sexta-feira, setembro 22, 2006

Lula admite que eleição pode ir ao 2º turno

Reuters - Por Ricardo Amaral

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu pela primeira vez publicamente, nesta sexta-feira, a possibilidade das eleições serem decididas no segundo turno e acusou a oposição de não aceitar o jogo democrático eleitoral.

"Se tiver segundo turno, não tem nenhum problema (...) e é bom que seja em dois turnos, nós vamos disputar. Eu não tenho dúvida que nós vamos ganhar. Só é preciso aferir corretamente o tempo", afirmou o presidente em encontro com prefeitos.
Num dos mais importantes atos políticos de sua campanha à reeleição, o presidente recebeu manifesto com apoio de 2.135 prefeitos, de 22 partidos, inclusive do PSDB e do PFL, principais adversários na disputa presidencial.

Lula pediu empenho dos prefeitos na reta final da eleição e voltou a dizer que os adversários estão desesperados.

"É preciso ficar de olho, porque tem gente neste país que ainda não aprendeu a viver na democracia. Tem gente neste país que pensou: 'vamos deixar o operário entrar, que ele não vai dar certo, e depois a gente volta com toda força"', disse.

"Só que os números mostraram que nós demos muito mais certo que eles e eles agora estão ansiosos para ver se existe outros meios que não a relação democrática da eleição para evitar que as pessoas dirijam este país", acrescentou o presidente, depois de agradecer o apoio que recebeu, na véspera, de entidades sindicais no meio da crise do dossiê.

Para Lula, devido ao desespero, seus adversários "estão tentando todos os dias baixar mais o nível".

"Eu sou o maior interessado em apurar esse negócio, eu quero saber toda a tramóia, que diabo de conteúdo tinha esse dossiê, que arapuca é essa. Porque se não tiver nada, quem fez isso não era de grande inteligência. É deplorável negociar com bandido e quem compra informação de bandido é tão bandido quanto os outros", disse.

Na solenidade, o vice-presidente José Alencar, que também concorre à reeleição, disse que Lula vai vencer no primeiro turno "queiram ou não queiram. Essa é a vontade do povo e eles (adversários) não têm poder para mudar o povo"

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