terça-feira, outubro 17, 2006

PAIXÃO EXACERBADA NÃO ESTÁ NA MINHA AGENDA



João Bandeira,

Se você é chegado a paixões, não é o meu caso, não faz o meu gênero! Eu só tenho paixão por meus três filhos e por minha mulher e muito amor fraterno para com meus irmãos!

Feitas as considerações preliminares, quero lhe afirmar que se alguém, por motivos fúteis ou mesmo por preconceito, quando lê uma sentença e, apenas, absorve aquilo que lhe apetece, demonstra, vivamente um amor mórbido, uma tendência doentia por algo que lhe interessa.

O que TRANSCREVI e não o que ESCREVI, foram linhas de um comunicado da TV GAZETA a respeito da ausência de ambos os candidatos ao debate, está lá no SITE daquela EMISSORA de TV. Um dos trechos deste comunicado fala:

“O debate não será realizado porque o presidente Lula, candidato à reeleição, embora declarasse que compareceria a todos os debates do segundo turno, alegou “problemas de agenda” para não estar presente. Geraldo Alckmin, que confirmara participação no evento, desistiu oficialmente de participar da entrevista sem uma explicação para o fato.”.

Com base neste mesmo comunicado, a Folha de São Paulo, Alckmin de carteirinha e ninguém pode negar, ou quem quer que fosse, fez o seguinte título para divulgar a matéria:

“Lula falta com a palavra, mais uma vez!”
De posse da matéria da GAZETA, fiz um título honesto, coerente com o bojo do texto:

ALCKMIN, SEM EXPLICAÇÕES, NÃO COMPARECERÁ AO DEBATE

Título este, baseado nas últimas palavras do comunicado da GAZETA “.......desistiu oficialmente de participar da entrevista sem uma explicação para o fato.”.

Veja, um candidato diz que não vai comparecer por problemas na agenda o outro, nem explicações dá para ausência. Eu não estou aqui para discutir o mérito da questão pelas desculpas de ambos, aliás, de um só. O que tento explicar é a maledicência, a mesquinhez, de um TÍTULO que visa, tão somente, desqualificar uma parte, tirando a atenção da outra, quando sabemos que ambas praticaram o mesmo ato.

A paixão, João bandeira, não é minha! O fanatismo não é meu! Seria, se eu, aqui, tentasse denotar tanto ódio, tanta aversão, tanta ojeriza pelo Candidato do PSDB, ex-governador de São Paulo, ao ponto de desqualificá-lo com a alcunha de um tal de Geraldo Alckmin.

Se você não sabe ficar calado, muito menos eu, ainda mais quando vejo as paixões tirando todo o discernimento das pessoas. Se você leu a última matéria minha, irá perceber que o mínimo que alcunhei alguns petistas doentes foi o máximo que se poderia dizer.

Sou aposentado pelo BNB aonde exerci por mais de 25 anos a função de Analista de Sistema em Informática, ocupando o cargo de Coordenador do Sistema de Contas Correntes do Banco, por mérito. Nunca um colega meu em cargo superior ao meu, ouviu de mim a “nojenta” expressão – CHEFE ou CHEFIA, como muitos bajuladores costumam falar.

Como você, também, eu não preciso de Lula ou de político algum, aliás, nunca precisei! Após o pleito de 29 de outubro, minha vida não irá mudar em nada, seja quem for o Presidente eleito!

Entretanto, doía-me, olhar daqui do meu apartamento, a miséria em que viviam, até bem pouco tempo, pessoas em uma favela, lá embaixo! Condoia meu coração, em saber que eu podia dar de comer a minha família, enquanto muitos não tinham, sequer, um mamão verde para enganar o estômago. E porque não desejo a volta do FMI, a inclusão da economnia do País a ALKA e, conseqüentemente, a intervenção estadunidense, nesta Nação, com retorno dos excluídos, marginalização dos mais pobres e esbanjamento dos mais ricos, estarei dando minhas opiniões contrárias a todos estes desmandos.

Sou cônscio do que faço sem almejar, unicamente, as benesses para mim e para minha família, enquanto terceiros podem vir a morrer de fome. Como já lhe expliquei em outras oportunidades, não sou filiado a partido algum e voto no candidato, no que ele poderá fazer em prol de uma comunidade aonde abrigue todos nós, com justiça.

Entendo que os cargos hierárquicos devam ser respeitados, mas o indivíduo, como ser humano é igual em qualquer parte do planeta, do Papa ao mais humilde operário, do vaqueiro ao Presidente de qualquer República, todos são filhos de uma mesma raça, a Raça Humana!

Minha tia Olívia, de saudosa memória, costumava dizer: “política causa muitos dissabores, entre as pessoas, quando é exercida com fanatismo, com interesse próprio”. É um pensamento sábio! Que Deus a tenha na glória!

Um abraço, amigo!

Jesus Soares da Fonseca – Fortaleza-Ce.

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