Quer seja curto ou comprido,
Quer seja fino ou mais grosso,
É um órgão muito querido,
Por não ter espinhas nem osso.
De incalculável valor, Pois ninguém tem um a mais,
E desempenha no amor,
Um dos papéis principais.
Quando uma dama lhe toca,
Ei-lo a pular com fervor,
Se for um rapaz, estremece,
Se for velho, tem menos vigor.
O seu nome não é tão feio,
Tem sete letrinhas só,
Tem um R e um A no meio,
Começa em C acaba em O.
Nunca se encontra sozinho,
Vive sempre acompanhado,
Por outros dois orgãozinhos,
Junto de si, lado a lado.
O nome destes, porém,
Não gera confusões,
Tem sete letras também,
Tem L e acaba em ÕES.
Pra acabar com o embalo,
E com as más impressões,
Os órgãos de que eu falo...
São o coração e os pulmões!
..................................................................................
O que é que vocês tavam a pensar que era???
Mentes perversas... cuidado, a lingua portuguesa engana...
por João Bandeira
segunda-feira, setembro 18, 2006
A lingua portuguêsa engana a gente....
Postado por
Unknown
às
6:00 AM
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2 comentários:
É sempre bom ter João Bandeira em cena! Ele nos encanta com seus escritos, sejam em verso ou prosa!
João, devo-lhe dizer que você me enganou até o último verso! Realmente, eu pensei, diferentemente, do desfecho da trova. Eu imaginei o que a trova nos sugere pensar, mesmo porque os órgãos externos estão mais à vista (rs).
Então veio à mente a estória de Camões, não sei precisar, se o poeta português, ou aquele do nosso lendário popular, Camonje.
Pois bem, Camões estava sentado, saboreando um banquete, juntamente, com a fidalguia da época, quando alguém solicitou: - Camões proponha-nos uma advinhação? - Pois não! E perguntou: O que é que tenho entre as pernas? Silêncio geral! Os pseudo-moralistas, torceram a cara, envergonhados! Risinhos às escondidas e abafados aconteceram! Finamente, a dona da festa, com ar muito sério o inquiriu: Não sabemos e por favor não nos faça outra desta! Camões, com cara de bobo, retrucou: Não vi nada demais em minha pergunta! O que tenho entre as pernas é a perna da mesa, podem verificar! Risada geral e suspiros de alívio fizeram-se ouvir! Camões, então, perguntou: E agora, que tenho entre as pernas? Quase todos, risonhos, responderam: a perna da mesa, ao que ele, cinicamente, respondeu de imediato! Não, Senhoras e Senhores! Eu tenho entre as pernas aquilo que vocês estavam pensando, anteriormente!
Oba! Descupe-me, não assinei o comentário abaixo, o que faço, agora!
Jesus Soares da Fonseca
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