sábado, março 17, 2007

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O risco de termos a TV-hora do Brasil

Milton Coelho da Graça (*)
“Fico surpreso como as pessoas não estão vendo que, daqui a cinco anos, as pessoas vão rir da televisão que temos hoje”. Foi Bill Gates, supostamente o sujeito que mais tem condições de vislumbrar o futuro nessa área. E disse para todo o mundo ouvir, lá em Davos, na Suiça, diante dos outros 499 homens mais ricos do mundo.

Será que o ministro Hélio Costa está antenado nesse trailer apresentado pelo homem mais rico do mundo. Será que leva em conta, nos planos para uma supertevê estatal de informações, que o surgimento da internet de alta velocidade e a popularidade de sites como YouTube estão causando a queda, em todo o mundo, do tempo que os jovens passam diante de um aparelho de TV?

Quando a gente ouve a Hora do Brasil no rádio, praticamente igual ao que era há 20 ou 30 anos atrás tanto no formato como na substância - tem de duvidar, não? Alguém já se deu ao trabalho de somar os índices da TV Justiça, TV Câmara, TV Senado e todo o resto pago com impostos? E o que essas emissoras custaram em termos de investimento?

Duas maneiras de ver o mesmo fato

Supostamente – porque nada foi explicado oficialmente, só por fofocas – Franklin Martins saiu da Rede Globo porque suas análises tendiam a favorecer opiniões do governo. Algumas semanas depois, Franklin Martins também saiu da Band para ser o número 1 nos planos para a montagem de uma ampla rede estatal de notícias.

Há uma leitura óbvia: a de se confirmar, pelo menos oficialmente, a versão divulgada por más línguas. Mas corre também agora uma versão diferente, porque as más línguas, como todos sabemos, estão em qualquer canto de nosso país.

E essa versão diz que a Rede Globo – sempre muito bem informada sobre o que ocorre no Ministério das Comunicações – antecipou que Franklin Martins seria o nome mais desejado pelo ministro Hélio Costa. E achou melhor criar uma novela (tipo das 9, sempre com muitas surpresas) para até facilitar essa nomeação e evitar que o Franklin e ela própria ficassem sujeitos a críticas e ataques dos inimigos do plim-plim.

Se não é verdade, é bem bolado, dizem os italianos cínicos.

A volta de Collor e a falta de caráter

Estamos todos vendo, estupefatos, a reação dos colegas senadores ao retorno político do ex-presidente Collor. Houve até choro, de emoção ou de alegria, pelo retorno de um grande injustiçado. Ninguém mencionou P.C. Farias, os cidadãos comuns que revelaram a verdade. Pior, os "caras pintadas", os jovens que foram às ruas pedir a restauração do caráter na política brasileira, foram apontados como os responsáveis por exageros, excessos.

Não vale a pena citar nomes, porque na verdade foi um FEBEAPÁ, como diria o bom - e que faz tanta falta! -Stanislaw Ponte Preta. Vergonha mesmo só demonstrou quem ficou calado ou não apareceu no plenário.

(*) Milton Coelho da Graça, 76, jornalista desde 1959. Foi editor-chefe de O Globo e outros jornais (inclusive os clandestinos Notícias Censuradas e Resistência), das revistas Realidade, IstoÉ, 4 Rodas, Placar, Intervalo e deste Comunique-se.
por Rainério

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Novas tecnologias, novos vícios

Por María Guillén (EFE)

Álcool, tabaco, jogo, sexo ou drogas. Estas são as dependências mais conhecidas e censuradas pela sociedade. Mas há outros vícios freqüentemente aceitos que podem ser igualmente nocivos, como a dependência ao telefone celular, ao computador, a Internet ou mesmo ao trabalho. Fruto das novas tecnologias, estas manias não são tóxicas, mas reduzem nossa liberdade e alteram nosso comportamento social.

As novas tecnologias não apenas tornam nossa vida mais fácil, também produzem mudanças nos hábitos. Seu uso compulsivo pode provocar patologias relativamente novas, como o vício em Internet ou telefone celular, surgido há pouco mais de dez anos, embora em países como EUA tenha uma trajetória mais longa.

Um fato importante é que o consumo excessivo destas tecnologias se emoldura dentro dos padrões da sociedade moderna, por isso o indivíduo não costuma ser consciente de seu problema. Assim, as pessoas afetadas, embora percam seu poder de autocontrole, não costumam pedir ajuda.

O caso mais extremo das conseqüências que pode ter a dependência nas novas tecnologias aconteceu há poucos dias quando um jovem de 28 anos morreu de um ataque cardíaco, após passar cinqüenta horas seguidas jogando computador em um "cibercafé". Segundo a Polícia da cidade sul-coreana de Daegu, o rapaz passou suas últimas horas "enganchado" a um jogo de estratégia com o qual estava obsessivo. Apenas parava para ir ao banheiro, até que finalmente o esgotamento acabou com seu coração.

Por sorte, estes fatos não ocorrem todos as dias. Mas é certo que as pessoas inseguras, imaturas, incapazes de resolver problemas, instáveis emocionalmente ou com tendência a buscar o prazer de forma imediata são as mais inclinadas a cair na dependência no uso de Internet ou telefone celular.

