quinta-feira, outubro 12, 2006

SIGNIFICADO DA DERROTA E DA VITÓRIA

As matérias que se seguem, foram-me enviadas por nossa conterrânea Amadélia, filha de Amadeu Lopes e Arli Costa, residente, atualmente, em Recife, funcionária da CHESF aonde faz parte do Comitê Gestor do Programa Luz Para Todos. Ela pretende atuar na Paraíba, mais precisamente no Nosso Vale do Piancó, o que é uma honra para todos nós, seus conterrâneos.

Jesus Fonseca

Escrito por Emir Sader da AgênciaCarta Maior.

A política econômica, tal qual transparece claramente do discurso decampanha tucano, seria uma retomada forte dos contornos mais ortodoxosdo modelo liberal. O "choque de gestão" que Alckmin anunciou - e deixouguardado, pelo contraste altamente negativo para ele diante do "choquesocial" com que Lula respondeu - expressa isso, além da equipe econômicaque ele ameaçou lançar mão. Seria uma retomada da política econômica deFHC onde este havia sido obrigado a deixá-la: a privatização da Petrobrás,da Eletrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, voltariamcentralmente à pauta do governo. FHC recém acabou de reivindicar seuprocesso de privatizações, fortalecendo o compromisso programático dostucanos com o liberalismo econômico ortodoxo.

A política internacional tucana aponta claramente - nas declarações do candidato e de FHC - para um abandono da centralidade d eixo Sul/Sul e a retomada de relações privilegiadas com os EUA, que implicariam no fim definitivo do Mercosul e na aceleração da Alca, com a assinatura de Tratado de Livre Comércio com osEUA.

As políticas sociais voltariam à inocuidade que tiveram nos 8 anos em queforam dirigidas pela ex-primeira dama, Ruth Cardoso, retomando acentralidade das metas econômico-financeiras. No plano educacional, aprivataria, que multiplicou como nunca na nossa história as faculdadesparticulares, retomaria seu caminho. Os movimentos sociais - o MST emprimeiro lugar - seriam vítimas de repressão e criminalização.

O salário mínimo seguiria defasado em termos de poder aquisitivo diante dos preços, a desigualdade retomaria seu caminho histórico de consolidação.
Não é estranho, diante da possibilidade que a oposição de direita propõe -ou ameaça -, que o pronunciamento das urnas se anuncia como umavitória esmagadora do governo Lula. Apesar de não haver saído do modeloeconômico neoliberal - responsável pelo baixo crescimento econômico -,apesar da política que tem favorecido os trangênicos em detrimento dapolítica de auto-suficiência alimentar, do andamento lento da reformaagrária, da repressão às rádios comunitárias, do pouco incentivo aosoftware alternativo -, apesar disso tudo, o povo percebe que a melhoralternativa hoje é a da reeleição.

A derrota do bloco tucano-pefelista será uma grande derrota da direita noBrasil. Ela ganhou nova cara com o governo FHC, que promoveu aaliança da elite paulista com a nordestina, em torno do plano deestabilidade financeira, da privatização, da abertura acelerada daeconomia, da desregulamentação, da projeção do capital financeiro - em suaforma especulativa - ao posto hegemônico na economia, entre tantas outrascoisas, todas regressivas e negativas para o Brasil. O espaço para ocrescimento e fortalecimento da esquerda voltará a ser amplo.

Para o que será necessário que o governo leve à prática um novo modeloeconômico, com crescimento, distribuição de renda, criação de empregos,fortalecimento da organização popular, consolidação dos projetos deintegração regional e de articulação com o Sul do mundo.Essa derrota deve representar uma nova oportunidade para formular edesenvolver um projeto posneoliberal, valendo-se da divisão e desconcertoque já se apossou da direita - dos seus lideres políticos, dos seuscronistas na mídia, dos dirigentes partidários. Valendo-se também do novocaudal de votos recebidos, da composição claramente popular dessa votação,da desarticulação dos discursos da direita, abre-se espaço para um discursode democratização social, de soberania nacional, de integração regional, dereformas democráticas do Estado e do conjunto do sistema político.

Essa nova oportunidade será, ao mesmo tempo, uma nova oportunidade para aesquerda se recompor, recuperar capacidade de formulação de propostas e demobilização social, de protagonismo político - nacional, regional einternacional -, enfim, reaparecer como alternativa para a crise hegemônicaem que vive o país, produto das políticas neoliberais. Para que a derrotado bloco de direita - tucano-pefelista - represente realmente uma vitóriada esquerda e do movimento popular.


LULA - Fatos relevantes.

Por: Dennis de Oliveira

Nesta hora, recomenda-se prestar muita atenção para não sermos enganadospor nossos meios de comunicação. É necessário passar a limpo tudo, desde o antes, o hoje, e o amanhã... Mas, não façamos o papel de bobos, de ingênuos, não sejamos massa de manobra.
A democracia está tirando de debaixo do tapete a sujeira escondida há anos...Os que querem a derrubada do governo atual do poder, são os golpistas que durante décadas, por si mesmos e por seus antepassados, levaram o país a bancarrota, á dívida externa, a violência urbana que vivemos hoje..

São os privativistas que entregaram as empresas estatais a preço de banana, dando praticamente sem nenhum custo os ativos estatais às empresas estrangeiras. São aqueles que queriam privatizar FURNAS a todo custo. Defendo o governo legal e constitucionalmente eleito pelo voto popular, livre e democrático. Defendo o Estado de Direito Democrático. Qual a credibilidade que os atuais integrantes do Congresso Nacional tem para querer depor o presidente eleito? Não façamos o papel de tolos, de ingênuos, não sejamos massa de manobra dos oportunistas de plantão...É necessário passar a limpo tudo, desde o antes, até o hoje, e o amanhã...

Dennis de OliveiraProfessor ECA/USP e Unimep

Site: http://dennisoliveira.sites.uol.com.br
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