sexta-feira, novembro 17, 2006

O fim do nepotismo

Há, desde terça-feira, 14, um clima de perplexidade e surpresa, ao mesmo tempo, gerado por uma das mais ousadas decisões de governo ao longo dos tempos, qual seja, a assinatura por parte do governador Cássio Cunha Lima de Medida Provisória dando prazo para por fim ao nepotismo no Executivo estadual nos próximos 90 dias.

Por não ter sido assunto abordado em campanha e, ainda, levando em conta o fato do governador ter pessoas ilustres da família compondo a administração estadual – esta, sem dúvidas, foi uma das mais importantes medidas adotadas pelo Chefe do Executivo.

Não é fácil, mas foi adotada e agora como ato formal de Governo passa a ser um forte elemento histórico na vida administrativa e política do Estado com efeito ainda inimaginável em termos de imagem à pessoa de Cássio enquanto líder político.

É dentro desse parâmetro que setores - os mais diversos da sociedade paraibana vivem a indagar as causas da medida, ao invés de reconhecer o ato inusitado do governador como algo fundamental nos tempos modernos, embora cobrado há muito pela sociedade. Cássio está decidido a novos procedimentos, ao que parece.

A dados de hoje, da contemporaneidade, o gesto de Cássio se credencia não para as hostes de seu partido em nível local – que deve estar P da vida – mas como referência extra-fronteira, fora Paraíba. Pode não dar em nada em termos de repercussão mas gestos como esse podem lhe credenciar como alternativa para vice nas futuras disputas nacionais.

Na prática, significa dizer que a sociedade – especialmente a midia – precisam estar atentos para cobrar medidas do governo Cássio de forma sistemática, como se deu com medida do Procurador da República, recentemente, percentual mínimo na área de saúde – mas, na hora certa, de forma singela e à altura das cobranças, se faz necessário reconhecer no mesmo tamanho a grandeza da atitude de Cássio.

Poucos até agora adotaram essa medida como forma sistemática de processo seletivo de gestão administrativa mas, como a medida de agora, configura-se um “estimulo” nos demais chefes do executivo nos demais poderes e prefeituras para gerar o mesmo procedimento.

Isso se por em prática desejos da sociedade seja uma questão prioritária.
Walter Santos

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