Estes meios são o ingrediente perfeito para se evadir da realidade estressante e compensar, de maneira fictícia, nossas carências. Assim, o que começa como uma solução, acaba se transformando em uma conduta obsessiva, que origina o abandono das obrigações familiares, trabalhistas e culturais. No entanto, hoje o problema é que esta patologia é cada vez mais freqüente nos jovens.

Como explica o doutor Otín Grasa, um dos profissionais responsáveis pelo site "adictosainternet.com", "no princípio, os usuários da rede eram empresários e profissionais, aumentando paulatinamente para a população em geral, sendo os mais jovens os que têm maior risco de vício, especialmente os adolescentes. A telefonia celular, em constante desenvolvimento, facilita agora o acesso a chats de Internet e são esses adolescentes os que cada vez mais dispõem de celulares".

Shutdown Day: você consegue?

Está programado para o dia 24 de março, o primeiro Shutdown Day, 24 horas com o computador desligado pra se fazer "outras coisas".

No site da iniciativa há um placar ("consigo" x "não consigo"), onde o "consigo" vai ganhando com folgada margem. Como cai num sábado, a dificuldade de se livrar da ferramenta diminui um pouco e facilita o shutdown. Há ainda um espaço para discussão, onde as pessoas opinam e dizem o que farão no dia sem computadores.

"Ir ao cinema", "ver um DVD", "ler jornal do papel", são sugestões. Eu desligaria pra passar um dia totalmente isolado de qualquer tipo de informação, provavelmente no mato ou na praia.

E você? Desliga ou não desliga?

sexta-feira, março 16, 2007

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Ministérios de Brincadeira

O presidente Lulla explicou o porquê da manutenção de Fernando Haddad, um professor universitário, no ministério da Educação e da escolha de José Temporão, um médico, para a Saúde.

“Eu acho que tem duas coisas que são fundamentais no Brasil: Educação e Saúde. Com isso, a gente não brinca, a gente não partidariza, a gente monta o governo com as pessoas que têm competência, com as pessoas que têm capacidade de montar um bom governo. Porque, na Saúde, se você brincar, é morte. Na Educação, se você brincar, é um analfabeto”, disse o presimente.

Sei que esse negócio de afirmar todo dia que Lulla fala besteira pode ser um tanto cansativo. O diabo é que Lulla fala besteira todo dia. Até porque ele fala todo dia. O que ele mais faz é falar.

Não há outra leitura possível. Lulla está dizendo que técnicos mesmo, segundo sua opinião ao menos, são os dois ministérios que ele citou: Saúde e Educação. Nos demais, ele “brinca”, “partidariza”, põem gente sem competência, sem “capacidade de montar um bom governo.

O evento era da Educação, pasta em que será confirmado Fernando Haddad, depois de forte pressão de petistas para que ele nomeasse Marta Suplicy para o cargo. Eu sei o que tenho contra a ex-prefeita porque conheço São Paulo. Mas e o petista Lulla? A fala corresponde a uma humilhação pública. O presimente disse por que não a nomeou para essa pasta. Para alguma outra, em que ele possa “brincar” e “partidirizar”, tudo indica, ela serve...

Depois de deixar claro em que conta tem os demais ministérios, sentiu-se obrigado a arrematar, todo retórico: “(...) na Saúde, se você brincar, é morte. Na Educação, se você brincar, é um analfabeto”.

Boa! Então vamos lá:

- Na Defesa, se você brincar, morrem 154 pessoas de uma vez só, e os aeroportos param;

- Na Reforma Agrária, se você brincar, as mortes no campo duplicam;

- Na Agricultura, se você brincar, leva o setor à inadimplência;

- Na Previdência, se você brincar (e Lulla deve brincar com Carlos Luppi), quebra o país;

- Nos Transportes, se você brincar, as estradas viram um queijo suíço assassino...

A lista de “brincadeiras” do homem é gigantesca. Tem o tamanho de seu Ministério. Não custa observar que, na Saúde, ele já brincou, quando entregou a pasta a Humberto Costa.

por Rainério

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LIÇÃO ESPÍRITA N° 26 - COMPROMISSO (Uma amigo poeta)

COMPROMISSO

Alguns fazem pouco caso,
Outros calam em gesto omisso.
Não estamos aqui por acaso,
Todos temos um compromisso.

É um compromisso sério
Acordado com o criador.
Por isso a tanto mistério,
Envolvendo tanta dor.

Prantos lavam consciência,
A dor traz a elevação.
Com amor e paciência
Se atinge a perfeição.

Não se deve desistir,
Diante de um fracasso,
Antes deves persistir,
Só assim se acerta o passo.

Poema do Espírito: Um amigo Poeta
Recebido pela médium: Lúcia em Catingueira-Pb

quinta-feira, março 15, 2007

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Currículo do Ministro Tarso Genro


1. Candidato a governador do RS em 2002 no rastro de Lula-presidente: perdeu a eleição.

2. Designado para presidir o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Esse nunca funcionou.

3. Nomeado ministro da Educação. Disse que faria uma revolução no ensino superior. Nada aconteceu. O fato de maior relevo foi ter contratado a gráfica que fez sua campanha para governador e lhe dar serviço, que disseram era compensação de dívidas de campanha.

4. Designado presidente do PT na crise do mensalão. Depois de algumas semanas, desistiu.

5. Nomeado ministro de coordenação política. A base do governo desintegrou em 2006 e o governo perdeu todas.

6. Coordenador junto à câmara de deputados do processo sucessório. Seu candidato só não perdeu pelo conchavo paulista de parte do PSDB.

