terça-feira, março 27, 2007

Virou rotina. Todo mundo que precisa viajar de avião a trabalho já está contando com o atraso - algo impensável há poucos anos atrás. Com isso, Lulla conseguiu uma façanha: arruinou o único setor de transportes do Brasil que funcionava razoavelmente bem.

É uma marca do Brasil, o vice do Haiti, a falta total de infraestrutura que engloba os transportes. Em qualquer grande capital, os engarrafamentos são marca - São Paulo está inclusive rumo ao Guiness e o RJ só não vai pelo mesmo caminho porque a classe média está destruída e não compra automóvel como deveria. As estradas não privatizadas são paraísos de acidentes e de roubos de carga. A malha ferroviária e hidroviária são tão ridículas que é capaz de serem proporcionalmente inferiores às do Haiti.

Apesar disso tudo, viajar de avião funcionava, mesmo sendo muito caro. Eu disse FUNCIONAVA. Agora, se você tem que pegar uma ponte áerea Rio-SP para uma reunião as 10h da manhã você tem que viajar no dia anterior. Pra Brasília idem. Com isso, custos desnecessários de estadia, alimentação, tempo parado e estresse pesam na economia do Brasil. Hoje, se o Bin Laden fosse jogar um avião em um de nossos edifícios não conseguiria chegar na hora.

Os especialistas da aeronáutica dizem que com 1 bilhão extra dá pra ‘dar uma arrumada’ emergencial no setor aéreo. Míseros 1 bilhão, pro governo que gasta 40 bilhões por ano com assistencialismo. No PAC estão previstos 3 bilhões para os próximos 4 anos em todo o setor. Uma merreca e, mesmo assim, PREVISTOS no governo Lula significa que dificilmente serão gastos, ou por incompetência ou para engordar o superávit.

Uma privatização em nossos aeroportos seria uma saída. Isso é comum e eficiente no mundo todo. Com uma das taxas mais altas do mundo para companhias e passageiros, os aeroportos seriam bastante lucrativos, mas os recursos se perdem na incompetência e corrupção. Mas o que esperar de um governo que há quatro anos não consegue decidir nem as licitações para as rodovias.

Enquanto isso, o lobby do nosso amigo Zé Dirceu (que teria supostos negócios com a TAM) favorece a quebra-quebra da Várig, da VASP e de todo mundo que não se cuidar. O governo não ajudar é compreensível, mas ele faz de tudo para atrapalhar. E pra piorar, se recusa a abrir o mercado aéreo brasileiro para empresas estrangeiras sob o atrasado discurso de “proteger empregos”. Quem sofre é o trabalhador e o turista que tentam carregar o Brasil nas costas. O descaso e o péssimo atendimento que o consumidor sofre pela Gol e pela TAM especialmente, são o retrato de um mercado absolutamente sem concorrência.

O Haiti que se cuide. O Brasil não resiste a mais quatro anos de governo Lulla!
por Rainério

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