terça-feira, março 20, 2007

Lulla ainda mais forte

Lulla foi reeleito em 29 de outubro do ano passado. Mais de quatro meses e meio depois, está apenas finalizando sua reforma ministerial.

Deve concluí-la antes do feriado de Páscoa.

Nesse período, o petista aproveitou para demonstrar desprezo por muitos partidos da coalizão governista.

Eis uma breve lista:

1) PT - Marta Suplicy foi fritada em público. Deve ficar com uma pasta de segunda linha, o Turismo.

Nenhum petista foi escolhido para cargos de liderança no Congresso nem para a articulação política dentro do Planalto;


2) PMDB do Senado - Renan Calheiros foi humilhado. Lulla não o atendeu por telefone. O Planalto destruiu a pretensão de Nelson Jobim de comandar a legenda;

3) PMDB da Câmara - pensa ter recebido dois ministérios. Só um está confirmado, e veio pela cota do governador da Bahia, Jaques Wagner -como recompensa ao aliado local, Geddel Vieira Lima. A outra pasta ainda é uma incógnita;

4) PSB e Ciro Gomes - ficaram à míngua. Lulla queria Ciro ministro. Ciro não quis. O PSB perdeu a Integração Nacional. Essa desenvoltura de Lulla é incomum para presidentes em segundo mandato.


Em geral, depois da reeleição, os políticos se fragilizam. Param de exalar perspectiva de poder. Com o petista ocorre o oposto: parece hoje mais à vontade e forte do que em 2003, quando tomou posse pela primeira vez.

Há duas possíveis razões para esse fato. A primeira e mais óbvia é o estado da economia. Se os PIBs de Lulla e FHC apenas se equiparam, é nítido o aquecimento atual na comparação com anos recentes.

A segunda explicação é a incapacidade de articulação da oposição. A esse respeito, Lulla pode afirmar com toda a segurança: "Nunca neste país a oposição foi tão fraca".

por Rainério

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