7. Coordenador da reforma ministerial. Uma trapalhada que até agora não culminou.

8. Nomeado ministro da Justiça. Que Deus nos proteja!
por Rainério

quarta-feira, março 14, 2007

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Jornalista esculhamba o Nordeste e é alvo de indignação

O artigo de um jornalista paranaense, chamado Alex Gutemberg, na coluna Atmosfera da Nação, do Estado do Paraná, está causando revolta em alguns pernambucanos.
Mesmo correndo o risco de ser taxado de bairrista, como quando escrevi ontem a nota frisando o caso da novela Paraíso Tropical, estou publicando o texto e abrindo o debate.
O primeiro a mostrar indignação foi o superintendente geral da Fundação Gilbeto Freyre, Gilberto Freyre Neto, que recebeu o artigo de um amigo do Sul. Ele classificou a abordagem como arrogante.
A jornalista Leda Rivas, outra leitora atenta do ex-Blog do JC, também ficou indignada.
No artigo, o jornalista diz que o Nordeste brasileiro é um mundo à parte e que o Nordeste é uma civilização estranha, formada por miseráveis. Também afirma que as cidades nordestinas são imundas e que o crime compensa. Diz que os nordestinos não têm noção de limpesa ou educação. Considera o Nordeste um mundo diferente, longe da globalização. No final, demonstrando superioridade, encerra dizendo que não sabe o que se passa na cabeça desse povo mal alimentado.
Leia o artigo logo abaixo e diga se o rapaz foi discriminatório e insolente contra o povo nordestino.
Caso queiram demonstrar sua admiração com o autor, o endereço eletrônico do jornalista é: alexgute@pron.com.br
Já o endereço eletrônico do jornal é: mussa@parana-online.com.br

Um Mundo que Parou no Tempo
Alex Gutemberg
Texto publicado no jornal O Estado do Paraná, em 11 de 02 de 2007

O Nordeste brasileiro é um mundo à parte. O que os portugueses fizeram com o povo da região, durante 4 séculos, foi criminoso. Usaram as índias. Ou melhor, estupraram as índias aos milhões e depois as pobres negras escravas.

Obviamente não assumiram as proles, pelo contrário, deixaram as coitadas grávidas, os maridos traídos na marra e ainda acabaram com as virgens indígenas, que não tinham a menor idéia do que estava se passando. O custo social disso tudo foi gigantesco. Todo brasileiro sofre até hoje.

Essa violência criminosa destruiu várias sociedades de tribos nordestinas, humilhou ainda mais as negras e os negros e gerou uma civilização estranha, de miseráveis, com poucas oportunidades, que influencia uma nação e não consegue se desenvolver por causa dessa contínua falta de assistência.

Eles estão mais sujeitos a doenças, aos problemas sociais e a violência do que o povo do Sul do Brasil. Não resistem.

Essas contínuas gerações de mamelucos e cafuzos, resultado de uma miscigenação desenfreada - e aqui um parêntese, não existe preconceito nesta afirmação, pois os brancos não podem nem viver perto de índios para não contaminá-los com nossas doenças esquisitas, quanto mais ter relações consangüíneas, sofre diariamente. Passa fome continuamente.

Eles têm seus direitos sociais e civis cassados pelas minorias brancas, pelos políticos e até mesmo por seus conterrâneos. O trabalho escravo persiste por todos os cantos.

O que se ouve de Salvador a São Luís são avisos constantes aos turistas, ou a quem tem a pele branca: cuidado, não saia com a máquina fotográfica. Não saia com esse tênis, não leve dinheiro para a rua. Cuidado na praia, os ladrões estão em todos os cantos.

A liberdade não existe entre eles. Existe sim o medo crônico, uns dos outros, às vezes de pessoas maltrapilhas e famintas, que podem ser bandidos ou apenas mendigos.
O povo nordestino vive num mundo à parte. As cidades são imundas, o crime compensa e a exploração por meia dúzia de coronéis em cima do retirante, do miserável é uma constante infinita. Eles não têm noção de limpeza, de educação, de respeito entre eles mesmos. São muito hospitaleiros.

O povo de uma maneira geral, trata bem o sulista. Entretanto, acham que o futuro da humanidade está nos Bolsas-Esmolas do Lula, que, certamente será o novo Padim Padre Cícero da região. Um santo.

Nesse mundo diferente, longe da globalização, até os ricos e mais letrados acreditam no Lula, no governo petista. Pior, sabe lá o que se passa na cabeça desse povo mal alimentado, para adorar seus políticos, como Inocêncio de Oliveira, Antônio Carlos Magalhães, José Sarney e clã, entre outros.


Para pensar no domingão

Cenas do cotidiano nordestino
Na sexta-feira, 2 de fevereiro, por volta das três hora da tarde. no calçadão da praia Porto da Barra, em Salvador, os camelôs apresentavam seus produtos. Os turistas tiravam fotos da bela paisagem, e eu, andava à procura de um lugar para beber água.

De repente, um sujeito desceu da sua moto, deixou a bela moça na garupa, sacou o revólver, gritou para um tipo metido a capoeirista: não mexa mais com minha mulher. E bum bum, dois tiros, um na cabeça e outro no coração.

