sábado, setembro 09, 2006

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Pleito Eleitoral - Como se realiza?

Por estarmos em época de eleição, procuremos saber mais sobre elas. O Brasil, em matéria de escrutínio/apuração, é um dos mais avançados no mundo, senão, o primeiro, com seu sistema de votação eletrônica. Portanto, num País tão avançado no sistema, é de bom alvitre que o eleitor saiba mais sobre eleições.

Neste ano, com tanto cargo político em disputa, teremos dois tipos de eleição: a majoritária, aonde o candidato para vencer, numa primeira estância ou turno, terá que ter maioria absoluta sobre a soma de votos válidos de seus adversários, é o caso das eleições para Presidente e Governadores, caso contrário, a disputa irá para um segundo turno, entre os dois candidatos mais votados, neste caso, como a disputa acontece com dois candidatos, o vitorioso será aquele que obtiver maioria simples. Senador, também, se encaixa neste tipo de eleição, apenas que, o vitorioso necessita de maioria simples sobre seus adversários.

A eleição para deputados estaduais e federais é diferente das eleições para governador e presidente. São as eleições representativas. Nela, não basta ter mais votos que os adversários para vencer. Os partidos têm de atingir um coeficiente eleitoral mínimo para eleger deputados.

O voto do eleitor é somado aos votos obtidos pelos demais candidatos da mesma coligação. O deputado só será eleito, se o partido atingir um número mínimo de votos. Tal índice é conhecido como índice eleitoral.
O número de votos válidos do Estado é divido pelo número de vagas para deputado, naquele Estado. O resultado dessa conta é o coeficiente eleitoral. Cada partido com candidatos tem de atingir este número para eleger representantes na Câmara.

Vamos exemplificar para facilitar a compreensão:
a) Divida o número de votos válidos de seu estado pelo número de vagas disputadas, o resultado é o Quociente Eleitora (QE). A Paraíba tem 2.543.226 eleitores e 12 vagas para Deputado Federal. Supondo que todo este eleitorado vote, seu QE será: 2.543.226 dividido por 12 = 211.936, ou seja um deputado para ser eleito na Paraíba terá que obter 211.936 votos.
b) Calculemos agora o Quociente Partidário ou QP. Divida a quantidade de votos obtidos, nas urnas, para a legenda ou coligação pelo QE e teremos o QP. Exemplo: Hipoteticamente, os partidos que disputam cargos na Paraíba são:
PTC - obteve 501.000 votos QP = 501.000 / 211.936 = 2,36
PXT - “ 634.720 “ QP = 645.724 / 211.936 = 3,04
PMO - “ 872.291 “ QP = 872.291 / 211.936 = 4,11
PLG - “ 320.086 “ QP = 320.086 / 211.936 = 1,51
PCF - “ 215.129 “ QP = 215.129 / 211.936 = 1,01 desprezando-se a fração o resultado obtido foi:
PTC = 2 deputados
PXT = 3 deputados
PMO= 4 deputados
PLG = 1 deputado
PCF= 1 deputado
Caso o QP obtido de um partido seja menor que 1, ele não terá direito a nenhuma vaga. Os deputados mais votados de cada partido ficarão com as vagas.
Note-se que foi totalizado 11 deputados (2+3+4+1+1). Uma vaga, então, falta ser preenchida, como fazer isto?

Toma-se os votos obtidos pelo partido e divide pelo QP + 1, o partido que obtiver a maior média leva a vaga. O cálculo é repetido até que todas as vagas sejam preenchidas. Lembre-se que, a cada vez que um partido leva uma vaga, a sua média diminui e que o partido que não atingiu QP maior que 1, também não entra neste cálculo.
Exemplificando:PTC - 501.000 votos / QP+1 ou 2,36 + 1 = 149.107
PXT - 634.720 “ / QP+1 ou 3,04 + 1 = 157.108
PMO -872.291 “ / QP+1 ou 4,11 + 1 = 170.702
PLG - 320.086 “ / QP+1 ou 1,51 + 1 = 127.524
PCF - 215.129 “ / QP+1 ou 1,01 + 1 = 107.029

Portanto o PMO com melhor média (170.702) fica com a vaga.

Se houvesse mais uma vaga a ser disputada, o PMO, por ter ganho a primeira vaga, teria sua média diminuída, para isto, acrescentar-se-ia ao seu QP mais 1, ou seja, quantidade de votos do partido divididos por QP + 2, enquanto os demais teria como divisor QP + 1. veja exemplo - PMO, que já levara a primeira vaga teria seu cálculo de média, assim: 872.291 / 6,11 (QP+2) = 142.764, logo esta segunda vaga ficaria com o PXT por ter maior média, 157.108.

