domingo, outubro 15, 2006

QUEM ENTENDE A MORTE, TEM MELHOR QUALIDADE DE VIDA.

Entender a Morte para se ter melhor qualidade de Vida
( Reynollds Augusto).



De uns tempos para cá o tema morte se apresenta de uma forma ou de outra no nosso site e isso se torna natural á medida que ela “arrebata” um dos nosso parentes,um dos nossos amigos ou alguém de nossas relações.
Essa semana eu vi uma mensagem do nosso amigo João Bandeira fazendo comparação á data do desenlace do nosso amigo comum “meu senhor”, com alguns parentes seus. E tudo isso me fez refletir,me fez filosofar.É preciso filosofar,é preciso pensar na vida...
Pois bem, resolvi fazer algumas pesquisas para compartilhar esse estudo com os amigos de Itaporanga que visitam o site nosso amigo Rainério ( que também,permita-me o atrevimento, considero nosso),especialmente a Bandeira, e descobri coisas interessantes. Eu descobri que desde os primórdios da humanidade o tema morte sempre intrigou o homem e sabem porque? Porque a morte é a prova inquestionável da fragilidade da matéria, é o grito assustador da verdade inexorável :todos morreremos um dia. O tema morte é uma fonte inesgotável de escritos filosóficos e religiosos. Os estóicos diziam que “ O homem quando nasce é condenado a morte”; Dante considerava que aos 40 anos o homem estava velho,portanto prestes a adentrar nos portais do túmulo;Hipócrates considerava que o homem alcança o seu apogeu aos 56 anos;Aristóteles por sua vez considerava velho o homem com mais de 50 anos;Schopenhauer ,um dos notáveis filósofos do século XIX dizia que a razão e a observação nos levam nos levam á descoberta da morte.Vemos os outros morrerem e assim sabemos que um diz morreremos. Eu gosto dos escritos de Shopenhauer, ele falava muito por metáforas e as metáforas falam mais e sendo assim ele dizia que a morte é como um açougueiro que vai escolhendo uma ovelha após a outra para levar ao matadouro.É uma metáfora triste, mais diz uma grande verdade:não tempos escapatórias.Pesquisando mais ainda descobri que Martin Heidegger, filósofo alemão morte em 1976 quando refletia sobre a morte asseverava que “ a morte é a impossibilidade de qualquer possibilidade”.
Conceitos á parte eu ficou com as respostas dadas pelos espíritos ao professor Kardec no capítulo III da 2° parte do livro que trata da separação da alma e do corpo.Vamos resumi-las:

que a separação da alma e do corpo não se dá instantaneamente,não se escapa como um pássaro cativo a que se restitua subitamente a liberdade .Esses dois estados se tocam e confundem, de sorte que o Espírito se solta pouco a pouco dos laços qie p prendiam.Esses laços se desatam , não se quebram.

que a separação definitiva da alma com o corpo não acontece antes da cessação completa da vida orgânica. Que na agonia ,a alma, algumas vezes , já tem deixado o corpo;nada mais há que a vida orgânica. O homem já não tem consciência de si mesmo;entretanto ,ainda lhe resta um sopro de vida orgânica.O corpo é a máquina que o coração põe em movimento.Existe , enquanto o coração faz circular nas veias o sangue,para o que não necessita da alma.

que muitas vezes a alma sente que se desfazem os laços que a prendem ao corpo.Emprega então todos os esforços para desfaze-los inteiramente.Já em parte desprendida da matéria ,vê o futuro desdobrar-se diante de si e goza, por antecipação , do Estado de espírito(alma desencarnada).

que nos casos de morte violenta e acidental ,quando os órgãos não ficam fraco em conseqüência da idade ou da moléstia, a separação da alma e a cessação da vida ocorrerem simultaneamente ,mas em todos os casos, muito breve é o instante que medeia entre uma e outra...

Enfim... O fato é que a fatalidade biológica da morte só tem poder sobre nós porque buscamos dela fugir ao invés de entender esse mecanismo natural que faz parte do processo evolutivo da nossas vidas.Nada nos ensina mais sobre a vida do que a morte. A mitologia grega por não entende-la criou a figura de Caronte,o barqueiro que exigia uma moeda de ouro para levar os mortos na travessia do Rio Estige. A moeda era colocada entre os dentes dos mortos.A lenda esclarecia que aos não pagantes restava vagar para sempre sem rumo e nem destino. Quem não se lembram dos egípcios que enterravam seus mortos som seus objetos pessoais, e em muitas ocasiões com animais de estimação e até mesmo servos.
E hoje , einh! Estão desenvolvendo técnicas sofisticadas que envolvem a aplicação de nitrogênio líquido que permitem o congelamento dos corpos na esperança de que no futuro ,em se encontrando a cura da doença a vida possa lhe ser devolvida.Tudo isso é uma grande bobagem.Materialismo puro .( ou impuro)
Meus amigos, é preciso entender a morte em sua dimensão humana e espiritual.Isso é fundamental para que o homem possa enfrentar o seu maior medo:O medo da morte.
Quando nós depositamos no mundo material toda a nossa esperança de felicidade é bem-estar, enxergamos a morte como um fator de profunda perturbação emocional e o pleno entendimento da morte exige um diálogo sincero entre a ciência e a espiritualidade, que graças ao tempo já está acontecendo.Meio que timidamente, mais já é o começo.
A eminente médica e cientista suíça, Dra. Elisabeth Kubler-Ross ,criadora da tanatalogia, ciência que estuda a morte ,foi uma das grandes embaixadoras da vida, da esperança e do amor pela sua coragem de estudar, não somente como médica e cientista, mas como humanista a fatalidade da morte.
Enquanto isso... Vivamos bem espargindo o bem, começando por dentro de casa.PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.

1 comentários:

Anônimo disse...

Reynolds, vou te confessar uma coisa: Raramente leio seus escritos. Não por serem desinteressantes, mas porque é um assunto que não entendo bem e depois eu fico na dúvida sobre tudo isso aí. Mas esta aí da qualidade de vida eu comecei a ler e não consegui mais parar, muito boa mesmo...parabéns!