O povo se amontoou por uns instantes e depois foi todo mundo embora, nem deram muita atenção, para dizer a verdade. Não era com eles.

O assassino pegou a moto, a mulher o abraçou em tom de aprovação e saíram voando. No Nordeste é assim, cabra mexe com a mulher alheia, morre como animal, ali mesmo, horário comercial, na rua.

Em Fortaleza, no domingo dia 4 de fevereiro, uma senhora com sua filhinha saía da locadora de vídeo. Ao parar em frente ao seu carro importado alemão de primeira linha, a madame jogou na rua um pedaço de papel. Eu apanhei o lixo e entreguei a ela. E disse: a senhora deixou cair.

A surpresa veio quando ela disse: não, é lixo mesmo, eu joguei. Sem qualquer constrangimento.

Depois de um instante e com educação ela falou: desculpe, você tem razão, eu não deveria jogar na rua. Mas é que está tão suja, um a mais, outro a menos, não muda nada. É a imagem do Nordeste.

De Pernambuco a primeira reação:
RESPOSTA IRADA 05/03/2007 21:05
Pernambucano responde ao jornalista que esculhambou o Nordeste
Leitor atento do Blog pediu que fosse postada a resposta que preparou para Alex Gutemberg, aquele que publicou no jornal O Estado do Paraná uma verdadeira esculhambação com Pernambuco. Ele enviou a resposta ao e-mail do jornalista. Eis o texto:

Prezado senhor Alex.

Racista, preconceituosa, deselegante, arrogante e desprovida de qualquer senso!
Estes são os poucos adjetivos que posso utilizar para classificar a sua infeliz declaração contra o Nordeste e o seu povo. Na qualidade de orgulhoso nordestino, apenas posso lamentar a sua falta de visão, condicionada pelo preconceito e pela falta de respeito às diferenças. Certamente o senhor deve ser uma pessoa infeliz e magoada com a vida, para atribuir à uma região e a um povo tamanha carga de ódio e rancor.

Será por conta da alegria e hospitalidade do nosso povo? Ou será pelo constante colorido das nossas praias, sempre belas e ensolaradas? Tenho certeza que pessoas como o senhor são uma exceção no contingente que forma esse povo forte e bravio, que habita a belíssima região Sul do nosso querido País.
Em relação à sua visão separatista, eu só tenho a lamentar e dizer que não é estimulando e discriminando as diferenças que haveremos de tornar o nosso Brasil forte e respeitado.

Os EUA, mesmo tendo em sua história guerras civis e outros sérios conflitos entre os estados do Norte e do Sul, só se tornou uma potência mundial depois que cessaram ou
diminuíram as diferenças antes tão estimuladas. Lamento profundamente que o senhor, na qualidade de jornalista, pense dessa maneira.

Contudo, gostaria que soubesse que nós nordestinos somos um povo orgulhoso da nossa história. Somos o berço deste imenso País e temos uma influência marcante na sua formação como nação. Nossa cultura é rica e diversificada, nossa literatura é bela e fecunda. Isso sem falar na música, na dança, na poesia, na pintura, na culinária, etc.

Foi aqui que em 1654 houve o primeiro movimento de libertação nacional contra o julgo português, a Batalha dos Guararapes. Foi aqui, no meu estado, que houve a Revolução Praieira, a Confederação do Equador, a Batalha do Monte das Tabocas. Foi aqui que Frei Caneca foi arcabuzado por lutar pela liberdade do nosso País! Foi o estado de Pernambuco que colocou no mundo Luiz Gonzaga, Gilberto Freire, Cícero Dias, Capiba, Antônio Carlos Nóbrega, Josué de Castro, entre outros heróis
brasileiros.

E o senhor vem nos dizer que somos imundos? Que somos corrutos por elegermos políticos corrutos? Que aqui o crime grassa por todas as esquinas? Meu senhor, por gentileza, queira me fazer o favor de nos respeitar e olhar para os seus pares!
Será que aí no sul-maravilha não há roubo, falcatruas, crimes hediondos, políticos corrutos e outras mazelas que impestam o nosso país? Ou será que isso é apenas um privilégio do Nordeste?

Em relação às nossas índias que foram "estupradas aos milhões", o que o senhor me diz dos bugreiros paranaenses que exterminaram milhares e milhares de índios em seu estado e igualmente estupraram e lançaram no mundo uma legião de desassistidos?
Curitiba e outras grandes cidades paranaenses não têm favelas formadas por uma legião de miseráveis oriundos dessa chacina social, ou isso é privilégio apenas de Recife, Salvador e Fortaleza?

Prezado senhor Alex, em momentos infelizes assim me vem à memória a poesia do meu povo. A poesia e a verve de quem sempre foi massacrado e discriminado, mas como diz o nosso grande poeta armorial, mestre Ariano Suassuna, em sua obra O Auto da Compadecida: "A esperteza é a arma do pobre".

Com todo respeito que os nossos irmãos do Sul merecem, gostaria de descrever para o senhor apenas um trecho de uma poesia popular intitulada: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente, de autoria dos ilustres nordestinos Ivanildo Vilanova e Bráulio Tavares:

"Já que existe no Sul este conceito
Que o Nordeste é ruim seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito.

Quando um dia qualquer isto for feito
todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
das que a gente tem vivido.

Imagine o Brasil ser dividido
E o Nordeste ficar independente!

