sábado, maio 19, 2007

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Os amigos do acaso

Os amigos do acaso
São como as folhas de outono
Espalham-se rápido ao vento.
Os amigos de boêmia
São feito fogo de palha
E arduamente nos custam
Os olhos da cara.

Os amigos da onça
São parentes de "Judas"
Somos santos na presença
Crucificados na ausência.

Os amigos de trabalho
Se não houver nenhum tapete
Nos aplaudem , vão ao delírio
Em troca, pagamos o ingresso.

Os amigos interesseiros
Nos contatam diariamente
Mas, só pedem favores e favores
Esquecem até de dar "bom dia".

Mas, os amigos verdadeiros
Permanecem ao nosso lado
Em qualquer tempo...
De alguma maneira presente.

Os amigos do coração
São fiéis, acendendo o sentido da vida
Não importa a distância...
Sempre dão um toque de magia.

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Amigo para todas as horas

Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo?
- Ele está doente!
- Claro, mas o que ele tem??
O filho, com a cabeça baixa, diz:
-Tumor no cérebro
A mãe, furiosa, diz:
- E você quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai
Horas depois ele volta Vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe, com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima cai de seus olhos e, acompanhado de um sorriso,ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
- "EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VINHA!“

A amizade não se resume só em horas boas,alegria e festa. Amigo é para todas as horas, boas ou ruins,tristes ou alegres.

CONSERVEM SEUS AMIGOS! O VALOR QUE ELES TÊM NÃO TEM PREÇO

"A morte não é a maior perda da vida.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos"
Email de Edílio Bernardino

sexta-feira, maio 18, 2007

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Outdoor provoca ira de religiosos na Paraíba

Um outdoor colocado próximo à agência da Caixa Econômica Federal do campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) gerou enorme polêmica no último final de semana.

O anúncio, colocado em virtude da visita do papa Bento XVI ao país, traz um desenho do Sumo Pontífice acompanhado da seguinte frase: "a Igreja é uma praga!"

Palavras que, segundo o professor Henrique Magalhães, autor do outdoor, estariam de alguma forma ligadas à Igreja Católica, tais como "inquisição", "anti-semitismo" e "antigay", também aparecem no cartaz, que foi aprovado pelo departamento do comunicação da Universidade.

Estudantes católicos da UFPB e moradores das redondezas promoveram protestos, até que na manhã da terça-feira (15), Marcone Pontes Lima, funcionário do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba, destruiu o outdoor.

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AS DOENÇAS E VOCÊ

Muito interessante !!!

Segundo a psicóloga americana Loise L. Hay, todas as doenças que temos são criadas por nós. Afirma ela, que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo. "Todas as doenças tem origem num estado de não-perdão", diz a psicóloga americana Louise L. Hay.

Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar. Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento.

A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis
causas, elaboradas pela psicóloga Louise. Reflita, vale a pena tentar evitá-las:


DOENÇAS / CAUSAS:

AMIGDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.
ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.
APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.
ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.
ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.
ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.
BRONQUITE: Ambiente família inflamado. Gritos, discussões.
CÂNCER: Magoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.
COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.
DERRAME: Resistência. Rejeição a vida.
DIABETES: Tristeza profunda.
DIARRÉIA: Medo, rejeição, fuga.
DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de autovalorização.
ENXAQUECA: Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.
FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro.
FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.
GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.
HEMORROIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.
HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.
INSONIA: Medo, culpa.
LABIRINTITE: Medo de não estar no controle.
MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.
NÓDULOS: Ressentimento, frustação. Ego ferido.
PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.
PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.
PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.
PRESSÃO BAIXA: Falta de amor em criança. Derrotismo.
PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.
PULMÕES: Medo de absorver a vida.
QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.
RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.
REUMATISMO: Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.
RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.
RINS:Crítica, desapontamento, fracasso.
SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.
TIROÍDE: Humilhação.
TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.
ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.
VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.
recebido por email

quinta-feira, maio 17, 2007

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CAMPUS DA UFCG VEM MESMO PARA ITAPORANGA

