sábado, janeiro 13, 2007

Paraibanos são convocados para combater crime organizado no RJ

FERNANDO IVO

Pelo menos 20 policiais militares da Paraíba deverão fazer parte da Força Nacional de Segurança a ser enviada ao Estado do Rio de Janeiro, dentro de uma plano de medidas do governo federal, no combate às ações criminosas instaladas no Estado. De acordo com o capitão Isandré Antunes, integrante da Coordenação da Força Nacional, em Brasília, o pedido seria formalizado junto ao secretário de Segurança Pública e Defesa Social da Paraíba, Airton Ferraz, ainda ontem.

De acordo com o major Walber Rufino, do Comando Geral da Polícia Militar na Paraíba, até a manhã da sexta-feira, o órgão não havia sido notificado nem pela Secretaria de Segurança do envio das tropas, nem pela Força Nacional. “Estamos prontos, temos mais de 400 soldados e bombeiros aptos a atuarem em conflitos urbanos. No entanto, ainda não houve nenhuma comunicação oficial.

Major Rufino cita que em outras ocasiões, a exemplo dos conflitos nos presídios de Vitória e de Mato Grosso do Sul, a Paraíba enviou um pelotão de 30 homens para auxiliar no combate à onda de violência nos presídios. Após confirmada a resposta do Estado, os policiais escolhidos deverão ir a Brasília para se integrarem às ações do grupo. A data para início das operações ainda não foi determinada.

No Distrito Federal, os soldados aguardarão decisão deliberativa do secretário de Segurança Nacional, Luiz Fernando Corrêa, para envio ao Rio de Janeiro. O plano de atuação do grupo será mantido em segredo e incidirá no combate aos episódios de terror causados por criminosos na queima de ônibus e ataque às forças policiais do Estado. Ao todo, 500 homens integrarão a Força Nacional.

O capitão Antunes disse não haver ainda previsão de retorno dos oficiais e possibilidade de aproveitamento de parte dos homens no Pan 2007. Segundo ele, a concessão dos PMs e bombeiros dependerá da liberação ou não do Estado. Ele disse que uma relação com o nome dos policiais militares será encaminhada aos Estados. Os oficiais passaram pela instrução de nivelamento de conhecimento da Força Nacional e integram um banco com referências específicas de cada um. A Força Nacional é composta por oficiais da PM e Corpo de Bombeiros, treinados para atuar em situações de conflitos e guerrilhas urbanas.

Desde dezembro do ano passado, o Rio de Janeiro enfrenta a ação de criminosos no ataque a tiros contra forças policiais e incêndios em ônibus. Até o momento, oito mortes foram confirmadas pelo Estado durante o conflito. Um dos episódios de maior destaque foi o do ataque ao ônibus da Viação Itapemirin, que após ser interceptado, teve os passageiros roubados e o veículo incendiado. Na ocasião, sete pessoas morreram carbonizadas. Outra morreu dias depois.
por Rainério

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