesmo. O professor contou que dois homens em uma moto o abordaram e o raptaram. Como não tinha com ir os três na moto, um deles teria pego um ônibus, enquanto o professor seguiu como carona na moto, mesmo dizendo não ter visto nenhuma arma.
Cilas disse, em depoimento, que outros dois homens o esperavam em uma caminhonete preta. Ao entrar no carro, o professor teria tido os olhos vendados.
O professor contou que ele mesmo comunicou o seqüestro aos familiares, através de um telefone celular. De acordo com a Polícia, nesse momento Cilas apresentou contradições. Os policiais dizem que têm provas de que esses telefonemas partiram da casa na qual ele foi encontrado, na cidade de Coremas, e não da tal fazenda.
Ao se perguntado sobre como teria sido libertado, Cilas disse que fez um acordo com os seqüestradores, para que ele fosse liberado e prometeu ficar na casa de parentes, em Coremas. Disse que, após uma rápida reunião, os bandidos concordaram e o liberaram, permitindo que ele fosse para a casa de José Machado.
Ainda na noite do domingo, o secretário de Segurança, Harrison Targino foi acionado e determinou que os policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Gerência de Inteligência iniciassem as buscas. Na madrugada da segunda-feira, os policiais já sabiam que Cilas estava em Coremas. Ele foi localizado na casa de José Machado e recebeu voz de prisão, já que não havia nenhum seqüestro.
Após vários interrogatórios, José Machado acabou confessando para os policiais que tudo era mesmo uma armação para pegar R$ 10 mil, que a direção do CPDAC dispunha para uma reforma no colégio. Cilas inclusive já teria planos para o dinheiro, entre eles construir uma casa no Valentina.
Da redação WSCOM Online

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