Hoje ,dia 17.05.2007, a Rádio Correio do Vale noticiou em primeira mão que e o Campus Universitário da UFCG virá realmente para cidade de Itaporanga. A decisão foi totalmente técnica e os representantes da UFCG enviados pelo Reitor,dentre eles o Professor Trindrade, saíram cientes de que o campus será realmente instalado em nossa cidade.Em princípio discutiu-se a possibilidade de oferecer seis cursos,depois de convencionados com os prefeitos da região.
O Prefeito de Boa Ventura DUDU PINTO, disse que a prioridade agora é a AMVAP e os prefeitos adquirirem o mais rápido possível , o terreno para a construção do CAMPUS e que “não descansará enquanto isso não acontecer”. A comitiva da cidade de Conceição defendeu,junto com vários alunos, que realmente a cidade para se instalar o campus seja Itaporanga porque ela está geograficamente mais próxima de todas as cidades do Vale .
Ventilou-se a possibilidade da UFCG usar provisoriamente as dependências do Colégio Diocesano ,no que foi acatado pelos representantes do Reitor que levará a proposta para o Conselho e tudo indica, que se for acatado , ainda este ano serão incluído vagas para o Campus de Itaporanga, no final do ano.
Chegou a nossa vez...
por Reynollds

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"Precisamos nos unir", pede governador; "A Paraíba é maior", responde senador

Já iniciou reunião entre o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o senador José Maranhão (PMDB), que acontece na sala da Comissão Mista do Orçamento, em Brasília. ‘Sozinho, nenhum governador, senador ou deputado vai conseguir alavancar mais condições para a Paraíba’, defendeu Cunha Lima. ‘Precisamos nos unir’.

O senador admitiu que existem divergências entre ele e o governador, mas ponderou que pode superá-las. ‘A Paraíba é maior’, disse.

O senador chegou acompanhado por técnicos da Comissão de Orçamento, da qual é presidente, e do suplente, Roberto Cavalcante.

Maranhão lê documento técnico sobre o PAC Neste momento, Maranhão lê relatório produzido por técnicos sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele lista o que o PAC contempla para a Paraíba.

O governador ainda não expôs os projetos que deve apresentar. O clima entre eles é amistoso.

Também participam da reunião os senadores Efraim Moraes e Cícero Lucena, mais os deputados Wilson Santiago e Wilson Braga.


Cícero defende encontro com Maranhão para colocar Paraíba ‘acima de divergências políticas’

O senador Cícero Lucena (PSDB) afirmou que ‘desde o início foi um dos principais defensores em superar as divergências que existem no Estado’. Lucena tem classificado o encontro como de ‘grande importância’.

O encontro, entre o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o senador José Maranhão (PMDB), deve acontecer no gabinete da Comissão de Orçamento, por volta do meio dia. Já estão confirmadas as presenças dos deputados federais Wellington Roberto (PL) e Manoel Júnior (PSB), além do próprio senador Cícero Lucena (PSDB).

O tema principal do encontro é o acréscimo de investimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Paraíba e o possibilidade – já que o Estado tem o presidente da Comissão do Orçamento, o senador Maranhão, e os outros dois senadore (Efraim Morais/DEM e Cícero Lucena) fazendo parte da mesma comissão – construir um aporte maior de obras (e verbas) para o Estado.

Contra os lixões - Neste instante o senador participa de uma audiência pública na subcomissão de gerenciamento dos resíduos sólidos, que trata dos lixões, da qual é presidente.

A reunião, que foi proposta pelo senador, serve para analisar os problemas ambientais e sociais dos chamados lixões e deve acontecer até às 11h. Participam a representanta do Ministério das Cidades, Nadja Limeira Araújo, do Ministério do Meio Ambiente, Rudos de Noronha, e o professor de engenharia da USP, Edson Martins de Aguiar.

Assim que terminar a reunião Cícero deve se encaminhar para a Comissão Mista da Câmara, onde os líderes paraibanos irão se encontrar.

Por Rainério

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Trombone e piano nas Quintas Musicais

O trombonista Radegundis Feitosa e o pianista José Henrique Martins fazem Recital nesta quinta-feira, dia 17, às 21h, no Cine Bangüê do Espaço Cultural. O evento contará com a participação dos músicos convidados: na trompa, Radegundis Tavares; teclados, Roberto Medeiros; no baixo elétrico, Sérgio Galo; e na bateria, Glauco Andrezza.