Entretanto, como sobrou, apenas, uma vaga no cálculo, com hipotéticos partidos, que fizemos, o quadro de Deputados Federais da Paraíba ficou assim:
PTC = 2 deputados
PXT = 3 deputados
PMO= 5 deputados
PLG = 1 deputado
PCF= 1 deputado
Perfazendo um total de 12 deputados federais.

Daqui a dois anos teremos outras eleições, majoritária para prefeito e representativa à câmara de vereadores. O processo será idêntico ao exemplificado, acima.

É um processo meio complicado, mais com boa vontade e paciência, dará para se compreender.

Muitas vezes, ouvimos muita “gente boa” sem entender porque candidato “X” obteve milhares de votos e não foi eleito, enquanto um candidato “Y” com apenas 10 votos, o foi. Temos exemplos, nas últimas eleições de 2002, quando Enéas Carneiro do PRONA de São Paulo (aquele do: “EU SOU ENEAS!) obteve um QP igual a 7, como aquela legenda (PRONA) só tinha 6 candidatos, todos foram eleitos, inclusive, um deles que obteve, apenas, 10 votos, enquanto um candidato do PMDB obteve mais de 87.000 votos e não foi eleito deputado federal.
Certa vez, em 1998, o nosso conterrâneo, o Paraibano Lindberg Farias, tentou um mandato para a Câmara Federal pelo PSTU. Foi um dos deputados federais mais votados, porém, o PSTU, por não ter feito coligação e por não ter mais nenhum candidato com boa votação, não atingiu o QP de 1, impedindo que ele fosse eleito.
Dois outros casos, além do Eneas Carneiro em São Paulo, são famosos: em 1986, Miguel Arraes obteve uma votação três vezes superior ao coeficiente eleitoral de Pernambuco, garantindo, assim, a eleição de pelo menos três outros deputados de votação insignificante, para seu partido, o PSB. O outro caso foi o do empresário Paulo Octávio, no Distrito Federal, em 1994. Foi um dos candidatos mais votados, mas o seu partido de então, o PRN(aquelle partido, Delle, tão lembrado?), não atingiu o coeficiente eleitoral mínimo. Assim, ele ficou de fora, elegendo-se, na ocasião, outros parlamentares com votação inferior.É bom frisar que em eleições proporcionais, os votos válidos são, apenas, aqueles destinados à legenda ou a um candidato. Existem três sistemas de votação: Distrital, Misto e Proporcional, este último usado no nosso País. O voto distrital é o sistema em que os candidatos (deputados estaduais e federais, vereadores) são eleitos por voto majoritário. Neste caso, o País, assim como, estados e municípios são divididos em distritos. E o que é um distrito? É um Núcleo Populacional. Aquele candidato mais votado em seu distrito será o representante eleito para as Câmaras e/ou Assembléias Este sistema é o mais usado na esmagadora maioria dos países.
O voto proporcional é o sistema em que os parlamentares de três níveis são eleitos de forma proporcional, como foi exemplificado linhas, acima.
Um sistema criado na Alemanha, o Misto, abrange os dois outros sistemas. Neste sistema, metade da bancada de um estado é eleita pelo sistema proporcional e a outra metade pelo sistema distrital ou majoritário. Entretanto, diferentemente da forma proporcional, tradicionalmente usada, é utilizada outra forma. Cada partido apresenta uma lista de seus candidatos. À medida que o coeficiente eleitoral é atingido, os nomes da cabeça da lista vão sendo eleitos. Logo, o eleitor sabe que seu voto irá primeiro para o cabeça da lista.
Criei uma tabela, com dados colhidos junto ao IBGE sobre a população de cada estado, a quantidade de municípios de cada um. Acrescentei mais outras informações achadas em sites do Tribunal Eleitoral, calculando, então, o percentual do eleitorado em ralação a cada estado, assim como, o coeficiente eleitoral de cada um. Com base na tabela, pude elaborar o trabalho acima, exemplificando-o com dados reais de nosso Estado da Paraíba e criando Partidos hipotéticos e um suposto resultado de votos nas urnas para eles. Infelizmente, não pude editar, aqui no BLOG, a tabela por razões de dados técnicos. Espero ter contribuído para um melhor entendimento sobre o Processo Eleitoral e seus resultados!