Certamente que essa é apenas uma forma de reação pacífica, humorada e poética aos séculos de discriminação sofrida pelo Nordeste. Certamente também, essa não é a opinião do povo nordestino que, em um dos seus momentos raros de lucidez, o senhor descreveu como hospitaleiro.

Somos como qualquer brasileiro, temos as mesmas virtudes e defeitos de um povo que ainda não descobriu e tampouco se orgulha das suas origens e identidades culturais. Por essa razão pessoas como o senhor escrevem tantas e tamanhas baboseiras.

Entretanto, por isso e pela sua ignorância em relação não apenas ao Nordeste, mas principalmente em relação à formação do povo brasileiro, eu lhe dou o meu perdão!
Atenciosamente.

Paulo André Alves.
Recifense - Pernambucano - Nordestino e Brasileiro.
Não me contive e enviei ao sacana jornalista paranaense o seguinte:
Sr. Jornalista(?) *
Alex Gutemberg (parece mais nome de canastrão de novela mexicana)

A sua vasta ignorância deve, pelo menos, saber que o Nordeste seria auto-suficiente até técnico e culturalmente, caso se separasse do resto do País. Não dependeríamos de outra região e, muito menos, de um Estado de gringos e de pouca brasilidade. Ao contrário, se o distinto foca estudou um pouco de história, deverá saber que foi, principalmente, um Estado Nordestino (Paraíba) que teve a coragem de unir-se ao Rio Grande do Sul e evitar que o centrão Sudeste permanecesse mandando no País e sugando tudo para eles. Isso em 1930. Caso não saiba de que se trata, procure um livro de história.*

Imundo deve estar vossa imbecilidade caso não tenha tomado um banho de creolina depois da cagada que escreveu. Outra coisinha que você pode informar: no teu Estado ninguém recebe bolsa-família? E se vossa imbecilidade ainda está contrariada com o resultado das eleições, "viuvinha de Alckmin" , junte seus seguidores e façam uma revolução para derrubar Lula, caso tenham coragem para tanto (duvido muito).

Nunca imaginei que ao chegar aos meus 70 anos, iria me deparar com mais essa qualidade de gente. Esperando que a sua estupidez seja contemplada com uma ação pelos preconceitos (inclusive de cor) contido na porcaria chamada de "Um Mundo que Parou no Tempo", garanto que por aqui, caso venha, você será "bem" recebido à moda da casa.

Elpídio Navarro
Professor Universitário (Aposentado)
Jornalista, Dramaturgo e Diretor Teatral e
Principalmente Nordestino
Sabedor do artigo em questão, o companheiro José Elias enviou sua opinião ao tal jornalista:

Sr. Facista Alex Gutemberg.

O Senhor não conhece porra nenhum da história do Brasil e nem do nosso Nordeste. Nunca ví burrice tão grande.

Por sinal será que os colonizadores do sul do País (Portugueses, franceses, espanhois, Italianos, Japinhas, etc...) não tinham "pimba"? Nunca comeram as negras escravas e as índias do sul do País? Ah! Todos eram Gays. Né?!

Será que as ricas terras e os profundos solos de São Paulo e dos outros estados do sul não contribuiram para um maior enrriquecimento dos agricultores do sul em detrimento aos canaviais dos coronéis nordestinos? E o ciclo do ouro e das pedras preciosas de Minas Gerais?

Pois é. Não precisa viajar de novo para o nordeste. Fique aí neste inferno poluido de violência e de devastação de suas capitais. E continui se fudendo para sempre!

Seu texto publicado no Jornal do Estado do Paraná é realmente uma grande porcaria. Ele fede. Coisa para porcos iguais a você e sulistas de mesma laia.

José Elias Metri
Prof. Aposentado da UFPB

Como resposta recebi o seguinte:

OLHEM O QUE RECEBI DO ALEX GUTEMBERG ACHANDO QUE A CARTO DO ELPIDIO FOI MINHA. ASSIM REPASSO PARA ELPIDIO A RESPOSTA. EU ACHEI A EMENDA PIOR QUE O SONETO.
UM GRANDE ABRAÇO,
MARIA DO CARMO CATANHO PEREIRA DE LYRA

Ola
desculpe a demora em respondê-lo, mas são mais de 200 e mails.
obrigado por ter sido educada.

Sua carta, no meio de mais de 200, foi a mais educada. Os palavrões,
ofensas, baixo nível e xingamentos passaram dos limites. o que
demonstra quase tudo que falei. Ninguém se propôs ao debate sério.
Todo mundo apenas realça as belezas das praias nordestinas, ou lembra
de escritores e músicos famosos, ou ainda procura dizer que no Sul
acontece a mesma coisa. Ora, nada que mude as minhas idéias, nada que
as conteste com consistência. Nenhum argumento sério. Apenas
violência, ameaças de morte e palavrões, me xingando o tempo todo.

Minha opinião não é preconceituosa.
Veja, as pessoas podem gostar ou não de alguma coisa, de uma região,
de pessoas, de lugares. Tenho esse direito. Minha matéria não é
jornalística. É uma coluna, um artigo. Uma opinião.
O meu texto não é preconceituoso. Nada disso. Por isso estou aberto ao debate.
Meu pai tem origem nordestina. Toda a família do meu pai é baiana. Não
sou a favor do Sul. Pelo contrario. Passei dois meses no Nordeste
porque pretendo morar no nordeste. adoro o nordeste. as praias são
belíssimas.