A entrada é franca. Para assistir a está apresentação, a Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB) solicita que o público contribua com a doação de 1kg de alimento não perecível a ser doado ao projeto “São João com Fartura – Alimente essa Festa”, que a OSPB está apoiando.

quarta-feira, maio 16, 2007

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PROJETO GENOMA

Células-Tronco

Células-tronco são células capazes de multiplicar-se e diferenciar-se nos mais variados tecidos do corpo humano (sangue, ossos, nervos, músculos, etc.). Sua utilização para fins terapêuticos pode representar talvez a única esperança para o tratamento de inúmeras doenças ou para pacientes que sofreram lesões incapacitantes da medula espinhal que impedem seus movimentos.As células-tronco existem em vários tecidos humanos, no cordão umbilical e em células embrionárias na fase de blastócito. Pesquisas com células-tronco, porém, estão cerceadas pela desinformação ou por certas posições religiosas que vêem nelas um atentado contra a vida em vez de um recurso terapêutico que possibilitará salvar muitas vidas.

Caracterização das células-tronco

Drauzio – O que são células-tronco?
Mayana Zatz – São células que têm a capacidade de diferenciar-se em diferentes tecidos humanos. Existem as células-tronco totipotentes ou embrionárias, que conseguem dar origem a qualquer um dos 216 tecidos que formam o corpo humano; as pluripotentes, que conseguem diferenciar-se na maioria dos tecidos humanos, e as células-tronco multipotentes que conseguem diferenciar-se em alguns tecidos apenas.

Drauzio – No momento da fecundação, quando o espermatozóide fecunda o óvulo, começam as primeiras divisões celulares e surgem as células totipotentes que vão obrigatoriamente dar origem a todos os tecidos do corpo. Essas células permanecem no indivíduo pelo resto da vida?
Mayana Zatz – As totipotentes não. Elas existem até quando o embrião atinge 32 a 64 células. A partir daí, forma-se o blastocisto cuja capa externa vai formar as membranas embrionárias, a placenta. Já as células internas do blastocisto, que são chamadas de totipotentes, vão diferenciar-se em todos os tecidos humanos.

Drauzio – Quer dizer que para obter uma célula totipotente é preciso pegar um óvulo fecundado e colhê-la nas primeiras divisões?
Mayana Zatz – Precisam colhê-la até a divisão em 64 células. Indicam as pesquisas ainda em andamento que até 14 dias depois da fecundação, as células embrionárias seriam capazes de diferenciar-se em quase todos os tecidos humanos. Depois disso, começam a dar origem a determinados tecidos.
Os adultos conservam células - por exemplo, na medula óssea - que têm a capacidade de diferenciar-se em vários tecidos, mas não em todos. Elas também existem no cordão umbilical, mas já são células-tronco adultas que não conservam a capacidade das células embrionárias.

Drauzio – Quando se trabalha com reposição de tecidos, é possível pegar células pluripotentes da medula óssea, ou seja, do tutano do osso, aquele tecido gorduroso que vai dar origem aos elementos do sangue, e obrigá-las a transformar-se, por exemplo, em neurônios no cérebro?
Mayana Zatz – Essa é a grande questão. Alguns anos atrás, quando se começou a trabalhar com células-tronco, os estudos diziam que sim, mas agora isso está sendo questionado. Um exemplo é o grupo de pesquisadores do Rio de Janeiro que fez um trabalho com células-tronco em pessoas cardíacas. Hoje se discute se realmente essas células se diferenciaram em células cardíacas ou se simplesmente melhoraram a irrigação do coração.
No momento, a única coisa a respeito da qual se tem certeza é que as células-tronco de origem embrionária conseguem diferenciar-se em todos os tecidos do organismo.