Jesus Soares da Fonseca

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Anchieta fez isso aí faz um bom tempo...

Quem é de Itaporanga, conhece Luiz Zaquié....tinha uma casa de jogo...e anchieta fez estas estrofes para brincar com "Seu" Luiz, eu sem ter o que fazer, decorei...fazem uns 30 anos, acho

A Falência do Jogo de Luis de Zaquié
(Anchieta Olegário)

Aqui está a estória,
Numas quadrinhas que fiz
Que conta toda tragédia
Do jogo de seu Luis
E não é mentira minha
Pois tudo nestas quadrinhas
É ele próprio quem diz

Na cidade itaporanga
Existe um homem distinto
Tinha uma casa de jogo
Todos sabem que não minto
Sou testemunha e dou fé
Que seu Luis Zaquié
Era o dono do recinto

Num dia de sexta feira
Seu Luis se acordou
Ajeitou os tamboretes
A mesa, ele forrou.
Embolsou o seu dinheiro
Convidou seus companheiros
E o jogo começou

Eram quase nove horas
Quando caxita chegou
Entrou no jogo também
Todo mundo concordou
Por volta de 11 horas
Todo mundo foi embora
Seu Luis se apavorou

Pois lhe restava dinheiro
E não era hora exata
De todo mundo ir embora
Isso era coisa chata
Depois que lavaram a jega
No jogo, os seus colegas.
Fizeram uma coisa ingrata

Mas veja, por sorte dele.
Chegou Luis jabobeu
Com três amigos na frente
Água ali, ele bebeu.
Convidou o seu Luis
Isto foi o que ele quis
E o jogo renasceu

De repente, por azar.
Chegou o José sertão
O vulgo José pibite
Com dez cruzeiros na mão
Seu Luis desconfiou
E bem baixinho falou:
Vai haver uma confusão

Zé pibite amolecado
Botou a mão na maleta
Olhou para jabobeu
E fez logo uma careta
Daí falou bem-te-vi
Tira tua mão daí
Zé da venta de corneta

E veja, por sorte dele.
Chegou o Zé beliscada
Com um bule de café
Para toda macacada
Começou aperuar
Seu Luis pra xatear
Soltou esta piada

Se tem dinheiro se sente
Pois meu negócio é assim
Não ver que nesta tamanca
A coisa não ta pra mim?
Se quiser vamos jogar
Ou vá logo aperuar
Lá no jogo de Joaquim...(Joaquim Felicidade)

Só assim você arranja
A tampa da tabaqueira
Joaquim é um cara bom
Mas pra isto ele é matreiro
Nunca botou mão no fogo
E só entra no seu jogo
Aquele que tem dinheiro

O jogo pra seu Luis
Tava ruim como angu
Falou para jabobeu
Não resta um tutu
Nesta partida me frago
Seguido preto que trago
É o buraco do cu

Terminada a partida
Seu Luis foi quem ganhou
Do tamborete que tava
Jabobeu se levantou
Deu um peido fedorento
Seu Luis, neste momento
Nele, o baralho jogou

Por volta de uma hora
Seu dinheiro se acabava
Sem nenhum “xém-xém no bolso”.
Seu Luis se aperitiva
Dizendo: "é desagoro!"
E quanto mais dava o "chôro"
Jabobeu lhe aperriava

Eu hoje to de azar
Porém não sei o que é
Pra incurtar a conversa,
Tô com bixeira no pé
A sorte prá mim tá torta
Eu vou é fechar a porta
E ir lá pro cabaré

E assim aconteceu
Se mandou prá´queles lados
Com meia hora depois
Já estava embriagado
Vinha quase no empurro
Falou para Zé do Burro:
Meu amigo, tô lascado.

Me empresta um conto aí
Prá eu tirar a ressaca
Entrei no jogo bem cedo
Mas só fiz papel de vaca
Só fiz cagar no rejeito
Vê se tu me dá um jeito
De sair desta ticaca

Jabobeu e Zé pibite
Fizeram de mim, menino.
Vou falar com mestre Agapito
E com Abdon Tolentino
Subiram no meu poleiro
Carregaram meu dinheiro
Que dupla de assassinos!

