sábado, janeiro 06, 2007

IGUALDADE DIANTE DA MORTE

( Poema psicografado pela médium Aurelúcia do espírito "Um amigo Poeta" ,recebido em reunião pública co Centro Espírita Jesus de Nazaré, em Catingueira-Pb)

Há homens que se acham fortes
Até o orgulho exalam
Estes, no entanto
Através da morte
Aos irmãos de igualam.

A morte iguala o presidente
Envolto numa bandeira
Àquele humilde servente
Sepultado numa esteira.

Iguala o constituinte
Que é manchete da Veja
Áquele humilde pedinte
Da calçada da Igreja.

Iguala também o doutor
Que vai deixar seu anel
A seu irmão que é pintor
Que deixa só o pincel.

Iguala o irmão arquiteto
Que aprendeu a desenhar
Ao irmão analfabeto
Que nem sabe assinar.

Iguala o nobre juiz
Vestido de capa preta
Áquele irmão infeliz
Que se livrou da sarjeta.

Iguala o embaixador
Velado na embaixada
Ao irmão agricultor
Que vai deixar sua enxada.

Iguala o latifundiário
Que vai deixar sua mansão
Ao irmão presidiário
Que livrou-se da prisão.

Iguala o rico fazendeiro
Que vai deixar suas terras
A seu irmão carpinteiro
Que vai deixar suas serras.

E o industrial elegante
Que tanto dinheiro guarda
A seu próprio vigilante
Que deixa somente a farda.

Iguala o bom seminarista
Que abraçou o sacerdócio
Ao irmão vigarista
Que vive ás custas da “sorte”

Iguala o bom cidadão
Que vive do seu trabalho
Ao perigoso ladrão
Que é craque no baralho.

E iguala a moça que luta
Para ser simples e pura
Á vaidosa prostituta
Que vive na noite escura.

A morte é a libertação
Do espírito aprisionado
Mas o fenômeno em si produz
Igualdade pra todo o lado.

O que se diferencia no fenômeno “ morte”
É o desencarne do Espírito
Quanto mais puro ele for
Mais perto fica do cristo.

Por isso nunca se engane
A morte a todos iguala
Só o meio de vida reto
Te protege e te ampara.

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