Células-tronco no cordão umbilical

Drauzio – Estou insistindo nisso, porque constitui um ponto crucial do debate que se estabeleceu sobre as células-tronco, essas totipotentes que podem diferenciar-se em qualquer tecido e têm de ser buscadas nas primeiras fases de desenvolvimento do embrião. Se pudermos obter as células pluripotentes que persistem na vida adulta, parte do problema estaria resolvida.
Mayana Zatz – Esse é um ponto crucial, especialmente se considerarmos que o cordão umbilical, fonte de células-tronco melhor do que a medula espinhal, vai para o lixo quando o bebê nasce. Por isso, estamos brigando para que se façam bancos públicos de cordões umbilicais, apesar de não sabermos se as células-tronco neles existentes têm mesmo a capacidade de diferenciar-se em outros tecidos e, caso tenham, em que tecidos poderão diferenciar-se.
No entanto, como já não se discute mais que o cordão umbilical é a melhor fonte células para tratamento da leucemia e de inúmeras outras doenças hematológicas e como se estima em praticamente 100% a chance de encontrar uma amostra compatível num grupo de dez a doze mil amostras de cordões, a criação desse banco estaria plenamente justificada.

Drauzio – Como funcionariam esses bancos de cordão umbilical?
Mayana Zatz – Quando uma pessoa tem leucemia, é preciso procurar um doador compatível e se tenta achá-lo na família do doente, por exemplo, numa irmã ou num primo que possa doar a medula óssea. Às vezes, o paciente tem a sorte de conseguir; às vezes, não e entra numa fila à espera desse doador compatível, um adulto que esteja disposto a doar sua medula.
Imagine, porém, que existam bancos de cordão umbilical com células-tronco boas para o tratamento da leucemia. Se houver 12 mil, 15 mil amostras, certamente será encontrada uma compatível, o que tornará desnecessária a procura de um parente para doação. O processo é semelhante ao dos bancos de sangue, com a diferença de que o sangue tem menos combinações possíveis.

Mistério da diferenciação

Drauzio – Vamos imaginar que por alguma razão, experimento científico ou tentativa de tratamento de uma doença, seja necessário colher essas células totipotentes que são capazes de diferenciar-se em qualquer tecido. O potencial teórico de possibilidades de tratamentos com essas células é tão variado que, pessoalmente, não consigo sequer enxergar seus limites. Você poderia explicar como essas células retiradas do embrião se transformariam em tratamento para as mais diversas doenças?
Mayana Zatz – É preciso deixar o embrião chegar à fase de blastocisto, isto é, com 64 células, o que leva no máximo cinco dias. É fundamental deixar claro o processo para as pessoas entenderem o que pretendemos.
O blastocisto é um montinho de células menor do que a ponta de uma agulha, e ninguém está pensando em destruir embriões, muito menos fetos. A idéia é cultivar essas células em laboratório de maneira que se diferenciem no tecido desejado.
O corpo humano, porém, guarda um mistério que ainda não foi decifrado. Como se sabe, depois da fecundação, a célula se divide em duas, de duas em quatro, de quatro em oito e assim sucessivamente até atingir a fase de algumas centenas de células com o poder de diferenciar-se em qualquer tecido. No entanto, em determinado momento, elas recebem uma ordem e umas se diferenciam em fígado, outras em ossos, sangue ou músculo, por exemplo. Daí em diante, todas as suas descendentes, de acordo com essa mesma ordem, continuarão diferenciadas: a célula do fígado só vai dar origem a células do fígado; a do sangue, só a células do sangue. Não descobrimos, ainda, como funciona essa ordem que a célula recebe para diferenciar-se nos diferentes tecidos.
Em nossas pesquisas, estamos utilizando células-tronco do cordão umbilical e cultivando-as junto com células musculares. Como trabalho com doenças neuromusculares, quero que elas se diferenciem em músculo.

Drauzio – Como está sendo desenvolvida essa pesquisa?
Mayana Zatz – Na verdade, estamos fazendo duas pesquisas. Uma estudando só os resultados do contato, da vizinhança entre a célula-tronco e a célula muscular. A segunda, cultivando a célula muscular e utilizando o meio de cultura para colocar a célula-tronco ainda indiferenciada a fim de verificar se naquele meio existem os fatores necessários para sua diferenciação em célula muscular.
Como já disse, meu interesse nesse tipo de célula vem do meu trabalho com doenças neuromusculares. Há pessoas que nascem normais, mas a partir de determinada idade começam a perder musculatura por defeito do músculo ou dos nervos que deveriam estar enervando aquele músculo. Nas formas mais graves, a doença acomete meninos de 10, 12 anos que perderam a massa muscular e estão numa cadeira de rodas. Nosso objetivo com a pesquisa é, a partir de células-tronco, tentar substituir o tecido muscular que está se perdendo, o que de certa forma é uma maneira sofisticada de se fazer um transplante.