Eu sou um crítico implacável. Tenho criticado o Sul e o Sudeste
também. Com muita força. Muito mais do que o Nordeste. É que vc, como
todos os outros, nunca leram minha coluna.
Posso provar as origens da minha família, minhas colunas criticando
tudo e todos. Entenda uma coisa que ninguém quer entender: quando se
critica alguém, uma região, ou seja o que for, não significa que
estamos a favor do oposto. Se critiquei o nordeste, não significa que
eu sou a favor do Sul. Muito, mas muito pelo contrario. Tanto que vou
morar no Nordeste. Adoro o Nordeste.

Mas não é por isso que eu lamento o que acontece por aí. Não é por
isso que eu vou deixar de criticar o que acontece por aí. Acredite, o
que eu vi é assustador. Posso te mostrar, posso te provar isso.

Quero o bem do Nordeste, combato a força das elites que exploram o
Brasil inteiro, mas principalmente o Nordeste - isso me dói muito.

Em tempo: não sou branco, ariano, sulista.

Por favor, vamos debater o assunto.

Em tempo 2: para provar o que eu disse, estou recebendo ameaça de
morte todos os dias por parte de nordestinos. Várias por dia. Isso
prova a violência que existe por aí. São pessoas com acesso a
internet, com nível superior e tudo mais.

Em tempo 3: vamos parar de tapar o sol com a peneira. O Nordeste tem
problemas e está sem perspectivas de se arrumar. Eu recebi dez e mails
de nordestinos que concordam com isso tudo.

No jornal do próximo domingo:

É complicado escrever artigos e opiniões em um jornal importante e de
grande circulação. A maioria das pessoas pensa que se trata de uma
matéria jornalística e confunde as coisas. É preciso entender que
vivemos num regime de liberdade. Assim como um determinado colunista
emite sua opinião, os leitores também exercem seus direitos de
responder como melhor entenderem.

As pessoas têm o direito de gostar disso ou daquilo, deste ou daquele,
de uma região ou de um país, de uma comida ou de uma bebida. E podem
falar bem ou mal. É o ponto de vista. É claro que muitos se sentirão
ofendidos. E muitos irão agredir, reclamar, chiar e espernear, pois
adoram defender suas raízes, mesmo estando errados. Talvez seja por
isso que esta Terra de Santa Cruz não evolui.

O fato é o seguinte. Esta coluna existe há dez anos. E é um marco na
crítica bem colocada e dura aos governantes deste país. FHC, Malan &
Cia. tiveram seu quinhão de reclamações. Lula, PT & Companheiros,
também. Quando se fala mal de um, como atualmente se fala de Lula e
suas confusões, não significa que, automaticamente, se enaltece o
outro. FHC também sofreu aqui na Atmosfera da Nação.

Portanto, neste espaço, já foram escritas fortes criticas contra o Rio
de Janeiro, São Paulo e os estados do Sul. Brasília também sofreu
nesta coluna. Em fevereiro foi a vez do Nordeste. Centenas de
nordestinos se incomodaram e falaram de tudo. Mas dezenas também
concordaram com as criticas. Melhor, muitos ainda acrescentaram mais
algumas e me deram dicas de coisas piores. Que fique claro o seguinte:
a crítica a uma região, ou a políticos, ou a um povo, não significa
que se valoriza um outro grupo. Um não é melhor que o outro. Longe
disso.

É possível debater o assunto. Pode-se trocar idéias. Pode-se
argumentar com cuidado e claro embasamento. Não se pode xingar tanto e
achar que o colunista odeia este ou aquele, ou que ele defende sua
região. Nada disso. Recentemente, para surpresa de muitos, um
intelectual paulista, Renato Janine Ribeiro, defendeu a pena de morte
e até torturas para quem cometesse crimes hediondos. O debate foi
aberto em cima disso.

É importante saber que, durante dez anos, essa coluna não protegeu
ninguém. Nem nordestinos, nortistas e tampouco sulistas. Em tempo:
meus antepassados, pelo lado paterno, quando se mudaram para o Brasil,
criaram raízes no sul da Bahia. Em tempo 2: sou totalmente a favor da
miscigenação das raças, exceto com os índios que são um caso a parte.

Não bastassem as declarações acima, recebo de Lau Siqueira:

NOTA DE REPÚDIO:
Jornalista paraibana é vítima preconceito na Pousada Campo do Zinco, em Benedito Novo (SC)

A jornalista paraibana Célia Leal foi vítima do mais nefasto preconceito contra nordestinos cometido pelo proprietário da Pousada Campo do Zinco, no interior do município de Benedito Novo (SC). Acompanhada de colegas jornalistas de Blumenau (SC), Célia visitou a pousada no domingo, dia 11 de março, e foi discriminada, desrespeitada, sofreu as mais diversas formas de preconceito contra nordestinos.

Já na recepção, o dono da pousada, de maneira irônica, quis saber “o que uma paraibana estava fazendo ali”, como se nordestinos não pudessem visitar a sua pousada; ironizou a cor ruiva do cabelo da jornalista; humilhou a mulher nordestina com piadainhas do tipo “Paraíba, mulher macho...”, e chegou ao disparate de perguntar, ironicamente, se na Paraíba se utiliza a mesma bandeira brasileira, ou seja, querendo insinuar que nordestino, ou paraibano, não deveria fazer parte da nação brasileira.

