segunda-feira, setembro 11, 2006

REGIÃO DESCONHECIDA DO CÉREBRO

Não sou médico e, até, me considero um leigo no cerne da questão, nem quero desmistificar as teorias do Projeto Ockham, ainda mais, por ser a primeira vez que esteja ouvindo algo a respeito daquele Projeto. Entretanto, sou curioso e admirador da Ciência Humana.

Quando no Grupo Escolar Simeão Leal, de Misericórdia, aprendemos, naquele educandário, eu e tantos outros alunos, as primeiras noções do corpo humano, através de uma matéria que ali se lecionava com o nome de História Natural. Neste compêndio foi nos ensinado que o corpo humano dividia-se em: cabeça, tronco e membros e que a cabeça era formada de Crânio e Face. Posteriormente, já no Liceu Paraibano, em cursos mais avançados, fui tomando ciência, com maior profundidade, daquelas noções que nos foram tão bem transmitidas pelas educadoras do nosso querido Grupo Escolar. Foi neste momento que minha curiosidade pelo corpo humano fez-se mais premente e comecei a me deslumbrar com o seu poder, com sua força e mais, com o responsável por todo este magnífico poderio, o CÉREBRO, a fonte primordial da existência humana. Às vezes, divagando, eu imagino o Cérebro como o Senhor Absoluto, reinando imperioso, cercado de inúmeros vassalos, as outras partes do corpo, que obedecem, cegamente, as suas ordens. Divagações à parte, continuando no que desejo exprimir!

Pesquisei sobre o que, com muita sapiência, a comunidade científica nos ensina, o potencial cerebral. Entendi, e não me estou fazendo dono da verdade, é um entendimento particular, o que cientistas, estudiosos do assunto com profundidade, falam a respeito da capacidade do cérebro e que dela há um conhecimento de, apenas, 10%.

A Comunidade Científica jamais informou que pessoas utilizavam 10% enquanto outras mais dotadas utilizavam os 90%, restantes. O que Ela nos informa é que dentro daquele pequeno percentual (10%) realizam-se todas as “facetas” neurológicas conhecidas. Assim, alguns, dentro do percentual de 10%, desenvolvem poderes mentais mais que outros, como fenômenos ditos "paranormais", o usufruto com maior intensidade da inteligência, capacidade de memorização etc. Por outro lado, há um engano de interpretação ao se concluir sobre áreas inativas do cérebro. A ciência, aqui também, não nos diz que há partes do cérebro inativas, por hipótese alguma. Ela nos fala de 90% com ações neurológicas que, ainda, não foi possível se chegar até elas, detalhadamente, isto não quer expressar inatividade de área, ao contrário é uma área em plena atividade, repleta de neurônios, embora de funções desconhecidas, mesmo porque, segundo as leis naturais, onde não há funcionamento, a tendência é morrer e morte de neurônio, como se sabe, é morte cerebral, conseqüentemente, extinção da vida.

Outrossim, fiquei meio estarrecido com os exemplos infantis dados para justificar a tese. Traumatismo craniano em 90% do cérebro, balas atingindo áreas ociosas! Que loucura? Aqui, há outra interpretação, meio esdrúxula. É como se o cérebro estivesse dividido em uma pequena área de 10%, de um lado, e outra área, oposta, de 90%. As funções cerebrais conhecidas estão espalhadas por todo o cérebro, havendo entre elas, partes cujas funções a ciência ainda não conseguiu interpretar, formando um universo de 88%, segundo estudos mais avançados ou 90% para outra corrente.

Num exemplo meio rude, para melhor compreensão, é como um queijo suíço, se somarmos todos os orifícios espalhados no corpo daquele laticínio, por certo chegaremos a um determinado percentual do queijo. Outro exemplo é a memória do computador. Após um tempo grande de uso, é necessária uma formatação, uma vez que haverá áreas que não foram usadas espalhadas por toda memória.

É necessário sabermos que há no cérebro substâncias químicas responsáveis pelas conexões entre os neurônios conhecidas como NEUROTRANSMISSORES, em número de bilhões. Pois bem, a ciência, ainda, não sabe o modo de agir destas substâncias, nem mesmo como são fabricadas. Ora, elas provêm, certamente, de algum lugar do cérebro, região, portanto, desconhecida, como inúmeras outras, mas que não estão, necessariamente, inativas.

Há muitos cientistas da área neurológica procurando desvendar os mistérios dos neurotransmissores, inclusive na área de bioquímica já há muitos e promissores avanços. Doenças como Alzheimer, Mal de Parkinson, Esquizofrenia, Depressão, etc, que afetam milhões de seres humanos, num futuro próximo, poderão ter tratamento e cura, com a descoberta dos mistérios dos neurotransmissores, naturais de uma parte desconhecida do cérebro. Um destes males, o Alzheimer, afeta uma região do cérebro, o HIPOCAMPO, que é uma estrutura fundamental à memória, responsável pela gravação de cenas, que presenciamos, que sentimos, de fatos relevantes, detalhadamente, razão da degradação contínua da memória do portador da doença.

Quando células nervosas começam a morrer em uma progressão degenerativa, tem-se o Mal de Parkinson, doença que afeta determinada região do Sistema Nervoso Central, conhecida como “substância negra”, de acordo com o neurocientista Dr. Cícero Coimbra da Universidade Federal de São Paulo, a UNIFESP. E o que é a tal Substância Negra? É uma área responsável pelo primeiro impulso de todos os nossos movimentos que fica na base do cérebro, quando afetada gera tremores e certa rigidez. O mal, ainda, não tem cura, pois a ciência, ainda, não desvendou os segredos completos da região.

Tenho plena consciência, de que, aos olhos de médicos e de profundos conhecedores do assunto, não ter me expressado a contento, tão detalhadamente como eles podem fazer, entretanto, na minha visão de leigo curioso, procurei fazer minhas considerações, achando ser um desmerecimento a Comunidade Científica, que tanto serviço presta à humanidade, com anos e mais anos dedicados à ciência, achar que teses, sabiamente, elaboradas sejam um mito.

Jesus Soares da Fonseca

2 comentários:

Unknown disse...

Olá Jesus.
Tomei a liberdade de corrigir a tua matéria, você também pode fazer isto, é só em vez de CRIAR, você clicar em EDITAR POSTAGEM e fazer as correções.
Um abraço

Rainério

Unknown disse...

Obrigado, Rainério! Quando eu coloquei a ERRATA foi, justamente, pensando que tu poderias incluir no corpo do texto a correção, por mim, indicada.
Doutra feita utilizarei o EDITAR, em vez da indicação do erro, numa ERRATA.

Um abraço!

Jesus Fonseca