Drauzio – Você tem feito isso a partir de células colhidas do cordão umbilical?
Mayana Zatz – Essas são as únicas células que posso conseguir. Infelizmente, a lei não permite o trabalho com células embrionárias.

Reação paradoxal

Drauzio
– Quero discutir esse ponto porque raras áreas da ciência criaram dificuldade tão grande de comunicação com a sociedade como essa do trabalho com células-tronco, justamente porque, para obter células totipotentes, é preciso fecundar um óvulo (o que é feito “in-vitro”, não dentro do útero materno) e esperar multiplicar algumas vezes para obter a célula-tronco. Isso criou um debate, a meu ver descabido, que é o debate do abortamento, como se estivesse sendo feito um pequeno abortamento “in-vitro”.
Ora, se pegarmos um adolescente que foi parar num hospital depois de um acidente de moto e através de vários exames for constatada sua morte cerebral, se a família estiver de acordo, estamos autorizados a retirar o coração e outros órgãos para transplantá-los numa pessoa que precise. A sociedade não só aceita esse ato da medicina como o considera louvável. No entanto, qual foi o princípio que orientou esse procedimento? O sistema nervoso tinha deixado de funcionar, não havia mais condição humana e a vida era apenas vegetativa. Agora, se pegarmos um óvulo, esperarmos que se multiplique em poucas células, nas quais não existe o menor esboço de sistema nervoso central, considerar isso um atentado contra a vida não parece, no mínimo, uma coisa do outro mundo?
Mayana Zatz – Acho que é uma coisa do outro mundo e que existe muito desentendimento e desinformação, porque a proposta é usar os embriões que sobram nas clínicas de fertilização e vão para o lixo.
Veja o que acontece. O casal tem um problema de fertilidade, procura um centro de fertilidade assistida, juntam-se o óvulo e o espermatozóide e formam-se os embriões. Normalmente são dez, doze, quinze embriões, alguns de melhor qualidade, mas outros malformados que não teriam a capacidade de gerar uma vida se fossem implantados num útero e vão direto para o lixo. Esses embriões descartados serviriam como material de pesquisa para fazer a linhagem de células totipotentes.
A segunda hipótese refere-se aos casais que já implantaram os embriões, tiveram os filhos que queriam e não vão mais recorrer aos embriões de boa qualidade que permanecerão congelados por anos até serem definitivamente descartados.

Drauzio – E esses também vão morrer…
Mayana Zatz – Esses embriões têm potencial de vida baixíssimo. Muitos teriam potencial zero mesmo que fossem implantados. No entanto, sabe-se que não serão aproveitados e que, um dia, também serão jogados no lixo.
Por incrível que possa parecer, quando se discute a utilização desses embriões, o que mais se ouve dizer é que estamos destruindo vidas. Na verdade, se há alguma destruição é a das pessoas com doenças letais que estão perdendo a possibilidade de serem tratadas a partir de células-tronco embrionárias. Embora não se possa afirmar ainda que esse tratamento exista, segundo tudo indica, é enorme potencial que elas oferecem para consegui-lo.

Contra a vida

Drauzio – Você não acha que os indivíduos que se opõem a esse tipo de pesquisa em nome de uma pretensa defesa da integridade da vida, na verdade estão agindo contra a vida porque impedem que pessoas, estas sim vivas, tenham condições de defender-se de doenças gravíssimas, como essa a que você se referiu?
Mayana Zatz – Sem dúvida. Quem proíbe esse tipo de pesquisa é contra a vida. Eu queria ver se alguém com o filho na cadeira de rodas, sabendo que ele está condenado, teria a coragem de olhar nos olhos dessa criança e dizer: “Olha, o embrião congelado é mais importante do que a tua vida!”
Por isso, defendo que é preciso ouvir as pessoas portadoras dessas doenças, porque representam um drama enorme que a população desconhece. Quando se fala em tratamento, em geral se pensa em Parkinson e Alzheimer, doenças extremamente importantes, mas que acometem pessoas mais velhas. O drama maior enfrentam as crianças e jovens que estão morrendo e das quais se está tirando a única esperança de tratamento.

