Governo de SP e Unifesp vão testar vacina contra a aids

Agência Estado - No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado hoje, a boa notícia é que a vacina que pode ajudar na prevenção contra a doença terá novos testes no Brasil em função de uma parceria da Secretaria Estadual da Saúde com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Apesar de já testarem a vacina, o acordo permitirá um trabalho em conjunto durante sete anos, nos hospitais dos dois órgãos. A parceria já começa em janeiro de 2007.

"A parte clínica para acompanhamento e teste das vacinas será no Centro de Referência e Treinamento DST/Aids do Estado e a Unifesp dará suporte laboratorial e fará as análises científicas", explica o infectologista da Unifesp Ester Kallas.


Além dos dois órgãos, a vacina preventiva será estudada pelo Projeto Praça Onze, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Somente os três órgãos testarão as vacinas aqui no Brasil.


O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos patrocinará os testes. "Os produtos a serem testados serão escolhidos por um comitê internacional", disse o coordenador do programa estadual DST/Aids, Artur Kalichman. As vacinas, segundo o coordenador, são produzidas em países como Tailândia. "A parceria é um grande avanço porque demonstra que as instituições daqui têm capacidade para reunir as especialidades e esforços para fortalecer a pesquisa científica de vacinas contra aids", avalia Kallas.


Se as vacinas funcionarem, elas serão registradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Depois disso, deverá haver uma política de saúde para comprar a vacina ou transferir a tecnologia para produção no Brasil", conta Kalichman.

Epidemia

O avanço da epidemia de aids afeta o crescimento de empregos, resultando em uma diminuição de 1 milhão de vagas por ano, segundo relatório divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho. Cerca de 36,3 milhões de pessoas em idade ativa convivem com HIV ou com a doença, a maioria na África subsaariana.

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