Daniel Ortega, o grande Líder Sandinista que derrubou a ditadura Somoza, na Nicarágua, está de volta, para gaúdio da América Latina e tristeza estadunidense. Se não houver as tradicionais manobras que, vez por outra, surgem nos pleitos das ilhas caribenhas, Ortega deverá ser eleito presidente da Nicarágua.
Para se elerger, naquele País, com capital na cidade de Manágua (mapa acima), o candidato deve obter 40% dos votos válidos, ou então, ter 38% dos votos, desde que adquira uma vantagem de mais de 5 pontos percentuais sobre o segundo colocado, ou seja, o adversário tenha obtido 33% dos votos. No caso, Ortega está com 38,49, contra 29,52%, logo, com 9,03% de diferença, faltando pouco mais de 1% da apuração, portanto, dentro da margem constitucional do País (obtenção de 38% e margem de 5% entre os votos do outro candidato).
Segundo notícias divulgadas "o candidato da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), Daniel Ortega, foi considerado vencedor da eleições presidenciais na Nicarágua no primeiro turno pelo organismo de observação eleitoral Etica y Transparencia (EyT). Segundo apuração da organização, Ortega (1985-1990) obteve até agora 38,49% dos votos contra 29,52% do candidato liberal Eduardo Montealegre, informou o presidente do instituto, Pablo Ayón, em entrevista coletiva.
Se este resultado for confirmado, Ortega, prestes a completar 61 anos, seria proclamado presidente eleito da República, 22 anos após se tornar chefe de Estado da Nicarágua, em 1984.
Ortega também foi coordenador da junta de Governo do FSLN em 1979 após derrubar a ditadura de Anastasio Somoza.
"A distância entre o primeiro e o segundo lugares é de 9%, com uma margem de erro de 1,5%, portanto, estes resultados, de nossa perspectiva, são finais em relação a quem venceu a eleição presidencial", afirmou o diretor do organismo, Roberto Courtney.
O EyT, integrado por empresários e grupos da sociedade civil, com 10 anos de experiência, é o braço nicaragüense da Transparência Internacional. Segundo o EyT, em terceiro lugar está o candidato do Partido Liberal Constitucional (PLC), José Rizo, com 24,15% dos votos
Em quarto lugar vem o dissidente sandinista Edmundo Jarquín, com 7,44%. O ex-guerrilheiro Edén Pastora, mais conhecido como "Comandante Zero", obteve 0,40% dos votos, segundo a apuração. O EyT mobilizou um observador em cada um dos 11.274 centros de votação.
O ex-presidente peruano Alejandro Toledo pediu aos candidatos que não "cantem vitória" antes dos resultados oficiais para não "gerar tuumulto nas ruas". Milhares de sandinistas comemoraram os dados preliminares oficiais que indicam a vitória de Ortega. Montealegre, no entanto, se disse confiante em que haverá segundo turno.
O Partido Liberal Constitucionalista (PLC) pediu a intervenção do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, porque o Conselho Supremo Eleitoral entregou resultados preliminares que "querem estabelecer uma tendência de maneira irresponsável".
No domingo que passou, 3.665.141 nicaragüenses foram às urnas para eleger o presidente e o vice-presidente da República, além de 90 deputados do Parlamento nacional e 20 para o Parlamento Centro-Americano. O candidato sandinista Daniel Ortega ganhou a eleição na Nicarágua com 38,4% dos votos, superando Eduardo Montealegre, da Aliança Liberal Nicaragüense, que conseguiu 29,52% dos votos, segundo resultados de contagem rápida divulgados nesta segunda-feira pela organização Ética e Transparência. /span>
Os resultados da Ética e Transparência, que mobilizou 11 mil observadores nas eleições deste domingo, na Nicarágua, têm margem de erro de 1,7%. Confirmando os resultados, José Rizo, do Partido Liberal Constitucionalista (PLC, direita) chega da terceira posição com 24,15%, enquanto que Edmundo Jarquín, do Movimento Renovador Sandinista (MRS, esquerda) conquistaria 7,44% dos votos.
Estes resultados foram anunciados por Roberto Courtney, presidente da Ética e Transparência, uma organização de grande prestígio internacional
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Jesus Fonseca
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