Drauzio – Considerar que um óvulo fecundado por um espermatozóide num tubo de ensaio, depois de três ou quatro divisões, é uma vida com o mesmo direito da criança que está na cadeira de rodas, sentindo-se cada vez mais incapacitada, é revoltante. Nesse caso, não seria exagero encarar a masturbação masculina como um genocídio em potencial.
Mayana Zatz – Nesse sentido, toda a vez que a mulher menstrua também perde a chance de ter um óvulo fecundado e está desperdiçando uma vida naquele momento.
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Mayana Zatz é professora de Genética Humana e Médica do Departamento de Biologia, Instituto de Biociências da Universidade São Paulo, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano – IB -, presidente da Associação Brasileira de Distrofia Muscular e membro da Academia Brasileira de Ciências.

Enviado por Francisco Nanziozeno Paiva

Para Saber Mais:

terça-feira, maio 15, 2007

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Oração celta

Que

Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalante ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável!
Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e atua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.
Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu acalanto secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!

Autor Desconhecido

segunda-feira, maio 14, 2007

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O amor na velhice

Uso sempre a palavra velho (ou velha)... Não gosto, quem me lê já sabe, de idoso ou terceira idade... Ai, isso até me dói.... rs..., pela tentativa de falsidade que encerra. A palavra velho implica numa carga de sabedoria e experiência que nos dá a vida à medida em que vivemos. E dessa carga também quero falar.

Eu, pessoalmente, recebo uma série de observações que poderiam até parecer desagradáveis e indelicadas. Só que não as sinto assim porque as acolho com serenidade. Por falar eu de amor, e por amar de verdade, muita gente entende que sou atrevida, ridícula, inconseqüente etc. etc.... E, o estranho disso é que não ouço tais críticas de pessoas jovens, mas de pessoas que estão caminhando para o auge da maturidade cronológica e atribuem a mim os fantasmas da própria velhice que se aproxima. Os jovens, em geral, admiram minha coragem de amar e declarar meu amor. Para eles, quase sempre, a idade fica em segundo plano, não influi na relação ou no diálogo. Mais ainda, eles até se declaram egoístas, querendo aprender e sorver a sabedoria do velho com quem se relacionam como amores ou como amigos. Daí eu concluir que aqueles que tentam anular o direito de amar dos velhos, estão apenas refletindo neles seus próprios medos, sua incapacidade de amadurecer o amor na medida em que amadurecem em idade.

É simples encarar a equação. Ninguém, em seu perfeito juízo, negaria ao velho os direitos todos que a vida lhe dá: comer, dormir, divertir-se, trabalhar, enfim, exercer plena e conscientemente a vida que pulsa. Por que negar-lhes o direito ao amor e ao sexo? Se isso fosse normal, certamente esses desejos legítimos e saudáveis se arrefeceriam com o passar do tempo. Se não arrefecem é porque a natureza sábia reconhece sua validade. E, pelo que constatamos, a libido não tem mesmo idade... Ela pede e grita no velho como pedia e gritava no jovem que ele foi. E como aceitar uma restrição que venha de fora? Como ceder à pressão e se enclausurar, renunciar a viver esse lado exultante do eu?

Pensemos um pouco em nossos antepassados: pais, avós, familiares que se entregaram a um marasmo na velhice por não terem força para lutar contra preconceitos terríveis e tão propalados que eles próprios os assumiam. O homem era até mais prejudicado, pois vivia perseguido pela "fatalidade" da impotência "obrigatória" depois de certa idade. E a grande maioria ficava impotente mesmo, pelo poder da sugestão. Os progressos da medicina vieram em seu socorro e hoje o problema, se aparece, é contornável. As mulheres não eram estigmatizadas por essa terrível previsão, mas o eram pelos preconceitos e se fechavam em conchas a partir de certa idade, acreditavam que a menopausa as tornaria menos fêmeas e menos desejáveis. E está fechado o círculo: casais velhos, frustrados e infelizes, apenas sentados indefesos na sala de espera da morte. E assim vimos ou temos notícias de tantos entes queridos que definharam depois de nos darem a vida, a educação, a sua sabedoria, para que seguíssemos felizes os nossos caminhos. E eu pergunto: isso é justo?