A atitude deste sujeito, que pelo discurso preconceituoso deve ter alguma simpatia por teorias neonazistas, causou a indignação da jornalista e de todos os seus amigos que a acompanhavam. Tal atitude reforça a carga preconceituosa com a qual é, infelizmente, tratada a população nordestina por algumas pessoas sulistas.

“O preconceito é a pior chaga que existe e é inconcebível que em pleno século XXI ainda nos deparemos com atitudes desta natureza. Este cidadão, que prega no site de sua pousada demonstrou ser um homem despreparado para lidar com seres humanos e com o turismo, e como tal deve ser banido”, considerou Célia.

A atitude do dono da Pousada Campo do Zinco não combina com a paradisíaca região de Benedito Novo, que tem belíssimas cachoeiras e cascatas; depõe contra a boa hospitalidade, contra o turismo ecológico, e é um atentado contra a cidadania e contra a democracia.

Recomendo que conheçam a região, porém, que não se hospedem, que boicotem a Pousada Campo do Zinco.

Manifeste também a sua indignação contra esta atitude preconceituosa enviando e-mail de repúdio para: pousada@campodozinco.com.br

Adenilson Teles
Jornalista - Blumenau/SC
enviado por Paizinha

terça-feira, março 13, 2007

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Desempregado assume morte de menina em Joinville

O delegado Rodrigo Gusso, que preside as investigações policiais sobre a morte de Gabrielli Cristina Eichholz há nove dias no interior de um templo adventista na cidade de Joinville, Santa Catarina, anunciou o ponto final de seu trabalho após a confissão do pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário, 22 anos, natural de Canoinhas.

O acusado tem passagem policial por furto e há dois anos foi suspeito de molestar duas meninas entre nove e dez anos, mas naquela ocasião as mães das menores não quiseram registrar a queixa. Ao contrário do que se suspeitava, Rosário era desconhecido dos fiéis da igreja e não fazia parte daquela comunidade religiosa. Após cometer a violência contra a criança de um ano e oito meses, ele fugiu, e foi encontrado na sua cidade natal, a 300 km do local do crime. Ele havia chegado a Joinville em dezembro, à procura de trabalho.

O pedreiro, que alega que estava alcoolizado naquela manhã de sábado, diz que estava andando pela rua e viu Gabrielli no pátio externo da igreja. Quando ela voltou para dentro do templo ele a seguiu.

De acordo com o delegado Gusso, que tomou o depoimento junto com outros três colegas e na presença do advogado do acusado, Rosário relatou o crime com grande frieza e naturalidade, revelando riqueza de detalhes. Ele disse que nunca tinha estado naquele local e nem sabia que aquele tanque era lugar de batismo dos fiéis, achou que era simplesmente uma banheira. Embora não se configure a premeditação, os policiais entendem que houve dolo, ou seja, intenção de cometer o crime.

Nesta terça-feira será realizada a reconstituição dos fatos para esclarecer mais detalhes. Oscar Gonçalves do Rosário está preso e deverá ser indiciado por homicídio e atentado violento ao pudor.
por Rainério

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Procurando (entender) o ponto G

Lula e Bush prometem empenho em negociações de Doha
Os presidentes George W. Bush e Luiz Inácio Lula da Silva disseram nesta sexta-feira que Estados Unidos e Brasil vão se empenhar no sucesso das negociações da rodada de Doha de liberalização do comércio mundial, e que acreditam que um acordo pode ser alcançado.
Bush deixou claro, no entanto, que não pretende pedir ao Congresso que acabe com a tarifa atualmente imposta ao álcool brasileiro importado pelo país, de US$ 0,54 por galão (R$ 0,30 por litro).

Durante a coletiva com Bush na zona sul de São Paulo, Lula disse que "o Brasil espera que o mercado de etanol seja beneficiado pelo comércio livre, livre de protecionismos".

O presidente americano acrescentou, no entanto, que nada poderia ser feito para mudar a tarifa até pelo menos 2009, quando a lei que prevê a barreira deixa de vigorar.

Em outro trecho da coletiva, Lula reconheceu não ter conseguido fazer Bush mudar de idéia, mas não se deu por vencido.

"Se eu tivesse esse poder de persuasão que vocês pensam que eu tenho, quem sabe eu já teria convencido o presidente Bush de tantas outras coisas que eu não posso nem falar aqui", ironizou o presidente. "É um processo."

"Muito trabalho"
"Estamos mais próximos do que nunca de uma conclusão bem-sucedida da rodada de Doha "
Luiz Inácio Lula da Silva
Bush disse que é preciso ter cautela ao negociar acordos comerciais como o da Rodada de Doha, já que há inúmeros outros acordos comerciais que foram firmados pelos países envolvidos e que influenciam na equação das negociações da rodada.

"Vai exigir muito trabalho", disse o presidente americano, salientando que o Brasil e os Estados Unidos precisam mostrar liderança para que o acordo seja anunciado.

Lula assumiu uma posição semelhante. Para o presidente, a negociação não é simples e pode ter resultados "extraordinários e desastrosos".

Mas o presidente brasileiro ressaltou a importância das negociações entre os dois países e disse acreditar que, "se os Estados Unidos e o Brasil se entenderem, ficará mais fácil para nós convencermos outros que ainda não estiverem participando desse acordo".