Sabe de uma coisa?
Eu mudei de opinião
Eu vou vender aquele jogo
Que prá mim não dá mais não
Já cheguei a oferecer
E acho que vou vender
A Zeca da Encarnação

Zeca comprou o seu jogo
Como quem compra fumaça
Ele pegou o dinheiro
Comprou um chapéu de massa
Gastou um pouco fumando
Outro pouquinho jogando
E o resto de cachaça

Entrava num bar e noutro
Olhando sempre prá trás
Dizendo aquelas poesias
Daquelas que ele faz
Sempre com o seu talento
Dizendo digo e sustento:
Já bebi, não bebo mais.

Seu Luis ficou quebrado
Seus amigos foram embora
E ele desesperado
Os seus teréns jogou fora
Dizendo sempre consigo
O que é que meus amigos
Vão dizer de mim agora?

Vão dizer que to quebrado
De nada disso duvido
Pode falar quem quiser
Prá nada disso dou ouvido
Tudo prá mim é boato
O medo é de nem morato
Me botar um apelido

E assim foi dito e feito
A história foi assim
Nem morato quando soube
Tudo tim tim por tim tim
Começou a transmitir
Que pelaram o bem-te-vi
E tocaram fogo no "nim".


João Bandeira

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Provérbio

Este provérbio me fez lembrar de uma frase lida pela "internet da vida":
"Sempre estou do lado do Governo, pois se ficar na frente ele me "fode" se ficar atrás ele me "caga"!
John Flag

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Provérbio

"Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar.
Não ande na minha frente, talvez eu não queira segui-lo.
Ande ao meu lado, para podermos caminhar juntos."

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Por do Sol em Brasília

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Engraçadas...



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Que idéia

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Filosofia de Para-choque

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A fome de Lula

Incorrigível frasista nos embalos do improviso, o candidato-presidente Lula acrescentou mais uma pérola ao colar da sua campanha, no primeiro comício inaugural, em Governador Valadares (MG), com o palanque adornado pela presença do aliado, candidato a senador, o conhecido ex-governador de Minas, Newton Cardoso, que ocupa espaço como peso-pesado de barriga tão volumosa como o seu rico prontuário.
Em nenhum momento, Lula deixou transparecer o constrangimento que embaraçava os candidatos do PT a mandatos no Legislativo. Ao contrário, com ruidoso bom humor abraçou o novo correligionário - que compõe com o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, e com o também ex-governador do Pará, atual deputado Jáder Barbalho, a trinca de seus assessores éticos - e caprichou no discurso, arrancado aplausos da multidão de cerca de 2.500 petistas presentes, devidamente advertidos para não vaiar o aliado estreante.
O orador defendeu a prioridade do Bolsa-Família como o carro-chefe da campanha e rebateu a ranzinzice dos críticos da oposição. Foi enfático: “Como este que vos fala já passou fome, sei que para aquele que toma café de manhã, almoça e janta todo o dia, talvez o Bolsa-Família seja assistencialismo.” Caprichou na promessa: “Se isso for assistencialismo, eu vou fazer muito assistencialismo, porque vou continuar cuidando do povo pobre desse país.