Convoco os ainda jovens para que abram suas mentes e preparem seu futuro de velhos. Só assim chegarão à velhice com a dignidade e a sabedoria que torna os velhos realistas, felizes e seguros. Seus preconceitos de hoje, se existem, os tornarão certamente velhos amargos, vítimas de si mesmos, das crenças errôneas que acumularam e deixaram que se cristalizassem.

Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos, esclarecer aos jovens suas posições e mostrar-lhes as verdades que viveram e que os tornaram melhores. Entreguemos o amor ao ser amado, sem vergonha e sem medo, e vivamos esse amor intensa e completamente, na alma e no corpo. Se disserem que idade não é documento..., mostremos que é sim, documento importante porque repleto de experiência e de aprendizagens muitas vezes à custa de sofrimento. Somos todos lindos, independente de aparência física, porque é linda nossa alma e linda a nossa coragem de amar! Portanto, não nos enterremos antes da hora. Vivamos, vivamos! No momento certo, outros nos enterrarão, gratos pelas lições que lhes deixamos.
Por Cora Coralina

domingo, maio 13, 2007

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SER MÃE

Antes de ser mãe eu fazia
e comia os alimentos ainda quentes

Eu não tinha roupas manchadas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.

Antes de ser mãe eu dormia
o quanto eu queria
e nunca me preocupava
com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de
escovar OS cabelos e OS dentes.

Antes de ser mãe eu limpava
minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos
nem pensava em canções de ninar.

Antes de ser mãe eu não me preocupava
se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas eram
coisas em que eu não pensava.

Antes de ser mãe ninguém vomitou nem fez xixi em mim,
nem me beliscou sem nenhum cuidado,
com dedinhos de unhas finas.

Antes de ser mãe eu tinha
controle sobre a minha mente,
meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos.
... eu dormia a noite toda ...

Antes de ser mãe eu nunca tive
que segurar uma criança chorando
para que médicos pudessem
fazer testes ou aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando
pequeninos olhos que choravam.
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz
com uma simples risadinha.
Eu nunca fiquei sentada horas
e horas olhando um bebê dormindo.

Antes de ser mãe eu nunca
segurei uma criança só por
não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar
quando não pude estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma
coisinha tão pequenina pudesse
mudar tanto a minha vida.
Eu nunca imaginei que pudesse
amar alguém tanto assim.
Eu não sabia que eu adoraria ser mãe.

Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação
de ter meu coração for a do meu próprio corpo.
Eu não conhecia a felicidade de
alimentar um bebê faminto.
Eu não conhecia esse laço que
existe entre a mãe e a sua criança.
Eu não imaginava que algo tão pequenino pudesse
fazer-me sentir tão importante.

Antes de ser mãe eu nunca me
levantei à noite a cada 10 minutos
para me certificar de que tudo estava bem

Antes de ser mãe eu não sabia
que poderia ser tão feliz

Obrigado Senhor pela benção de
SER MÃE

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DIA DAS MÃES

SER MÃE

É sempre estar cansada
de nunca ficar parada,

de ter sempre o que fazer.

É engolir quase inteiro
não demorar no banheiro
e se aprontar sem se ver...

É acordar de madrugada;
é não dormir quase nada
se um filho adoecer.

De novo ler escurinhas,
os contos da carochinha,
Para o filho adormecer.

É interromper a novela,
quando está no melhor dela,
para o filho atender.

É inventar pratos “mil”,
É estudar outra vez, se um filho, com fastio,
todo o curso que já fez, inventar de não comer.
para o filho aprender.

Outra vez brincar de “roda"
É ouvir musicas “chatas” e esta por dentro da “moda”
e esquecer as serenatas, quando a filhinha crescer.
que só lhe davam prazer.

É curtir uma “quadrilha”
quando é a sua filha
que vai dançar pra valer.

por Sueli Brasilino