Lula disse que o sucesso das negociações não é econômico, mas político, acrescentando que o que está em jogo não são vantagens para os países envolvidos, mas a necessidade de ajudar países mais pobres com a liberalização comercial.

"Vamos trancar nossos ministros do comércio em uma sala, todos com o objetivo de avançar nessa importante etapa. Eu divido seu otimismo quanto ao que pode ser feito", resumiu Bush, destacando o interesse dos dois presidentes em continuar os entendimentos da rodada de Doha.

Chávez

Em outro momento da coletiva, Bush disse não concordar com a avaliação de que os Estados Unidos deram as costas para a América Latina durante seu governo.

"Isso pode ser o que as pessoas dizem, mas certamente não é o que dizem os fatos", disse. "Nós nos importamos muito com nossos vizinhos."

Bush se recusou a falar sobre o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que viajou a Buenos Aires para participar de um evento contra a presença do presidente dos Estados Unidos na América Latina.

"Não acho que os Estados Unidos recebem crédito por tentar ajudar a melhorar a vida das pessoas", afirmou o presidente americano. "Minha viagem é para explicar, da maneira mais clara que eu puder, que nossa nação é generosa e tem compaixão."

Bush também elogiou a liderança do Brasil na América Latina e disse que o país é um "exemplo" e que mostrou o que é "possível" na área de combustíveis alternativos.

Leia a íntegra do memorando entre Brasil e EUA
por Rainério

segunda-feira, março 12, 2007

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AINDA QUE...

Ainda que não escrevas livros...
És o escritor de tua vida.

Ainda que não sejas Miguelangelo...
Podes fazer de tua vida uma obra-prima.

Ainda que cantes desafinado...
Tua existência pode ser uma linda canção, que qualquer afamado compositor invejaria.

Ainda que não entendas de música...
Tua vida pode ser uma magnífica sinfonia que os clássicos respeitariam

Ainda que não tenhas estudado numa escola de comunicação...
Tua vida pode transformar-se numa reportagem modelo.

Ainda que não tenhas grande cultura... Podes cultivar a sabedoria da caridade.

Ainda que teu trabalho seja humilde... Podes converter teu dia em oração.

Ainda que tenhas quarenta, cinqüenta, sessenta ou setenta anos...
Podes ser jovem de espírito.

Ainda que as rugas já manquem teu rosto... Vale mais tua beleza interior.

Ainda que teus pés sangrem nos tropeços e pedras do caminho...
Teu rosto pode sorrir.

Ainda que tuas mãos conservem as cicatrizes dos problemas e das incompreensões... teus lábios podem agradecer.

Ainda que as lágrimas amargas recorram teu rosto... tens um coração para amar.

Ainda que não o compreendas... no céu tens reservado um lugar...

domingo, março 11, 2007

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Bush riu de "piada" do Ponto G; americanos da comitiva não; TV dos EUA não traduz bobagem

Sexo, jogos, divertimento - ou melhor, ponto G, truques de baralho e noites de Oscar. Não, não era um encontro de amigos em hotel de turismo. Era o presidente Lula brincando, misturando política externa e conversa de botequim, no encontro entre ele, seu convidado George W. Bush e a imprensa, ontem à tarde, no Hilton.Qual Mike Tyson, ele jogou pesado já ao entrar no palco: “Puxa, tem mais jornalista aqui do que em premiação de Oscar”. Passado o tempo de risos da platéia, completou: “É claro que quem está dando os prêmios não é tão bonito...” Não demorou para que voltasse a fazer menção ao sexo. Dois dias depois de ensinar ao País que “sexo é uma coisa da qual quase todo mundo gosta”, Lula insistiu com seu parceiro americano quanto à urgência de chegarem logo “ao ponto G” do entendimento sobre a Rodada Doha. Para dizer que a conversa tem progredido, recorreu, sem inibição, à imagem do orgasmo feminino: “Estamos andando com muita solidez para encontrar o chamado ponto G e para fazermos alguma coisa”. Bush, atento ao fone de ouvido, riu ao ouvi-lo. O público americano, não. Esse trecho da conversa foi omitido na TV daquele país pelo tradutor que apresentava o diálogo ao vivo.

Ponto G Magazine

Eu normalmente não abordaria esses assuntos por razões óbvias, entendem? Considero que eles são próprios de páginas que tratam ou de medicina ou de sacanagem. Mas já que um chefe de Estado referiu-se ao “Ponto G” numa entrevista coletiva com outro chefe de Estado, é forçoso reconhecer que o tema se politiza. Nossa! Fiquei surpreso ontem ao descobrir que as sexólogas — aposto que são feministas! — juram que os homens também têm aquela letra do alfabeto. Para soletrá-la, parece, é necessário chegar a algum lugar lá nas vizinhanças da próstata... Um dia depois de ter feito a sua metáfora mais ousada, leio que Lula submeteu-se a exames (no plural) de próstata no Incor. Que eu saiba, há dois: o PSA, antígeno indicador de formações tumorais, verificado no sangue, e o outro, de toque, método necessariamente invasivo, capítulo da chamada “inclusão digital”. A piada óbvia é que o médico depois não telefona, não manda flores, não convida pra jantar. E convém o vivente não fazer aquela cara de quem “chegou ao Ponto G das negociações na Rodada de Doha”.
por Rainério