”A memória de Lula costuma embaraçá-lo no cipoal de contradições. Na comovente história da sua infância de menino pobre e na juventude de conhecidas dificuldades, as lembranças de períodos de panelas vazias misturam-se na omelete das recordações. No seu longo depoimento de 100 páginas do clássico livro da escritora petista Denise Paraná – Lula, o filho do Brasil – desfilam mais de uma dezena de referências que desafiam a conexão da coerência.
Na página 72, o desabafo soa como cantoria desafinada: ”Muitas vezes eu cheguei a passar fome. Não passar fome de não ter nada para comer. Ter o que comer às vezes você tem. Mas, nem sempre o que você tem é aquilo que está com vontade de comer”. Um tanto confuso, não?
Nas muitas referências ao pai, Aristides Inácio da Silva, o conflito entre o reconhecimento das raras qualidades com a imagem amarga do gênio violento, impiedoso nas sovas aos irmãos e o abandono da esposa, a Dona Lindu, guardada na moldura da mãe heroína. Como na pág. 52: “Meu pai era essa figura trabalhadora. Trabalhava muito, mas muito mesmo. Era responsável do ponto de vista de não deixar faltar comida m casa. Mas, era por demais violento e uma violência de ignorância”.
O pai abandonou a esposa e sete filhos em Guaranhuns, no sertão de Pernambuco, e foi tentar a vida em São Paulo, com a nova companheira, uma prima menor de idade.. Lula tinha sete anos quando Dona Lindu com seis dos sete filhos, nas sacudidelas de um caminhão, o pau-de-arara tosco, mudou-se para São Paulo, decida a recomeçar a vida sem o marido.
Na tentativa frustrada de reconciliação, Lula conta (pág. 52) que “naquele dia o meu pai chegou em casa e trouxe uma despesa enorme: trouxe bacalhau, trouxe carne-seca. Porque naquele tempo bacalhau – é interessante isso – era essa coisa sofisticada que é hoje, pobre também comia”.
Na pág. 55, Lula arremata as reminiscências paternas: “Quando nós estávamos no Nordeste e meu pai aqui (SP), ele nos mandava dinheiro. Desse tipo de coisa a gente não pode se queixar. Ele nunca faltou com os compromissos. Sabe aquele negócio dos compromissos do princípio do século? O compromisso era o seguinte: eu garanto o feijão, o arroz, o pão e o lar. Isso tudo ele garantiu.” E a marretada na ferradura: “Mas era péssimo marido. Ele brigava muito. Invocava muito com as minhas irmãs, com todo o mundo. Tanto que o coitado morreu como indigente. Meu pai morreu em 1978 como indigente.
”Das reminiscências da juventude em São Paulo, na briga por emprego, antes do envolvimento com as lutas sindicais, o registro de tempos difíceis, como da pág. 83: “Em 1965 eu fiquei parado muito tempo. Era uma situação muito difícil, tinha muita miséria na minha casa. Nós passávamos muitas privações.
”E parágrafos adiante: “Foi uma crise de desemprego em 1965 muito, muito pesada. Eu sobrevivia fazendo bico para ganhar algum dinheiro. Eu comia o pão que o diabo amassou. Eu me lembro que chegava na hora de comer e não tinha o que comer; se tinha era arroz e batatinha cozida no molho. Não tinha carne, não tinha frango. Foi um período muito ruim na nossa vida.
”O destino guiou o presidente Lula para as veredas da bonança. Desde que foi atraído pelo movimento sindical, aos 23 anos de idade, e galgou os degraus da liderança, só fez na vida o que gosta. Até hoje. Viajou pelo Brasil e pelo mundo, foi deputado constituinte com escassa presença, presidente do PT e candidato a presidente em quatro campanhas. Continua em campanha, pouco pára no seu gabinete no Palácio do Planalto.
E é o favorito para novo mandato de quatro anos, Vida que segue.
Villas-Bôas Correia

sexta-feira, setembro 08, 2006

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Camundongos detestam queijo, afirmam cientistas


Terra - Ao contrário da crença popular e de desenhos animados como "Tom e Jerry", os camundongos na verdade não gostam de queijo, revelaram cientistas britânicos após estudar a dieta destes e de outros animais. Os pequenos roedores, ao contrário, demonstraram preferência por alimentos com alto teor de açúcar, como grãos e frutas e virariam o nariz para qualquer coisa de cheiro e gosto fortes como o queijo, afirmaram os cientistas.
"Claramente, a suposição de que camundongos gostam de queijo é uma premissa popular", disse o especialista em comportamento animal David Holmes, da Universidade Metropolitana de Manchester. "Os camundongos evoluíram quase inteiramente sem queijo ou coisa parecida". "Os camundongos reagem ao cheiro, à textura e ao sabor da comida e o queijo é algo que não estaria disponível para eles em seu ambiente natural" e, portanto, eles não responderiam a ele, explicaram.

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No rastro de Lucena

No rastro de Lucena
(reportagem da revista IstoÉ)
Ex-prefeito de João Pessoa e candidato ao Senado, Cícero Lucena é acusado de desviar mais de R$ 100 milhões
Por Mário Chimanovitch – João Pessoa (PB)

A temperatura política naParaíba está elevadíssima. Em plena disputa eleitoral,denúncias de desvio do dinheiro público dão uma conotação policial ao noticiário político e colocam na berlinda o governador tucano Cássio Cunha Lima, candidato à reeleição, e, principalmente, Cícero Lucena, ex-prefeito de João Pessoa e candidato ao Senado, também do PSDB. Lucena chegou inclusive a ser preso pela Polícia Federal numa operação anticorrupção e precisou recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral para salvar sua candidatura. Há indícios de que o rombo deixado pelo candidato a senador na Prefeitura de João Pessoa chegue a R$ 100 milhões. Procurado por ISTOÉ em João Pessoa, o ex-prefeito não quis se defender. Mandou dizer por um auxiliar – o jornalista Carlos Cezar Ferreira Muniz – que os processos correm sob segredo de Justiça e que, nesse caso, é melhor deixar que a própria Justiça se manifeste. O jornalista Ferreira Muniz foi secretário de Comunicação Social de Lucena e pesa sobre ele a acusação de ter utilizado irregularmente uma verba publicitária de R$ 4,3 milhões em favor da empresa MIX Comunicação. Segundo decisão do Tribunal de Contas do Estado, o dinheiro terá que ser devolvido aos cofres públicos. A empresa é responsável também pela mídia do governo estadual e por toda a campanha eleitoral do PSDB.
A operação da PF, que leva o nomede “Confraria”, foi deflagrada emmeados do ano passado, quandoLucena era o titular da Secretaria de Planejamento do Estado. E sua origem é uma denúncia de setembro de 2002 – Lucena era o prefeito –, formulada pelos ex-deputados Carlos Mangueira e Ricardo Coutinho. Como chefe do executivo municipal, Lucena usou extintos contratos para desviar dinheiro da prefeitura. Antes de o escândalo se tornar público, ele carregava a fama de administrador corajoso e exímio tocador de obras. “Estamos sendo levados a crer na existência de forte motivação para impulsionar a demonstração de rara coragem do administrador, assessorado pela participação de inúmeras pessoas, como se fosse uma confraria, ao resolver afrontar a lei sem qualquer pudor”, afirma um relatório do Tribunal de Contas.
Segundo as investigações, o então prefeito teria tirado dinheiro dos cofres municipais, utilizando uma extinta licitação para justificar a retirada dos recursos. A licitação extinta foi homologada pela Prefeitura de João Pessoa em 16 de setembro de 1991. “Ela se destinava a obras de infra-estrutura para a recuperação acelerada de diversos bairros, conjuntos habitacionais e favelas da zona sul da cidade”, lembra o ex-deputado Mangueira. O contrato havia perdido sua validade por não ter sido inscrito no Plano Plurianual entre 1993 e 1999 e, por ter permanecido inativo, foi irremediavelmente extinto, não podendo, em nenhuma hipótese – segundo decisão do Tribunal de Contas – ser utilizado nem mesmo revalidado.
Apesar da decisão do Tribunal de Contas, o contrato foi revalidado e transferido por instrumento de cessão parcial à Construtora Julião Ltda., para que fossem executadas, com verbas federais, melhorias de transportes coletivos e urbanos, interligação de avenidas e acesso a conjuntos habitacionais totalmente fora das áreas abrangidas pelo projeto original. Todos os aditivos foram considerados ilegais pelo TCU. Posteriormente, outras cessões do contrato para a Julião e desta para outras empresas foram ampliando astronomicamente valores e quantitativos de obras. Incluem-se no pacote a urbanização e a iluminação da orla marítima de João Pessoa, com a inclusão no contrato da Construtora Plena Ltda., em 23 de novembro de 2000, mediante cessão de direitos feita pela Julião. Nessa ocasião, ocorreu o misterioso suicídio de um dos secretários municipais de Infra-estrutura, que teria assinado alguns dos milionários aditivos.
“Com inúmeros aditivos e cessões de contrato, os valores foram se multiplicando e as obras se espalhando por toda a cidade, sempre fora da área originalmente prevista. Ou seja, um contrato extinto passou a ser usado para qualquer tipo de obra e a qualquer preço, dependendo da disponibilidade de recursos que pudessem ser captados através da bancada federal de apoio ao então prefeito Cícero Lucena”, constata Mangueira. Para descobrir o valor exato dos desvios protagonizados pelo ex-prefeito,
a Polícia Federal aposta na localização de sete computadores que desapareceram misteriosamente da Secretaria de Planejamento tão logo foram reveladas as primeiras acusações. Na memória dessas máquinas, segundo a PF, pode estar o registro do valor total da fraude.
Postado por Tamar

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Porque o Blog


O nosso Mural esta recebendo um número considerável de visitas e um elevado nível de postagem, no entanto, ele não tem recurso de formataçã nem permite a colocação de imagens. Para um maior dinamismo de nossa discursões, foi então que criei este blog e espero que o mesmo seja um forúm de questionamentos e respostas para o que acontece na nossa cidade e no Vale do Piancó. Se você é novo por aqui e quiser deixar alguma notícia, artigo ou outro material, me contate pelo email rainerio@gmail.com, que enviarei a senha, se quiser apenas deixar sua olpinião, clique no link "comments, abaixo de cada "post".
Bom Proveito!